PRÓLOGO

1960 Words
Prólogo Narração por Mariana Cipriano. 8 anos atrás... - Ela vai casar com ele pronto e acabou, Leonor! Meu pai dizia no meio da mesa de jantar enquanto eu estava atônita junto com minha irmã Manuela, que me olhava com pesar. Eu sabia que uma hora isso aconteceria, mas não sabia que seria pra já. Poxa, eu havia completado 18 anos não tinha nem 1 semana, e já teria que me casar? Tão cedo? - Inadmissível isso! Minha mãe sussurrou com lágrimas nos olhos, papai a olhou com uma ira tão grande nos olhos que apenas levantou de sua cadeira maciça de madeira, levantou mamãe pelos cabelos loiros perfeitamente alinhados e a levou para o quarto deles. E eu já sabia exatamente o que aconteceria logo em seguida: Estalos, gritos, e em seguida silêncio absoluto. Ouvia-se apenas os murros e os gemidos de papai, ele sempre fazia isso com mamãe quando ela discordava dele. Principalmente na nossa frente. Eu e Manu agimos normalmente, levantamos, arrumamos a mesa de jantar. Tinha que estar tudo perfeitamente limpo, arrumado, organizado, porque senão nós também levaríamos uma surra. E assim se estendeu o restante da noite. Deitei na minha cama com o meu pijama e a voz do meu pai se repetia várias e várias vezes no meu ouvido: Você vai casar com o Mauro Ferraz. Mauro Ferraz. Exatamente o homem que sempre vinha visitar meu pai, e curiosamente me olhava o tempo todo. Meu pai sempre nos deixava a sós, dizia buscar um whisky e voltava em torno de 30 minutos depois, e eu como uma bola filha, devia fazer sala aos visitantes, principalmente quando esse visitante era um homem influente na cidade. Papai alegou que eu casaria com ele para salvar o patrimônio da família, seria uma espécie de gratidão da minha parte por todo conforto que recebi nesses 18 anos, eu não tinha muito para onde correr, eu casaria para ajudar o papai e serviria civilizadamente meu marido, foi para isso que mamãe me criou, me ensinou. Mamãe ensinou para mim e minha irmã como nós deveríamos nos portar, a ordem dos trabalhos domésticos, e sempre me disse que eu seria uma boa esposa, ela era orgulhosa de mim, já Manuela nunca gostou muito de arrumar, era a mais rebelde e eu gostava do jeito dela. Acordei sendo puxada da cama pela minha mãe, que já estava perfeitamente arrumada. Seu vestido longo, seu cabelo penteado, maquiagem intacta no rosto como se absolutamente nada tivesse acontecido ontem. - Acorde, anda. O estilista está aqui para tirar suas medidas e fazer seu vestido, da maneira como o seu noivo pediu. - Ela me diz e eu torço o rosto numa careta, na verdade, eu tinha esperança de que seria apenas um pesadelo. - Não faça esta cara, você sabe bem o que seu pai faz quando torcemos o rosto assim. Apenas concordo, entro dentro do banheiro fazendo minhas necessidades, faço meu penteado impecável como de costume, um costumeiro r**o de cavalo em que eu prendia com a minha própria mecha. Coloco um vestido largo, ajusto o cinto na minha cintura, faço uma maquiagem básica e saio vestindo minhas sapatilhas. O estilista entra formalmente, me cumprimenta e me sobe em cima de um tablado pedindo pra eu ter calma e paciência pois seria um processo um pouco demorado, principalmente por ser um evento em cima da hora. Mas, como meu noivo estava pagando bem, segundo a minha mãe, ele não se opôs quanto a data do evento. Depois de longas e demoradas 7 horas, definitivamente ele tinha feito todos os recortes possíveis do meu corpo de acordo com a medida do vestido e então, eu estaria livre para poder experimentar amanhã, no dia do meu casamento. Então, o dia chegou. Eu não estava animada, tampouco preparada, mas o sorriso no meu rosto estava lá para poder agradar o meu pai, que estava radiante com tudo aquilo. Alguém precisava estar feliz, e quando eu pisei na igreja e dei o primeiro passo com o arranjo de flores na mão, o Mauro Ferraz estava lá, sorridente, um sorriso forçado. E minha mãe repetia para mim a todo momento: Seja dura na queda. Sorrie e acene. E foi exatamente o que eu fiz, sorri para as dezenas de pessoas que estavam ali e eu não conhecia nem a metade, mas acenei. Noite de núpcias. Eu não sabia o que fazer, antes de entrar na igreja a minha mãe me falou o que seria a noite de núpcias. Seria exatamente o dia em que eu me tornaria mulher, honesta e íntegra de um único homem. Eu tinha apenas que vestir um robe, e estar pronto e apta para tudo que ele quisesse fazer. E assim foi, ele abriu um champanhe do qual apenas ele bebeu e não me ofereceu, mas a minha vontade também era mínima. Eu nunca tinha experimentado, e não fazia diferença para mim. Ele me deitou em uma cama gigantesca, e estava apenas de calção. Ou sei lá como chamava-se esta vestimenta. Mauro era um homem velho, tinha um bigode escuro mas que já estava branco por conta da idade… Sua barriga era grande, cabeludo no tórax e era calvo. Seu rosto tinha muita linha de expressão, mas pelo menos tinha um sorriso bonito. Pela primeira vez, ele me beijou. De início, eu relutei um pouquinho, não sabia muito o que estava acontecendo mas tentei me manter calma e apenas seguir o que ele fazia. Então, ele deitou-se por cima de mim e fazia questão de me apertar firme contra a cama pressionando sua i********e. Ele beijava minha boca, descia para beijar meu pescoço e voltava me pressionando. Eu não sentia nada, minha mão estava intacta ao lado do meu corpo, e ele levantou meus braços e colocou em volta do meu pescoço. Minha linda, você também pode me tocar. - Ele sorriu e me olhou, e eu sem jeito, apenas concordei. Então apenas alisava seus braços enquanto ele abriu meu robe. Eu estava pelada, conforme a minha mãe mandou. “Chegue, vá para o banheiro, tome um banho, se limpe e se lave bem, coloque um perfume discreto em todo o seu corpo e vista apenas um robe. Ele saberá o que fazer em seguida.” Ela me disse e eu assenti. Ele lambeu os lábios quando viu meus s***s e meu rosto queimou de vergonha quando ele botou a boca lá, arregalei os olhos e virei o rosto sem querer presenciar aquela cena. Ele chupava e mordia, deixando um pouco dolorido na região, e depois tocou na minha i********e, e com uma satisfação, tirou minha calcinha me deixando exposta. Eu tentei fechar as pernas, mas foi em vão. Ele abriu-as e tirou seu calção. Mas que p*****a deliciosa! - Ele diz com um sorriso de orelha a orelha. Cuspiu na sua mão, rodeou a saliva em volta do seu pênis ereto e cuspiu novamente colocando agora na entrada da minha v****a. Eu sentia nojo, mas não podia fazer muita coisa. Então, ele subiu em cima de mim, se posicionou entre minhas pernas e devagar, se atolou para dentro de mim. Meus olhos encheram-se de lágrima pela dor que eu estava sentindo, então ele se movimentou e perguntou: Está doendo mas depois você se acostuma com a dor, tá bom, minha flor? - Ele dizia quase sem voz, estava rouca, tomada pelo prazer que estava sentindo. Eu não respondi, ele apenas começou a se movimentar calmamente e depois, segurou em minha cintura e movimentava-se ferozmente, me machucando. Eu suspirava fundo, a dor estava me agonizando, mas eu não podia falar nada, eu tinha que dar prazer a ele, era o meu marido agora. E quando ele deu-se por satisfeito, se retirou dentro de mim e deu um leve tapa no meu rosto. Que bucetinha apertadinha, hein? - Deu uma risada e levantou, indo em direção ao banheiro. Eu levantei, vendo claramente que o sangue tinha sujado a colcha branca. Desesperadamente, tirei aquele lençol sujo e procurei nos guarda-roupas alguma outra colcha para forrar. Assim que encontrei, forrei e juntei o lençol sujo num canto para o hotel lavar. Vesti novamente o meu robe e quando Mauro saiu, passei por ele para entrar no banheiro e ganhei um tapa na b***a… Olho abismada para ele, mas percebo que não posso fazer careta e apenas entro no banheiro para me lavar. *** Minha noite de núpcias passou arrastando, foi durante 1 semana em um lugar que eu nunca tinha visitado e simplesmente apaixonada pela estética do lugar. Desde que me entendo por gente, sempre gostei de assistir “Decora” num programa de televisão chamado GNT. Era um dos poucos canais que eu podia assistir, nem desenho eu assistia direito porque meu pai não gostava da violência, nem das metáforas, segundo ele mesmo. Então, esse programa cativou em mim uma sensação de liberdade, como se eu pudesse montar a minha casa do jeito que eu queria… eu amava decoração de interiores, e tinha dezenas de revistas sobre isso que mamãe sempre trouxe pra mim quando ia no mercado ou coisa assim. O nome do lugar era Búzios. E nossa! Quanta casa linda, que sensação incrível de poder ver essas coisas do jeitinho que eu projetaria na minha mente, as cores, as tonalidades, os encaixes, a estética moderna, tudo isso dava um charme maior ainda ao lugar. Vou andando pela orla da praia observando cada casa e sou puxada bruscamente pelo braço, tomo um susto e sinto dor ao perceber que meu marido aperta suas mãos contra meu pulso. Ai! - Franzo o cenho sentindo o incomodo. Ai o c****e, não está me ouvindo te chamar, c*****o? - Ele fala baixo, para que as pessoas em volta não ouçam. Olho em volta percebendo a curiosidade no olhar de algumas pessoas que curtiam o dia ensolarado. Não, me perdoe. Estava distraída olhando as casas. - Aponto, depois que ele larga meu pulso. Quando estiver em casa espero que não se distraia tão facilmente, agora vá colocar uma calça, sei lá. Você está muito pelada. - Ele olha para o meu corpo que tinha um maiô e eu vesti apenas um blusão transparente por cima. Olho envergonhada para o meu corpo e assinto, me sentindo m*l. Ele volta a sentar na sua cadeira de alumínio e eu entro para dentro da casa que estávamos, que ficava há menos de 100 metros da areia. Observo nossas coisas jogadas, principalmente as roupas dele e decido arrumar tudo já que iríamos embora logo pela tarde. Assim que entrei na minha nova casa, senti um frio na espinha. Era uma casinha pacata, ficava num condomínio simples, um pouco isolado em relação a outras casas, ela possuía um quintal, o piso era de madeira, os móveis era relativamente moderno, tinha um aspecto de casa de veraneio, totalmente diferente da casa “luxuosa” que eu estava acostumada. Eu teria que dar vida a esse lugar. A casa tinha 5 cômodos: a sala, banheiro social, lavanderia. No andar de cima era uma suíte e um escritório. Mauro fez questão de me mostrar cada canto, e quando terminou, me arrastou para o quarto querendo “estrear”, só que a cama estava tão empoeirada que me deu nojo, e mesmo eu dizendo que não queria, ele mandou eu calar a boca e continuou. Engoli o nó na garganta e sentia só as pressões, doida pra que acabasse logo. E depois que ele saciou os prazeres dele, ele foi tomar banho e eu decidi dar uma boa arrumada na casa. E assim dava início a minha vida, baseado em: arrumar, limpar, cozinhar, servir de prazer ao meu marido e me embriagar com minhas mil fantasias enquanto eu lia minhas revistas de decoração. Até o inesperado acontecer.
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