DEZESSETE

1400 Words
— Parem com isso! Parem! Agora! Não precisa disso! - exclamei afastando Caleb bruscamente, não queria que Adrian entendesse m*l a situação ou pensasse que eu o estava defendendo, por que não era o caso. — Não se meta nas coisas dos outros, Caleb. - o adverti séria, nós m*l nos conhecíamos! E eu precisava falar com Adrian, mas quando me virei para me explicar para ele, ele não estava mais lá, havia sumido. — O que aconteceu? - Esmie perguntou cautelosa se aproximando ao lado de Cata. — Nada. - respondi ignorando todos e entrei na escola irritada. Ótima forma de começar o dia! *** Não consegui prestar atenção nas aulas. Apenas Adrian, apenas ele era o dono da minha atenção. Pensei que o veria na hora do almoço, mas para o meu completo desespero ele não estava lá, na mesa com os atentas e as meninas populares, no seu lugar de sempre e eu resolvi procurar por ele. Por algum motivo eu estava com muito medo do que ele poderia estar pensando. Caleb tinha agido como se tivéssemos algo, mas era apenas colegas. Nem mesmo éramos próximos o suficiente para sermos amigos....! Eu precisava deixar claro para não ter mais problemas, eu já tinha demais. Andando pelos corredores eu torcia para achar Adrian, mas quando vi a dona de uma cabeleira ruiva saindo do banheiro, agradeci aos céus. — Rosie! - exclamei me aproximando da garota. - Finalmente achei você. — O que quer? - perguntou me olhando com uma cara nada boa. Diferente das outras vezes em que conversamos, ela não parecia nada amigável. — O Adria- — Se for brincar com os sentimentos dele é melhor se manter longe. - me cortou irritada. — Do que está falando?! - a olhei sem entender — Por Deus! Não é nada disso! — Então o que foi aquele showzinho de ciúmes do outro garoto mais cedo? - indagou cheia da razão e eu revirei os olhos. — Pois me pareceu que vocês são bem próximos. — Ele é primo da Catalina. Nós só andamos juntos por isso. - expliquei mesmo que não devesse explicações a ela. — E outra, isso não é da sua conta, não tem haver com você, apenas pode me dizer onde o Adrian está? — Se isso afeta o Adrian é da minha conta. - ela me olhou ainda mais irritada. — Você é apaixonada por ele, por um acaso? - a olhei de cima a baixo. — Não te interessa! — Me interessa por que ele é meu- — Seu o que? - me olhou debochada — Deixa eu te lembrar uma coisa, Baudin, você e ele não são namorados. - cuspiu com ódio — Por favor, por quanto tempo acha que ele vai correr atrás de você como um cachorrinho adestrado? Adrian está abrindo os olhos, e eu m*l vejo a hora dele ver o tipo de pessoa que sua adorada Madeline é! - ela exclamou antes de sair esbarrando em meu ombro. — O que deu em você?! - indaguei sem acreditar no que ela estava falando. Onde estava a garota legal de poucos dias atrás? Ela realmente gostava de Adrian? Essa era a única explicação para seu surto. — Madeline? - uma voz masculina me fez pular assustada. — Raúl? - indaguei com certa vergonha, vendo ele encostado nos armários, com uma pose de badboy. Devia ser a primeira vez que nós nós falávamos e era estranho, tendo em vista que sabíamos quem éramos. — Faz muito tempo tá ai? — Apreciei todo o show. — Oh, certo, me desculpe por isso. - limpei minha garganta. — Eu não queria brigar com sua irmã. — Não se preocupe, Rosália só está um pouco alterada e descontou em você. - ele se aproximou. — Ela geralmente não é assim. — Não? — Não. Ela é bem pior. - suspirou e eu torci pra ele estar brincado, se bem que era essa a reputação da sua irmã gêmea. Olhando de perto, eles eram extremamente parecidos, o mesmo tom de pele cor de canela, o cabelo vermelho fogo natural, as sardas pintando o nariz e as bochechas, os olhos verdes... — Sabe onde está Adrian? - perguntei. — Eu preciso falar com ele. — Na sala da diretora. — O que?! — Ele e Pablo brigaram mais cedo, logo após a ceninha de vocês mais cedo. - explicou como se não fosse nada demais. — Ele brigou com Pablo por minha causa? - perguntei. — Pablo quem começou, mas Adrian não ficou quieto e revidou. Pelo menos ele levou a melhor - o ruivo deu de ombros — Acho que Pablo vai precisar de pontos no queixo. Meu Deus! — Pensei que ele estivesse sumido por minha causa. - revelei aliviada. — Ele descontou a raiva que sentia no momento no Pablo. - deu de ombros novamente — Na minha opinião foi bem melhor do que sumir. Ele estava merecendo uma surra fazia tempos. — Por que Adrian ainda está na diretoria? Ele devia ter saído, não? — Adrian é um temeimoso, você sabe. Ele se recusa a falar com o pai e a diretora só vai liberar ele quando alguém maior de idade assinar o termo de responsabilidade. — Eu sou maior de idade. - falei e Raúl me olhou desconfiado. — Sou um ano mais velha que Adrian e você. — Oh, que susto, pensei que ia precisar te denunciar pra policia. — Oh. - o imitei. — Cale a boca. — Onde vai? - perguntou quando dei as costas e comecei a andar. — Assinar um termo de responsabilidade. Caminhei por alguns corredores, subi três lances de escadas e finalmente cheguei até a sala da diretora. Bati na porta e me deixaram entrar. Adrian, que estava sentado em um sofá no canto da sala da mulher, me olhou confuso e a diretora também. — Como posso ajudar, senhorita..? - me olhava com certo desdém. Ela não gostava de mim, e eu muito menos dela. — Madeline Baudin - cruzei os braços e usei o mesmo tom que minha mãe usava para dar ordens na empresa. — Creio que a senhora saiba quem eu sou, não é? — Aluna dessa escola, provavelmente. - ela sorriu, engolindo seco. — A pessoa que paga seu salario e que é dona de 75%, não só dessa, mas de todas as escolas Elite da Espanha. - ela sabia muito bem quem eu era, mas eu precisava a por no seu lugar. — O que a senhorita deseja? - perguntou agora como uma cadelinha treinada. — O termo. - disse olhando para Adrian. Ela se levantou e da cadeira e pegou alguns papeis. — Certo. - limpei a garganta me sentando em sua cadeira de couro e cruzei as pernas. — A senhora tem duas opções, ou, força o garoto a ligar para o pai, ele vem aqui na escola, assina e amanhã terá sua carta de demissão em mãos, ou, você rasga isso, finge que nada aconteceu e amanhã pode passar o dia sentada nessa cadeira de couro r**m como faz todos os dias.... - suspirei. — Qual você escolhe? - A senhora me olhava sem entender. — Por favor, diretora, estou sendo boazinha ao te dar opções... - fiz beicinho e a vi assenti, rasgando em seguida as folhas em pequenos pedacinhos. — Boa escolha! - bati palma me levantando. — Se se acontecer outra vez, lembre-se que não deve se meter. - a avisei e olhei para Adrian. — Vamos. Adrian parecia meio em choque, mas me seguiu para fora. — O que foi isso que acabou de acontecer? - perguntou, mas antes que eu pudesse responder, ele me interrompeu. — Não quero falar com você. — Adrian! - segurei seu pulso, o impedindo de se afastar. — Não faça isso, anda... Vamos conversar, por favor. — Converse com seu amigo! — Eu não tenho nada com ele! - me defendi. — O que eu tenho que fazer pra você gostar de mim, Madie?! - mudou de assunto de repente — Eu faço dei tudo pra te agradar, pra te ver feliz, mas quando eu penso que estamos tendo um avanço, estamos um passo atrás! — Você não precisa fazer nada, Adrian. — Olha, Madeline... - ele suspirou pesadamente. — Adrian, não faz isso, por favor - pedi ainda me aproximando dele cautelosa.
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