Capítulo Seis

1011 Words
THIAGO Surtei quando a Analu disse que não era mais virgem por puro ciúmes e agora tô me sentindo um o****o por ter feito a menina chorar sendo que eu sequer a conhecia para exigir um cabaço intacto. Safada daquele jeito era óbvio que deveria ter conhecido outros paus. — Desculpa ter falado aquilo, eu não deveria ter te chamado de p**a. Querer que tu seja virgem sendo que a única mulher que não comi nesse morro foi a minha mãe é bastante hipócrita da minha parte. - peço com sinceridade. — Eu não estou pronta para falar do meu passado, mas não pense que eu sou uma dessas garotas bem resolvidas que saem transando com quem tem vontade. - Analu suspira fundo e passa a mão na testa. — Tenho inveja delas, na verdade. — Sério? Você parece que gosta muito de sexo... - dou um sorriso safado pensando nas duas vezes que a flagrei siriricando. — Gosto de me masturbar, de me imaginar transando com um pirocudo, porém o único homem que me tocou com a minha autorização foi você, Thiago. - sua voz parece triste e eu demoro alguns segundos para entender que a menina tá falando que foi estuprada. — p***a, me perdoa. c*****o, eu sou muito burro. - passo a mão no cabelo. — Não precisa se desculpar, você não sabia. - ela dá um sorriso tentando me confortar e eu me aproximo dela e a puxo pela cintura. — Eu não costumo pedir pra beijar uma mulher, mas como você não é qualquer uma, inclusive bem longe disso... — Me beija. - ela pede baixinho olhando para a minha boca. — Nunca ninguém me beijou. Sua confissão me deixou em êxtase. Nunca curti ficar com menina mais nova ou inexperiente, mas esse jeitinho inocente da Analu com uma pitada de adolescente travessa descobrindo o sexo, mexe pra c*****o comigo. Subi minhas mãos até o seu cabelo, segurei os fios com firmeza e puxei para trás, a fazendo gemer e sorrir. Beijei somente seus lábios tentando não ser tão descarado como eu gostaria, porque não tenho noção dos seus traumas e sei que preciso ter paciência nesse caso. É uma sensação nova para a Analu e ela toca meu peitoral como se estivesse com medo. — Pode me tocar, bebê. Não tenha medo. - falo e antes que pudesse avançar mais um sinal com a garota, a porta do quarto é aberta, fazendo a gente se afastar rapidamente. — c*****o, Coringa, tá... - BG entra e me olha assustado. — Tu tá ligado que essa menina é a tua sobrinha, né? — Meu Deus, não acredito. - coloco minha mão no peito pra dramatizar e olho para a menina ao meu lado que está corada e rindo nervoso. — Me desculpa, Analu, eu não fazia idéia que somos parentes. - ironizo. — Irmão, isso é incenso e na bíblia tá falando que é pecado! - ele aponta o dedo pra mim. — Vocês vão tudinho pro inferno rebolar no colo do capeta. — Incesto, BG! Incesto! - explico. — Tanto faz, cara, só sei que tu pecando pra c*****o. — Você sabe roubar e matar também é pecado, certo? - Analu pergunta e o meu amigo a olha indignado. — Eu não sou ladrão, garota, eu sou traficante! Me respeita faz favor... — Ah, tá! Desculpa. - ela ri divertida. — Não quis ofender o santo bandido. — m*l chegou e tá querendo pagar de afrontosa? Aqui na minha área menina assim fica sem cabelo. - BG fala tirando onda e minha sobrinha gargalha alto. — O que tu quer, BG? - os corto, porque a minha sobrinha só pode rir das minhas piadas. — Mano, então... - ele coça a nuca e eu já sei que lá vem merda. — Eu meio que... Bom, acho melhor tu ir lá na boca comigo, porque tem coisa que a gente precisa ver pra entender. — Tá. - viro meu rosto pra Analu e dou um beijo na sua bochecha. — Daqui a pouco, eu volto. — Tudo bem, tio. Toma cuidado por aí. - ela sorri afeituosa. — Por um momento achei que tava no redtube vendo filme pornô de incesto. - BG implica e eu reviro os olhos.  BG era engraçado e eu gostei dele, mas fiquei com medo de alguém saber que estava quase beijando meu próprio tio. Quando me vi sozinha de novo, pensei em me masturbar mais uma vez, porém a minha avó me ligou perguntando como eu estava e que horas eu iria voltar para casa. Expliquei que estava bem e que iria quando o Thiago voltasse da boca de fumo para me dar carona. Depois que desliguei a ligação, resolvi assistir um vídeo asmr no YouTube e dormi antes do final. Despertei sentindo uma presença na minha cama e logo alguém sobe em cima do meu corpo frágil, um dedo invade minha i********e e uma mão tampa a minha boca. — Fica calada, filha. O papai não vai te machucar. — Analu, acorda, bebê. - ouço a voz do Thiago e abro meu olhos. — Tá tudo bem, é só um sonho, ninguém vai te machucar. Estou suada, ofegante e em pânico, mas tento regularizar minha respiração, porque agora sei que foi só um pesadelo. — Está tudo bem. - falo baixinho tentando me consolar. — Agora você vive com pessoas normais e não com monstros. O Thiago me olha com pena e me pergunto mentalmente o que ele ouviu. — Nada de m*l vai te acontecer aqui. E esse desgraçado do teu pai vai morrer. - sua voz soa com raiva. — Ele já está preso, tio. — Não é o bastante, Analu. Vou resolver isso. Não entendi o que o Thiago quis dizer, mas também não queria alongar o assunto, pois já estava me sentindo exposta demais. — Podemos dar uma volta? Preciso de ar. — Claro, mas eu não posso sair do morro, então... — Não se preocupa com isso, sério. - me levanto da cama. — Onde eu morava a minha única vista era uma parede bege todos os dias. Meus pais me acorrentavam em uma escada que ficava na área de lazer, me amordaçavam e amarravam meus pés um no outro para que eu não fugisse ou gritasse pedindo ajuda aos vizinhos. Talvez favela seja sinônimo de inferno para alguns, mas para mim é um paraíso se comparar ao lugar de onde vim.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD