Capítulo 1

1074 Words
RUBEN Gosto de viver no bosque, na floresta, colado a natureza, acordando todas as manhãs ouvindo um rouxinol cantar, ou outra espécie de pássaro que adora entoar lindas melodias, trazendo ao mundo as suas próprias cantorias orquestradas. Também amo as sinfonias silenciosas do silêncio, e nelas onde medito entrando no meu ser, fluindo a energia da paz. Sou um homem bastante esquentado, gosto das coisas do meu jeito, por isso preciso desse afastamento, do aglomerado de pessoas, sinto a necessidade de viver isolado, quieto, na minha, é primordial para me manter longe de encrencas. Com quase 40 anos estou solteiro, nunca se quer cheguei a casar, tentei morar junto com uma antiga namorada na época em que morava na cidade grande. Resumindo foi desastroso para não dizer medonho. Sou espaçoso demais, além de não permitir que mexam nas minhas coisas. Sou digamos... um pouquinho egoísta. Nasci para viver na solidão. Corto as últimas toras de madeira. Hoje é o primeiro dia do outono, finalizando o período mágico da primavera. Sou acessível a todas as estações do ano, um homem que vive no campo é adaptável a qualquer mudança brusca ou não de temperatura e das suas nuances de ar quente, frio, denso ou agitado. Termino de cortar. Deposito o meu machado no gramado aparado. arrumo as toras em pilhas nos meus braços, ando em direção a minha humilde, porém super aconchegante, cabana. Na saleta ponho os tocos que serão utilizados nessa noite, em seguida faço e refaço o mesmo trajeto, empilhando no canto da lareira as últimas peças da semana. Na última volta percebo uma movimentação no topo das árvores, os pássaros voam apressadamente, fugindo de algum predador. Ajeito tudo bonito, limpando as sujeiras de farpas, sou bastante organizado, além de ser perfeccionista com praticamente tudo ao meu redor. Ouço o ressoa do apito, geralmente usado por caçadores de aves, ele imitava a voz, por assim dizer, da fêmea de um p**a-p*u. Um desinibidor para o acasalamento. Bom...se algum caçador acha que pode chegar aqui e caçar os animais protegidos pela Flora Florestal, onde eu sou adapto e um dos protetores desses pequenos e grandes animais que dividem o lar nessa mãe natureza. Está redondamente enganado. Entro na cabana, pegando rapidamente minha espingarda atrás da porta, recarrego, calibro e ponho a faixa no meu ombro, apontando a arma para baixo. Ando para dentro da gloriosa floresta, embrenhado entre as longos troncos de árvores, procuro-os, geralmente são uma dupla ou mais homens. A cada passou que dou é comedido, contado na mente, desviando de galhos secos, gravetos e de vez em quando arrasto o pé no chão afastando as folhas secas, demarcando o caminho para eventuais riscos. Novamente aquele som... mas perto, na frente, me escondo atrás de uma árvore antiga. O indivíduo insiste resmungando zangadamente algo, noto que é a voz de uma mulher... Saio detrás da árvore, dou mais alguns passos... vejo a adorável caçadora tentando fazer o p**a-p*u macho sair do buraco da árvore de pinheiro. Ela está de costas pra mim, não notou a minha chegada. Seu corpo é pequeno, curvas acentuadas, destacando em primeira mão as suas ancas de parideira, daqui pude ver seu delicioso traseiro redondo, empinado, modelando a calça jeans com extrema perfeição. Meu pênis engrossou fortemente dentro da calça. Revindicando a fêmea. A ruiva de cabelos lisos pulava fazendo gracinhas para o bichinho sair da toca e nada do danado aparecer. O último pulo dela ocasionou num tropeço caindo de m*l jeito, infelizmente não cheguei a tempo. Em segundos estava logo atrás dela. — Você está bem?! Tomou um susto considerável, virando o rosto na minha direção. Embasbacado ao ver pela primeira vez seu rosto de anjo, olhos verdes da cor da esmeralda, lábios vermelhos cereja, carnudos, comestíveis, tanto que salivei, fiquei ali parado olhando-a, invés de acudi-la. — Olá. Pode me ajudar a levantar? — Sim. Claro. — Travei a arma jogando nas minhas costas, abaixei o corpo e a carreguei comigo... ela riu se apoiando nos meus ombros. — Eu só queria ser erguida não ser pega no colo caro Senhor... — Ruben! — Satisfação... — Olhou a minha blusa xadrez vermelha. — Lenhador Ruben. Sou a Mônica, estava tentando fotografar aquela criaturinha travessa. Assim que falou olhei a sua câmera profissional agarrada na alça do seu pescoço... branco, alvo, que acabará de engolir em seco. — A satisfação é toda minha, achei que fosse um caçador. — Digo voltando a olhar nos seus reluzentes olhos verdes. — Por que achou isso? — Questionou sorrindo. Achando graça não sei de quê. Mas gostei de ver esse sorriso na sua boca cereja. Caminho mais a frente e chegamos na minha cabana, passo pelo batente da porta, fecho com o pé. Ponho a pequena mulher no sofá. Guardo a espingarda no seu devido local. Pego as toras jogando na lareira, manejo um pocado de álcool espirrando nelas com cuidado, pego o fósforo do bolso da minha camisa, risco o palito jogando nas madeira,o fogo aparece, dando o ar da sua graça, pego o atiçador para espalhar as brasas. — Cabana adorável...vive aqui sozinho? Ou tem uma senhora Ruben e filhinhos todos vestidos elegantemente de blusas xadrez vermelha, ou de cores diferentes para diferenciar um pouco do Sr. Ruben? — Não tenho ninguém. — Virei o rosto para o seu, parecia tão jovem. — Até agora. Afirmei sério, notando seu sorriso desaparecer, ficando tímida de repente. Será que assustei a ruiva? Me ergui mirando-a, deixando a lareira bem acessa. — Meu jipe não está longe daqui, obrigada pela hospitalidade Sr. Ruben, mas devo-me ir. — Disse já colocando os pés no tapete, se levantando as pressas, deu um grito de dor, voltando a se sentar rudemente no sofá. Andei até ela preocupado, parei e me abaixei, de joelhos dobrados. Peguei no seu pé, desamarrando o cadarço do seu tênis sem precisar desviar o olhar dela... seus lábios entreabertos enviando ventos intensos de prazer diretamente ao meu p*u, que princesa gostosa... pensei. Seus dois pés ficaram visíveis, fiz massagem no esquerdo, do tornozelo aos dedos e nada sentiu. Assim que minhas mãos tocou no direito descobri o que era. — É senhorita... — Procurei alguma aliança, anel, entre seus dedos esticados nas almofadas, não encontrei nenhum, ficando aliviado. Busquei seu olhar. — Não posso deixá-la sair? — Por-Por que? — Sua voz saiu baixa. Seu olhar demostrou medo. — Está ferida, incapaz de dirigir. Terás que ficar aqui... comigo.
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