Capítulo Cinco

1009 Words
ANALU — Isso foi f**a. - ele fala rindo e me ajuda a sair de cima dos travesseiros. — f**a e errado. - falo, deitando de costas no colchão, completamente ofegante. — Errado é não gozar, Analu. — Uau! Filosofou, hein! - brinco e o vejo pegar a toalha que estava melada com o meu g**o e levar até a sua boca para lamber. — Gostou do meu gostinho, tio? — Na próxima vez, espero sentir direto da fonte... — Quer experimentar agora? - ofereço. Minha nossa senhora, alguém me para! — Querer, eu quero, mas a minha mãe tá lá embaixo para te levar para a casa. - Thiago fala e eu arregalo os olhos. — Relaxa, ela não ouviu nada, porque tem problemas de audição. - respiro aliviada com a sua explicação. — Ah, sim. Vou arrumar as minhas coisas. - tento voltar a minha respiração regular, mas o sono bateu tão forte que a única coisa que consegui foi fechar os olhos. *** Acordei e me vi sozinha no quarto completamente escuro, porque eu só conseguia dormir bem com todas as luzes apagadas e mencionei isso para o Thiago. Aparentemente ele me ouve bastante, tantos os gemidos quanto as palavras. Fiquei na cama durante alguns minutos até ter coragem de levantar e ir tomar um banho. Quando senti a água tocando o meu corpo, me veio o sentimento de culpa e comecei a chorar. Era sempre assim, eu fazia algo s****l como me masturbar e depois me sentia suja. Minha psicóloga disse que, por causa dos inúmeros abusos sexuais sofridos pelos meus pais, eu criei esse sentimento de culpabilidade quando me dou prazer. — Analu? - me assusto ao ouvir voz do Thiago do outro lado da porta. — Tu tá bem? — Sim. - falo entre os soluços. — Eu sei que sou f**a, mas não precisa ficar emocionada porque te ajudei na s******a hoje. - ele brinca e entra no banheiro. — Só não estou muito bem, mas não é nada grave. - vejo sua sombra através do boxe e sorrio. — Cadê a minha avó? — Falei que cê tava dormindo e eu ia te levar mais tarde pra casa dela. — Obrigada. — Quer conversar? — Não, tio. Juro que não é nada sério. — Tá bom. - o boxe é aberto e logo sinto uma presença atrás de mim. — Olha, eu não sei o que tá acontecendo. Se sou eu o culpado por tu tá chorando, mas se quiser alguém para conversar, é só me procurar. - sinto sua boca distribuir selinhos pelo meu ombro, fazendo com que eu sinta sua barba e instanteamente, minha pele se arrepie. — Ah, não é nada com você. Talvez isso só esteja indo rápido demais. — Rápido seria se a gente fosse esses casais que se conhecem no Tinder e três semanas depois, estão morando juntos. - Thiago ri e eu me viro de frente para ele. — Você está molhado. - concluo o óbvio quando vejo que ele ainda está vestido. — Só não mais que tua b****a tava na hora da s******a. - sua voz soa divertida. — i****a! - gargalho e o vejo tirando suas roupas. — Não vou t*****r com você. - aviso e ele sorri de lado. — Tudo bem. - Thiago tirou apenas sua blusa e bermuda, mas mesmo com cueca, eu conseguia ver seu p*u ereto marcado no tecido fino e molhado. — Ele parece grande. - falo olhando em direção ao seu m****o e mordendo o interior da minha bochecha. — Quando quiser conferir o tamanho e a grossura, é só pedir, Analu. Sinto meu corpo se aquecer e percebo que parei de chorar e o quanto tudo parece melhor quando ele está por perto. Droga, Analu! Você é como esses casais emocionados que se apaixonam e casam em menos de um mês, penso. — Você tem cara de ser aquele homem que vai f***r meu psicológico e minha vida. - falo com preocupação e o meu tio aproxima sua boca do meu ouvido. — A única coisa que eu quero f***r é esse buraquinho virgem no meio das suas pernas, bebê. - ele sussurra e eu quase engasgo com o ar ao ouvir a palavra virgem. Nós dois estávamos muito próximos e ambos embaixo do chuveiro. — Eu não sou mais virgem, Thiago. - exponho e ele se afasta de mim para me encarar sério. — Como assim não é mais virgem? Quando tu perdeu a tua virgindade? - sua surpresa e decepção são evidentes. Quando eu fui estuprada aos oito anos, penso em responder, mas não estou preparada para contar algo tão pessoal. — Faz um tempo. - respondo sem graça. — Meu Deus, e eu achando que tu era diferente da sua mãe, Ana Luíza, mas tô vendo que você é uma p**a igual a ela! - Thiago grita com muita raiva e dá uns passos para trás. — Sim, eu sou igual a ela. - sinto as lágrimas voltarem a escorrer pelo meu rosto. — Desculpa não poder te dar uma menina virgem e pura como você deseja. - falo sentindo uma dor no peito, me viro e giro a torneira para fechar o chuveiro. — Por que tu não me falou isso? - ele pergunta e eu não respondo, apenas saio do banheiro, calço o meu par de chinelos e me enrolo em uma toalha. — Me responde, p***a! — Não quero falar sobre isso, Thiago. - procuro uma roupa para eu vestir no guarda roupa, escolho um vestido e pego uma calcinha de algodão rosa com ursinhos brancos, porque meu corpo não se desenvolveu de maneira saudável, já que além de estuprada todos os dias, eu ainda passava fome e por isso só uso roupa tamanho infantil. — Vai ficar aí parado só me olhando? — Sim, afinal a casa é minha, né? Eu faço o que quiser. — Claro. - respondo simples e retiro a toalha do meu corpo. — Não me importo com isso. Enxugo meu cabelo, meus braços e minhas pernas sem pressa e visto minha peça íntima e a outra peça de rouba por cima, que ficava na altura dos meus joelhos e o meu querido tio apenas me olhava igual um palerma. — Você é linda. - ele fala me deixando confusa. — Você é linda pra c*****o e sabe disso, né? - sorrio sem jeito. — Obrigada, eu acho. - agradeço, o achando meio bipolar, mas não ia julgá-lo, porque eu também sou uma transtornada mental.
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