Ana Narrando.
Quem aquele i****a pensa que é? Entrei na viatura e o Bruno entrou no lado do motorista, eu não conheço o Bruno direito mas ele tem sido legal comigo.
- Não é justo - falei assim que o Bruno começou a dirigir e ele me respondeu sem tirar os olhos da estrada.
- O que? -disse.
- Você sabe, o Erick, ele não gostou de mim e está tentando se vingar - falei pegando meu celular.
- Ele é assim mesmo, relaxa - Falou ele parando no sinal vermelho.
- O que ele espera de mim nesse IML?- falei.
- Choro, medo, pavor e provavelmente que você desenvolva um trauma e desista - falou ele e eu sorri.
- Quero combater o tráfico e não, passar o dia vendo corpos - falei guardando o celular.
- Corpos são consequência dessa vida - falou ele.
- corpos de traficantes seria uma boa - fale e pela primeira vez ele tirou os olhos da estrada e me olhou rápido, como se quisesse saber a minha reação ao falar aquilo.
- Gosta de ver bandido morto?- falou ele.
- Antes eles do que uma pessoa de bem - falei.
- Pensei que era grudada em Direitos Humanos- falou ele.
- Não muito, meio a meio pra ser sincera - falei. Logo chegamos, o Bruno respondeu um questionário e logo em seguida entramos numa sala cheia de Gavetas e o Médico ou alguma coisa desse tipo veio em nossa direção.
- Boa Tarde- falou ele com bolachas na mão e café, ou algo parecido na outra.
- Boa tarde - falei junto com o Bruno.
- Café?- falou ele.
- Claro- falou o Bruno e eu o encarei.
- E você? - falou o cara me olhando.
- Não, Obrigada - falei um pouco assustada, como ele pode comer num ambiente desse?
- Qual o caso? - falou ele colocando café pro Bruno.
- Mulher assassinada ontem na entrada do morro, ela era testemunha do caso da quadrilha que roubou um banco e age no trafico do Rio e tem ligação direta com quadrilhas de São Paulo - falou o Bruno e eu fiquei tentando racioncinar.
- Posso falar na frente dela? - falou ele e eu o encarei.
- Pode - falou o Bruno.
- mas ela não é polícia - falou o homem me olhando.
- Não, mas é uma estagiária - falou o Bruno.
- Entendo - falou ele e logo começou a desembuchar.
- Como o Erick deixa uma testemunha importante morrer?- falei colocando o cinto.
- Ela se recusou a participar do programa de proteção à testemunha ué - Falou o Bruno ligandobo carro.
- Mas ele deveria ter insistido - falei.
- Mas insistimos - falou ele.
- Qual é essa quadrilha? Já tem alguém preso ou algum esquema montado pra prender alguém?- falei.
- Mais ou menos - falou ele.
- Como assim mais ou menos? - falei..- Não sei se posso te contar- falou ele.
- Tudo bem - falei. Chegamos na delegacia por volta das sete da noite, apresentamos o Relatório ao Delegado e em seguida encaminhamos pro Erick por email. Entrei na sala dele e ele me olhou sério, estava falando ao telefone e desligou ao me ver.
- Os relatórios estão no seu email - falei.
- Obrigado - falou ele sério.Dei as costas pra sair e ele me chamou.
- Ana - falou ele e eu me virei e o encarei.
- Sim - falei.
- Acho que vou colocar você pra todas visitas ao IML agora - falou ele e eu sai dali irritada. Peguei minha bolsa e voltei à sala do chato.
- Posso ir?- Falei.
- Pra onde você vai?- falou ele.
- Minha casa- falei.
- Bairro - falou ele.
- Tijuca - falei.
- Te levo- falou ele.
- Não precisa, eu chamei um taxi - falei.
- Faço questão, você foi muito corajosa - falou ele e eu resolvi aceitar a carona. Entramos no carro e seguimos uma parte do trajeto sem falar nada. Ele ouvia à música de Cazuza - O nosso amor a gente inventa. Logo paramos num sinal vermelho. Uma moto encostou do meu lado e pediu pra abaixar o Vidro o Erick olhou e deu partida no carro, os bandidos vieram atrás de moto.
- liga pra polícia- falou ele nervoso.
- muito engraçado - falei nervosa segurando minha bolsa e nessa hora ouvi os bandidos atirando contra o carro.
- Liga logo - falou ele e eu peguei meu celular e liguei pro Bruno mas ele não atendia.
- O Bruno não atende - falei e em seguida uma bala pegou no retrovisor do meu lado do carro.
- p**a QUE PARIU - falou ele.
- Vou ligar pro... - ele me interrompeu.
- Pega minha arma - falou ele apontando. Peguei a arma dele e entreguei a ele que agora dirigia e disparava.
- Eles tão chegando perto - falei nervosa.
- fica calma, eles querem a mim - falou ele e não sei pq mas acho que eles também vão me matar.
- calma? Não tem como ficar calma - falei gritando. Logo um carro nos fechou e tudo que eu consegui ver foi um escuro.
Erick Narrando
Batemos num poste, a moto parou do lado e começou a atirar a Ana estava desacordada e eu abri a porta e comecei a atirar também neles. Acertei o primeiro na cabeça e o segundo fugiu com um tiro na perna. Peguei o celular e liguei pro Samu que logo fez o socorro.
- Não vou pegar carona com você nunca mais - falou a Ana e eu sorri.
- Esqueci de avisar que pegar carona com um policial fardado pode ser perigoso no Rio de Janeiro - falei.
- O que eu perdi de tão emocionante?- falou ela me olhando. Estávamos num quarto de hospital.
- Só os miolos de um deles voando e outro fugiu com um tiro na perna - falei.
- Você matou um deles?- falou ela surpresa.
- Matei - falei.
- Não sei o que dizer - falou ela me olhando.
- Me agradeça, ele ia atirar em você - falei levantando da cadeira.
- Obrigada Erick - falou ela.
- Não precisa agradecer, descansa que amanhã cedo você tem faculdade - falei sério.
- Vou descansar em casa - falou ela senso teimosa. Logo o médico veio e afirmou que foi só um susto e que a Ana podia ir.
- Quer uma carona? - ironizei.
- Com um dos caras mais odiado por Fracções no estado? Não, obrigada - falou ela e em seguida entrou num taxi. Chamei um taxi também e fui embora, amanhã a impressa e os direitos humanos iria cair em mim.
Anastásia Narrando.
Essa matéria é ridícula!!! E sensacionalista e quem é esse pessoal? Ninguém estava lá, como apareceu tanta gente pra dar entrevista agora?. Desliguei a TV e voltei pra cama, eu estava cansada e não vou pra faculdade hoje. Meu pai não me ligou ainda pela primeira vez no ano. Levantei e tomei um banho, coloquei uma roupa de caminhar e fui correr um pouco. Olhei no relógio e vi que corri 30 minutos, voltei pra casa e tomei um banho vesti uma calça jeans azul escuro e uma blusa branca de manga, sapatilhas e fiz um coque. Peguei meu carro e fui pra Delegacia. Na porta tinha bastantes fotógrafos que vieram na minha direção, tentei esconder o rosto e entrar.
- Bom dia?- falei entrando e uns policiais me olhavam.
- Bom dia- falou alguns, segui pra sala do Erick, ele não estava lá, só estava o Bruno e outros polícias, a sala não era só do Erick.
- Ana, você poderia organizar s pastas com casos da mesa à sua esquerda pela ordem dos números?- falou ele e eu concordei. Sentei na cadeira do lado e tirei as pastas, organizar tudo aquilo iria dar trabalho. Quem inventou de organizar por ordem alfabética? Colocar uma letra sendo que são umas 200 pastas era coisa de louco.
- Bom dia, bom dia - falou o Erick entrando na sala.
- Bom dia- respondi.
- Porque você tá mexendo na minha organização?- falou ele sentando na sua mesa.
- O Bruno pediu- falei.
- Bruno- falou ele sério.
- Ela está fazendo algo pelo menos - falou o Bruno.
- Ana, vá na sala do Delegado pra saber se ele já tem o mandato de prisão do filho da p**a que foi pego com 1k de maconha na bolsa de viagem - falou o Erick e eu o encarei.
- Tá- deixei tudo q estava fazendo e fui pra sala do Delegado.- Diga ao Erick que ele já pode ir brincar de cão e gato- falou ele me entregando o mandado de prisão.
- Obrigada- falei saindo. Entrei na sala e entreguei o mandado ao Erick.
- Obrigado - falou ele.
- Não por isso - falei sentando na minha mesa e pegando meu celular.
- Alô- falei baixo.
- Se está falando é sinal que está viva mesmo depois do atentado- falou o meu pai do outro lado.
- Pai, não foi atentado - falei e o Erick me olhou.
- essa profissão é de risco querida, desista - falou o meu pai e eu logo dei um jeito de desligar.
- Seu pai é um homem preocupado- falou o Bruno.
- É, ele é- falei.
- Não deveria, acredito que você não dê problemas- falou o Bruno.
- Não mesmo, mas ele ficou bem preocupado- falei.
- Bruno você já Sabe o que fazer- falou o Erick.
- OK - falou o Bruno e logo sai com os parceiros.
- Você adora isso né - falei e ele me encarou.
- Como??- o Erick fingiu de b***a.
- Ficar sozinho comigo - falei brincando e ele sorriu de lado
- se quisesse ficar a sós com você te convidaria pra tomar um bom vinho comigo lá em casa, se é que me entende - falou o Erick piscando o olho e eu entendi a brincadeira.
- Jamais aceitaria tomar vinho com alguém tão amargo- falei e o Erick sorriu.
- Não gosta de vinho?- falou ele.
- Não muito - falei séria.
- Deixa eu te convidar pra outro lugar - falou ele.
- Porquê?- falei séria.
- pq sou injusto com você - falou ele.
- então me surpreenda sr- falei séria.
- Vamos dá uma volta de moto - falou ele me olhando.
- você não pode tá falando sério- falei.
- não quer ir?- falou ele.
- aceito o convite do vinnho - falei e ele sorriu de lado e c*****o ele era lindoo.