Mônica
Tentei dormir, fechei os olhos com bastante força, remexo pra lá e pra cá, inquieta, sentido minhas veias formigar, me corpo acesso, coração acelerado de nervoso.
Essa massagem que Ruben acabou de fazer deixou-me pior do que antes, derreteu até o meu cérebro, fui incapaz de esconder os gemidos que saiam sem permissão dos meus lábios.
Notei o volume da sua calça, que pacote arrumado, impossível não reparar. Nas vezes que não me olhava com aqueles olhos desejosos eu me permitia olhar, curiosa por saber o tamanho, a espessura...
Viro no colchão pensando como deve estar ele no sofá, grande como é, deve estar desconfortável.
Sua declaração amorosa de que havia entrando no seu coração vivou a Mônica romântica que existia dentro de mim na época da adolescência.
Como pode estar se sentindo assim referente a minha pessoa?
Será que realmente existe amor a primeira vista?
Mônica não se iluda, Ruben deve estar equivocado, isso tudo parece um conto, bonito e passageiro... apenas isso.
Tento dormir embora o sono não me queira hoje.
Três dias se passaram voando e nesse meio tempo vi vários nuances desse homem protetor, adorável e meigo. As suas tentativas de aproximação eram intensamente calculadas, cada toque e contato contava para ele e para mim.
Ele ficava entre mostrar a sua afeição e escondê-la, não por vergonha ou medo, mas sim por querer me deixar tomar às minhas próprias decisões.
Durante o dia jogávamos cartas, contávamos nossas histórias de infância e até consegui tirar umas fotos dele quando estava nos seus afazeres domésticos. Nas noites, antes de dormir aplicava a pomada de arnica, precisamente nesses exatos minutos era nesse meio tempo que tudo se intensificava entre nós.
Nos olhava-mos diferente, a tensão s****l poderia ser cortada por uma navalha afiada, uma neblina invisível nos cercava, restava saber quem romperia ela.
Quem seria o corajoso de avançar?
Descobri que Ruben é filho único igual a mim, porém seus pais haviam falecido há uns anos atrás, diferente dos meus que estão vivos.
A nossa ligação somente aumentou depois disso.
Olho ele fazendo café da manhã.
— Acho que estou curada graças a você. De costas vejo ele suspirar. Usando a blusa de flanela azul.
— Têm certeza disso? — Questionou pondo os pães de queijo e o bule de café sobre a mesa.
— Sim, quer ver? Têm um rádio de pilha ai em algum cantinho da cabana?
Apoio as mãos na mesa achando graça da sua expressão desanimada.
— Sim. O que pretende fazer?
— Vai ver quando trazer a tranqueira. — Falo sorrindo da sua cara de bobo.
— Vou pegar.
Rapidamente foi e voltou trazendo o rádio de pilha. Ligou, estava tocando uma música country muito empolgante.
Levantei pedindo a ele para por ela na mesa. Fez o que pedi.
Encurtando o espaço entre nós. Parando na minha frente busquei suas mãos pesadas, grossas, calejadas e pus na minha cintura. Encostei meu corpo no seu, minhas mãos enlaçaram seu pescoço largo, com algumas veias saltadas.
Suas mãos me apertaram contra seu rígido, potente e corpulento corpo.
Olhando dentro daquelas esferas castanhas começamos a dançar no ritmo da música. Sem tirar os olhos vidrados do outro.
O senti duro, amando isso.
— Mônica eu...
— Schimmm... vamos deixar a música fluir
— Como? Se temos tanto a dizer. — Proferiu ele, mas acabou concordando.
Meu tornozelo havia melhorado, agora podia voltar para casa, porém algo me prendia aqui. Uma força magnética.
Tinha tantas coisas que queria aprender com ele. Essa vida natureza, por exemplo.
No entanto hoje seria o fim desse encontro mágico.
Dançamos colados, curtindo esse momento sublime. Onde duas almas diferentes se encontraram apenas para depois se afastarem.
A melodia estava perto do fim quando o barbudo gigante me fez dar uma pirueta, jogando meu corpo de costas contra o dele no final do trecho fazendo-me rir. Me Abraçando fortemente contra ele.
Porém senti a sua barba deslizando suavemente no meu pescoço, foi tão gostoso que minha cabeça tombou para o lado dando livre acesso a essa área.
— Ruben...
— Mônica... — Sussurrou roucamente, enterrando o rosto nos meus cabelos, cheirando minhas madeixas, suas mãos foram subindo, subindo, até pegar nos meus s***s.
— Ahhh... — Gemi ouvindo o seu rosnado selvagem agarrando eles com voracidade, fiquei mole em seus braços, sem motivos para sair dessa saborosa tentação.
Massageando os meus s***s agressivamente seu nariz roçava inalando o meu cheiro, passeou naquela região até pegar o lobulo da minha orelha, sugou, e puxou de leve, enviando ondas de prazer direto para o meu ventre.
— Oh! Ruben não podemos... não.
— Por que não?
Afastou-se brusco, virando-me toda para ele, seu abraço ficou mais apertado, possessivo.
Olhou-me transtornado.
— Vou embora.
Desci as mãos deslizando em seus braços tatuados.
— Não quero que vá. — Sua voz saiu tensa.
— Dei-me as chaves do jipe. Sei que está guardado contigo desde o meu primeiro dia aqui. Por acaso pensou que não havia notado?
— É verdade. E sabe por que?
— Não.
— Porque quero você por inteira a partir de hoje, como minha mulher. — Confessou de supetão. — Estou apaixonado por ti, Mônica. Durmo e acordo pensando em você. Te quero eternamente ao meu lado. Seja minha, permita-me ser... todo seu... na cama e fora dela.
— Mas Ruben...
— Não pense, só diga sim. Meu corpo todo arde por ti ruiva da cidade. Nunca pensei que um dia me sentiria nas nuvens apenas por um sorriso de mulher. E esse sorriso... —Tocou na minha boca com reverência. Seu toque deixou-me alucinada. — Que quero acordar todas as manhãs beijando-me ou beijando-lhe. Quero me perder nos seus braços, quero me derramar no seu corpo quente...
—Sim... — Sua boca máscula encontrou a minha me pegando num beijo brusco, ávido.
Dei acesso, retribuindo na mesma ânsia, t***o desenfreado.
Sua língua quente entrou com tudo dentro da minha boca, tomando posse. Revelando sua dominância de macho alfa.
Quando dei por mim o lenhador barbudo pegou-me no colo. Meu lugar favorito.
Sem precisar interromper os nossos beijos ardorosos, levando-me em direção ao quarto, presumi.
Ao chegarmos lá me pós na cama, se ergueu abrindo os botões da blusa olhando-me esfomeado.