— Para. Nada além de uma amizade vai rolar entre nós. — Soph estava tentando ser a pessoa que deixava de lado as diferenças.
Ele tinha razão, e isso custou muito aos neurônios dela. Existiam vários fatores que colocariam tudo em risco, como, por exemplo, seu olhar matador, sua boca perversa, o calor que ela sentia sempre que ele estava a passos dela e a vontade de virar uma louca, jogá-lo na cama e t*****r com ele como uma maluca. Quantas vezes ela já tinha imaginado estar com ele em cima de uma cama? Uma vez rolou, só que eles estavam cercados de pessoas e câmeras, e nada daquilo era verdade.
— Certo. Você está em negação. Prometo ser... — Ele respirou fundo, pois não queria dizer isso. — Ser paciente.
— Ser paciente? — Franziu o cenho. — É algo muito certo: a única coisa que pode rolar é beijo.
— Muito. Tipo, muito mesmo. — Ele achava que assim quebraria o clima, e conseguiu. Tirou um minúsculo sorriso dela. — Quem sabe uns pegas? Se você começar, não me culpe se a minha mão acabar na sua b***a perfeita.
— Não consegue levar nada a sério, não é?
— Por que acha que nunca consegui estar em um relacionamento?
— Então, vou ter que te ensinar? — Soph brincou, e ele gostou de se imaginar sendo ensinado por ela, mas com roupas eróticas e... — Sei que já está pensando em safadeza.
— Amo como você me conhece — ironizou.
— i****a!
Ele a pegou pela cintura, puxou-a para perto de si e colou seus corpos. Soph não esperava por isso, apesar de saber que Chris era assim, espontâneo.
— Você disse que era só para conversarmos.
— Vamos conversar. Isso é importante.
Colocando-a contra a parede do quarto, Christian a encarou e aproximou seus rostos. As pontas dos seus dedos traçaram um caminho pela coxa dela, subindo pela cintura. E mesmo sendo por cima da roupa, ela se sentiu invadida. Mas foi bom, causou nela um calor em uma parte que não deveria.
Sophia estava hipnotizada e sua língua sumiu. Diria que queria que ele se afastasse, entretanto estaria mentindo. Acima do abdômen, levemente tocando em seus s***s, ele quis apertá-los e sentir seu corpo derreter, porém esse não era o seu objetivo ali.
— Até onde posso ir? — sussurrou.
A respiração dela acelerou e o coração faltou pular do corpo. Os dois estavam tão próximos, que poderiam se beijar. Entretanto, Chris a torturou, apenas deu a entender isso. Ao, novamente, tocar na sua carne, ele pegou em seu rosto, fazendo-a fitar seus olhos.
— Devo confessar que desejo realizar essa mentira e que faria você muito feliz na cama, mas está certa em pôr limites.
— Você disse que gosta de quebrá-los — lembrou-lhe.
— É o risco que vai correr. Se eu fizer aquilo que considera proibido, vai ter o melhor orgasmo de todos.
— É convencido. — Não tinha como ela não o provocar, ainda mais estando naquela posição. — Como sabe que já não tive bons orgasmos?
— Porque não fui eu quem estava entre as suas belas pernas, chupando-a como um louco e, depois, fodendo-a como se não houvesse amanhã. — Droga! Ela o imaginou assim. Estava molhada, quase se contorcendo. — Sabia que estou totalmente e******o agora?
— É melhor continuarmos com a conversa. — Sophia piscou algumas vezes para voltar à realidade. Como resistir a isso? Ele estava em seu quarto falando aquelas coisas. O coração de fã i****a pulsava sem parar, quase a fazendo perder a cabeça. — Vamos. Nada de sexo.
Ele riu.
— Então, eu tenho duas opções.
Saindo de perto dele, Soph tentava pôr na sua mente algo r**m, pensando que, assim, acabaria com aquele desejo que estava se formando dentro da calcinha dela.
— Quais? — Péssima pergunta.
— Ficar de bolas roxas por um bom tempo ou acabar com este acordo antes do previsto. — Mais um exagero do Christian. — Não transo há meses, e tenho a sensação de que estou virgem de novo. — Isso a fez rir. — Claro, ria da minha desgraça. Só que não estou brincando. Vivo estressado, e a culpa é sua.
— Minha? — Virou-se para o olhar no rosto. Foi uma péssima ideia.
— Não paro de pensar que estou transando com você, quando, na realidade, você resiste a mim. Além do mais, vive sendo irônica ou ditando como sou: o vilão da sua vida.
— A pior coisa que pode fazer é ser um safado. — Ela cruzou os braços. — Se não fosse, não estaria nessa situação.
— Claro. Porque Philip Douglas é um santo. — Ele não se esqueceu do desaforo. — Saiba que ele é só mais reservado que eu.
— Douglas é um homem correto.
— Você acha? — Seu sorriso de deboche despertou a curiosidade dela.
— O que tem contra o Philip?
— Tudo, inclusive esse seu interesse nele e esse assunto de que vocês já ficaram. — Riu de novo. — E eu sou o cafajeste. Não sabe nada sobre ele.
— Já você parece saber muito.
— Sei de praticamente tudo em Hollywood.
— Então me diga por que está tão irritado agora. — Ela cerrou os olhos e se aproximou dele. A conversa estava ficando animada.
— Não gosto quando a minha namorada desperta interesse por outro cara; quando fica toda feliz elogiando um babaca que é tão sujo quanto eu.
— Me faça mudar de ideia — provocou-o.
— Não vai gostar da forma como vou fazer isso. Na verdade, até pode gostar, mas é o tipo de mulher irritante que vai dizer até o fim do mundo que não.
— Você me conhece bem.
— Não faz ideia do que faz comigo quando me provoca desse jeito.
— Estou provocando você? — Levantou uma das sobrancelhas e abriu um sorriso.
— É o que mais me irrita. — Bufou. — Me provoca, me deixa maluco e sempre se afasta quando a coisa esquenta.
— O que quer que eu faça?
— Quero que você me beije. Me deixe colocá-la do avesso e depois te ver engolir essa sua língua infâmia que tem.
— Me prove o contrário. — Cruzou os braços, determinada, levantando o nariz. Confundiu Christian.
— O quê? — Franziu o cenho.
— Me prove que não é esse cara que eu penso, que todo mundo pensa, e que pode mudar.
— Quer que eu mude para poder t*****r com você?
— Quero que seja alguém melhor. Ou, simplesmente, vai voltar a ser o safado de Hollywood quando terminarmos? — Soph o fez pensar no que ela falou e no futuro. Geralmente, ele não pensava no futuro. — Exato. Sendo assim, está na hora de mudar, ou vai ser um solteirão solitário e com uma má reputação.
— De bônus, vamos poder t*****r?
— É incrível como só presta atenção nas partes que te convêm.
— Significa que quer?
— Significa que posso fazer isso com quem eu quiser, desde que seja correto.
O sorriso debochado dele a irritou.
— Pode me recusar, pode me maltratar, pode fazer greve ou regras sobre sexo, mas, de forma alguma, vou deixar que alguém, qualquer i****a que for, encoste em você. — Sophia se impressionou com o que ele disse. — Você só vai t*****r comigo. Caso contrário, ficamos os dois sem sexo, beijo, toques ou qualquer coisa. Entendido?
Christian estava determinado a ser seu carrasco. Sentia-se tão irritado com a possibilidade de alguém tocar na sua falsa namorada.