Escrito nas Estrelas...

CAPITULO 57

Bruno e Helena haviam construído uma vida tranquila juntos em Paraty. Moravam na casa dos pais de Bruno, Loreta e Nilton, trabalhando lado a lado na Nilton's Bike. Além disso, eles cuidavam de Loreta, que sofria de Alzheimer. Loreta adorava Helena e a presença dela na casa era um bálsamo para ela, que muitas vezes se lembrava da jovem como sua própria filha.

A rotina deles era repleta de amor e cuidado, mesmo que tivessem que lidar com os desafios que a doença de Loreta apresentava. Bruno admirava a paciência de Helena e o amor incondicional que ela demonstrava pela sua mãe. Eles sabiam que suas vidas eram atarefadas, mas estavam felizes com a escolha que fizeram.

No entanto, uma série de eventos inesperados começaram a abalar a tranquilidade da vida deles. Tudo começou quando Helena começou a sentir m*l-estar. Ela estava cansada com mais frequência, tinha enjoos matinais e sentia dores estranhas no corpo. Inicialmente, ela atribuiu isso ao estresse e à exaustão de cuidar de Loreta, mas as coisas pioraram.

Era um dia quente de verão quando Helena começou a sentir-se estranha. Ela estava no escritório da loja, cuidando dos registros e dos documentos da empresa, quando uma onda de tontura a atingiu. Ela respirou fundo e tentou se recompor, mas uma sensação estranha tomou conta dela. A voz de Bruno vinda da oficina a fez olhar em sua direção.

"Helena, você está bem?"

Ela assentiu, tentando ignorar a sensação de náusea que a envolvia. "Acho que só preciso de um pouco de ar fresco."

Bruno se levantou e foi até ela, preocupado. "Você quer que eu vá com você?"

Helena sorriu, tentando disfarçar o desconforto. "Não, querido, eu ficarei bem. Vou dar um passeio lá fora."

Ela se dirigiu para o pátio dos fundos, onde havia uma área de jardim. Sentou-se em um banco, fechando os olhos e tentando controlar a sensação de m*l-estar. O tempo passou enquanto ela lutava contra o enjoo, até que finalmente conseguiu se acalmar.

Enquanto estava lá fora, uma ideia começou a tomar forma em sua mente. Ela estava com alguns dias de atraso em seu período menstrual, o que não era comum para ela. Helena decidiu que era hora de fazer um teste de gravidez.

Ela voltou para o escritório e terminou suas tarefas antes de sair da loja no final do dia. No caminho de volta para casa, Helena comprou um teste de gravidez na farmácia. As palavras "gravidez positiva" piscaram no visor, enchendo-a de uma mistura de emoções.

Quando ela chegou em casa, encontrou Bruno na cozinha, preparando o jantar. Ela não conseguia conter a excitação e a ansiedade. Ela segurou o teste de gravidez nas mãos e se aproximou dele.

"Bruno, temos algo importante para discutir", disse Helena, seu coração batendo mais rápido.

Bruno a olhou, preocupado com a seriedade de seu tom. "O que aconteceu, Helena? Está tudo bem?"

Helena sorriu e segurou a mão dele, colocando o teste de gravidez nas mãos dele. "Estamos esperando um bebê."

Bruno olhou para o teste e depois para Helena, seus olhos se encheram de alegria e surpresa. Ele a abraçou com força, beijando-a com amor.

"Isso é incrível, Helena! Estou tão feliz", disse Bruno com os olhos brilhando.

A preocupação de Helena estava clara em seu rosto enquanto ela segurava o teste de gravidez. O silêncio na cozinha era pesado até que Bruno, notando a tensão, quebrou-o com uma pergunta.

"Helena, o que está te preocupando? O que há de errado?" Bruno perguntou com carinho, seus olhos cheios de preocupação.

Helena suspirou, sentindo o peso da incerteza. "É só que... bem, eu não consigo esquecer da profecia. A cigana falou sobre você ter quatro filhos."

Bruno sorriu, lembrando-se da mulher misteriosa que havia feito a profecia. "Ah, sim, eu me lembro."

Helena assentiu, mas seu olhar ainda era cheio de dúvidas. "Essa profecia está na minha mente. E agora, com a possibilidade de estarmos esperando um bebê, eu não posso deixar de pensar nisso."

Bruno assentiu, lembrando-se claramente das palavras da cigana. Ela havia previsto que ele teria quatro filhos. Ele sorriu levemente e tentou acalmar Helena. "Helena, não acredito que estejamos esperando quatro filhos de uma só vez. Isso é extremamente raro, especialmente em nossas famílias. Acho que podemos ficar tranquilos quanto a isso."

Helena não parecia completamente convencida. Ela segurou o teste de gravidez nas mãos e continuou preocupada. "Eu sei, Bruno, mas ainda assim... É apenas que essa profecia mexeu comigo. Eu só quero ter certeza de que tudo está bem."

Bruno a abraçou com carinho e beijou sua testa. "Eu entendo sua preocupação, meu amor. E para te tranquilizar, podemos ir ao médico amanhã cedo. Eles poderão nos dar mais informações sobre a gravidez."

***

No dia seguinte, Helena e Bruno foram ao consultório médico para sua primeira consulta pré-natal. Eles estavam ansiosos para ouvir o que o médico tinha a dizer e, esperançosos, entraram no consultório.

O médico os recebeu calorosamente e começou a realizar o exame de ultrassom. Enquanto a imagem do feto começava a aparecer na tela, Helena prendeu a respiração, ansiosa para ouvir as palavras do médico.

O médico finalmente anunciou: "Parabéns, você está grávida de oito semanas."

Helena e Bruno trocaram um sorriso emocionado. A notícia era emocionante e significava que eles estavam prestes a se tornar pais. No entanto, a preocupação de Helena ainda pairava.

"Você mencionou algo sobre gêmeos quando conversamos anteriormente", Helena disse ao médico. "Há alguma maneira de saber se há gêmeos?"

O médico explicou gentilmente: "Normalmente, é possível detectar uma gravidez gemelar por volta da 12ª semana de gestação, durante o ultrassom morfológico. No entanto, com base na sua história familiar e no exame inicial, as chances de gravidez gemelar são baixas."

Helena se sentiu aliviada com as palavras do médico, mas ainda estava um pouco preocupada com a profecia da cigana. Ela agradeceu ao médico e agendou o próximo exame.

Bruno a abraçou e sussurrou em seu ouvido: "Veja, meu amor, tudo está indo bem até agora. Não se preocupe demais. Vamos esperar pelo próximo ultrassom e, até lá, apenas aproveitar a jornada."