VICIOUS

DEZOITO

— Não use esse tom comigo. - Murmurou se afastando de mim novamente. — Eu estou cansado de tudo isso, Madeline. - suspirou. — Seja sincera comigo, eu sou apenas um carinha que você usa pra passar um tempo? Existem mais adolescentes que você brinca? Ou sou apenas eu?

— Você está drogado?! - exclamei o cortando — O que deu em você pra pensar algo assim?

— São os fatos Madeline. A p***a dos fatos. - deu de ombros — Você só quer f***r comigo, me usar pra matar sua carência, mas sem compromisso, apenas uma f**a casual, como você diz. - cuspiu amargo.

— Você concordou com isso! - me defendi cruzando os braços. — Eu não te obriguei a nada, Adrian. Você concordou!

— Eu concordei porque você não quis ser minha namorada! - "explicou" e eu soltei uma exclamação surpresa.

— Tínhamos fodido apenas algumas vezes e você simplesmente me pediu em namoro, o que você esperava que eu fizesse? - debochei. — Nós m*l nos conhecíamos, Adrian!

— Mas e depois? Nos conhecemos bem, mas ainda assim você não quer ter nada sério comigo! - exclamou irritado. — Você quer que eu continue sendo seu bonequinho de f**a!

— Adrian, pelo amor de Deus, vão acabar ouvindo. - falei na tentativa de o acalmar, mas não pareceu dar muito certo.

— Eu não me importo. - debochou dando de ombros. — Eu não me importo nenhum pouco, se você quer saber. Se fosse por mim, toda essa maldita escola saberia que você é minha! Apenas Minha!

— Adrian Mendonza - o olhei séria. Estava começando a ficar irritada com aquele escândalo desnecessário — É melhor parar.

— Qualquer garota nessa escola ou nessa cidade se mataria para ser minha namorada, mas você não, porque?

— Então é isso? - eu o olhei sorrindo debochada. — Eu não beijo o chão por onde você anda. Esse é o grande problema! - soltei uma risada falsa. — Seu ego está ferido? Oh, me desculpe! - fiz beicinho. — Se você quer alguém para ser sua maldita submissa está falando com a mulher errada! - exclamei séria.

Adrian abriu e fechou a boca diversas vezes procurando palavras.

— Quer saber, Madeline? Eu não tenho que te dar explicação nenhuma! Se você não quer nada comigo, não vou te obrigar. Garotas que me querem é o que não faltam.

— O que importa elas te quererem se a única que você quer sou eu? - ergui a sobrancelha vendo sua expressão ficar ainda pior.

— Não sabe nada sobre meus sentimentos! Nunca se interessou em saber o que eu sentia. - acusou.

— Mas agora eu quero. - dei de ombros.

— E se eu não quiser?

— Mas você quer. - afirmei confiante, ele não estaria fazendo aquela cena se realmente não quisesse — E se você não quiser mais, tudo bem. - dei de ombros. — Não é como se eu não fosse superar. - sorri de lado. — -arotos que me querem é o que não falta.

— Não brinque comigo, Madeline - ele me advertiu em um rosnado. — Posso ter sido sempre o cara bonzinho com você, mas não sou um maldito príncipe e******o.

— Não me importo com isso, contando que seja meu. - dei de ombros.

Adrian pareceu se acalmar mais um pouco com minha fala.

— Me desculpe... - murmurou. Parecia finalmente ter caído em si.

— Tudo bem, Adrian - me aproximei tocando seu rosto, que agora tinha uma expressão suave de arrependimento. Adrian beijou minha mão me olhando nos fundos dos olhos. — Isso é um convite? - brinquei colocando a ponta do meu polegar entre seus lábios, o vendo assenti. — É uma pena que ainda estou p**a com você por fazer essa p***a toda. Passar bem, Adrian Mendonza.

Dei as costas, mas antes que pudesse me afastar, o braço de Adrian rodeou minha cintura, o puxando para si, me fazendo bater as costas nele.

— O que eu preciso fazer pra ser minha, Madie? De verdade? - perguntou em meu ouvido, me deixando arrepiada — Olha só as coisas que você me faz fazer, o que me faz dizer - ele suspirou.

— Desde que começamos a sair juntos, eu nunca mais estive com ninguém. - falei baixo, sem saber como fazer isso — Isso é suficiente pra responder sua pergunta? - girei o corpo ficando de frente pra ele, para poder olhar em seis olhos. — Pare de ser tão inseguro. - pedi calmamente — Nenhum moleque mimado dessa escola me interessa. Nenhum além de você.

Quase sorri com ao ver o enorme sorriso se formar no rosto de Adrian. O garoto que minutos atrás parecia que ia matar alguém, agora estava radiante.

— Madeline - uma voz conhecida me fez afastar rapidamente de Adrian, me virei e vi Valéria aparecer em meu campo de visão com Anna e Mercedes ao seu lado, como sempre — Pensei ter ouvido sua voz e, nossa, realmente era você.

— Ah, oi. - murmurei suforedar.

— O que faz aqui com Adrian? - Valéria quem perguntou me fuzilando com os olhos azuis.

— Não é da sua conta. - respondi dando de ombros. — Mas nos encontramos por acaso. - falei olhando para Adrian que assentiu, mas era claro que a mentira o tinha incomodado.

— Madeline se ofereceu para me ajudar com gramática. - Adrian disse de repente me fazendo arregalar os olhos. — Pode ser agora? Eu estou mesmo precisando de ajuda, Madeline - perguntou e eu concordei. — Ótimo, então, vamos. - ele disse para mim, andando na frente.

Preferi ignorar as três que estavam em frente a sala da diretora, cenário da nossa estranha briga poucos minutos antes e segui Adrian pelas escadas.

— Gramática? - perguntei debochada e o ouvi rir.

— Pode me ensinar anatomia humana, se quiser. - sugeriu me fazendo revirar os olhos. — Vamos fazer as pazes direito, Madie. Precisamos disso. - pediu.

— Pazes? - ergui a sobrancelha. — E nós fizemos as pazes?

— Quer matar a aula comigo? - perguntou. — Já transou no banco de trás de um carro?

— Você já? - devolvi a pergunta e ele negou. — Vamos fazer o teste juntos então.

***

Adrian não estava sendo nada gentil. As entocadas eram forte e rápidas, meus quadris ficariam roxo graças as mãos possessivas dele na área e eu com certeza amanheceria dolorida, mas não me importava nenhum pouco, não conhecia pensar em nada naquele momento a não ser a sensação maravilhosa de o ter dentro de mim.

Parecia que fazia muito tempo que não ficamos juntos e estávamos matando a saudade.

Ao atingir o ápice, Adrian se jogou em cima de mim respirando pesado.

— Eu estava com saudades, Madie - disse ofegante e eu assenti, tentando acalmar minha respiração.

— Deus... - murmurei ainda sem ar — Vou sempre te deixar bravo, foi uma das melhores horas da minha vida.

Adrian riu segurando meu rosto com carinho

— Mas talvez tenha sido o carro. - brincou. — Apesar de um pouco apertado, é legal.

Assenti o abraçando, na tentativa de esconder meu corpo nu no seu, ainda ofegante. Para a minha surpresa, Adrian me abraçou de volta, me apertando ainda mais contra seu corpo.

— O que vamos fazer agora? - perguntei descansando meu queixo em seu ombro no e suado — Não podemos voltar para a escola nesse estado... Estamos péssimos.

— Podemos ficar aqui e esperar o tempo passar. - sugeriu simples dando de ombros.

— E você vai ter que me dar um calcinha nova. - avisei o fazendo rir. Adrian tinha rasgado o pequeno pedaço de pano, como ele mesmo tinha chamado, impaciente mais cedo.

— Aqui. - ele se afastou cobrindo meus s***s e barriga com o blazer do seu uniforme, eu sabia porque parecia grande demais pra mim, me cobrindo quase inteira. Ele esticou o braço e pegou minha saia jogada no banco da frente e vestiu em mim rapidamente. A forma carinhosa como ele me tratava me deixava ainda mais confusa com aquela situação.

Adrian, mesmo no espaço pequeno, conseguiu vestir suas calças rapidamente após se livrar da camisinha e se sentou no banco ao meu lado, apenas sem camisa.

Estava obviamente contente, seu rosto risonho mesmo sem nenhum esforço deixava isso bem claro.

Eu também estava feliz.

— Vem aqui, Madie - ele pediu e eu me aproximei, sendo surpreendida por ele, que me colocou sentada em seu colo. — Estou cansado...

Sem saber o que fazer, deitei minha cabeça em seu pescoço, sem me importar com meus s***s tocando a pele do seu abdômen que também estava exposta.

Adrian me deixava confortável em níveis extremos que as vezes chegava a me assustar. Éramos realmente íntimos, muita, e não tínhamos vergonha um do outro.

Com esses pensamentos, acabei adormecendo em seus braços, sentindo o calor de seu corpo, adorando a sensação já conhecida.