Capítulo oito

1309 Words
Um ano depois Larissa As vezes as coisas acontecem sem a gente perceber. Cá me encontro com 17 anos morando com Rangel. Depois de Luísa engravidar, passamos a ficar juntos todos os dias. Ele ia na minha casa, fazia companhia e eu me sentia sozinha, me sentia carente, nos aproximamos bastante. Rangel não era o tipo de pessoa que gostava de demonstrar, mas depois de dois meses que ficamos , ele me pediu em namoro com direito a buquê de flores e chocolate e uma surpresa que jamais imaginei. Com cinco meses de namoro fomos morar juntos, na casa dele. Eu mudei muito, não parecia a antiga Larissa, mas meus sentimentos ainda eram confusos. Eu disse que iria contar essa história para vocês, e vou contar tudo que aconteceu depois que me envolvi com um traficante. ...... Talvez fosse a pior e a melhor escolha da minha vida. Nunca pensei que um dia iria me envolver com um traficante, que iria perder minha virgindade com o "amor da minha vida" e que ele me abandonaria , meu pai me expulsaria de casa e etc etc. Meu pai está na miséria. Soube por amigas que ele só anda bebendo e jogado por aí por causa de Melyssa. Isso mesmo, ela traiu ele com um homem que tinha mais dinheiro. Ai pai, como eu queria estar do seu lado e dizer : Eu avisei! Ao mesmo tempo queria te ajudar e dar todo meu apoio de filha... Mas eu nem sequer pra você nunca fui sua filha. Meu relacionamento com Rangel não é o melhor de todos . Isso com certeza não é. Mas eu aprendi à amar ele tanto , esse amor transborda em mim. - Ô vacilona, qual foi do almoço? - ele perguntou da sala. - p***a Rangel! Não sou tua empregada não vei. - falei com ódio. - Garota. - saiu da sala e veio até mim. - Não tira onda comigo não Larissa - apertou meu queixo. - Me solta cara, me deixa em paz. Me soltei dele e fui fazer o almoço. Só digo uma coisa. Relacionamento com bandido no início é flores, no final é flores também... Rangel tem se tornado um homem agressivo, doido , psicopata. E além de tudo me trai, eu sei que ele me trai. Mas se eu pegar não vai dar o que preste. Talvez vocês perguntem. "Por que não larga ele" Porque não posso! Entendam mulher de traficante só larga quando ele quiser largar. E essa é uma das coisas que vou relatar para vocês. Terminei de fazer almoço e servi a ele. - Aí. - dei de ombros. - Obrigado! Fui para o banheiro , tomei um banho demorado e bem relaxado. Iria sair com Luísa e minha afilhada. Ninguém entendeu nada do meu relacionamento com Rangel, e nem eu, tudo aconteceu rápido, namoramos, moramos juntos e estamos aqui, talvez eu queria voltar no tempo, talvez eu só me envolvi por carência... Ele é abusivo - Pra onde tu vai?- ele adentrou no quarto enquanto eu retocava meu batom. - Eu te falei Rangel.. Que iria sair com minha prima. - Falou p***a nenhuma. Já falei que não quero você saindo... Eu sou procurado, e tenho inimigos. Podem querer te tocar e isso eu não vou admitir! Ele estava preocupado comigo? Que fofo né. Haha não pensem isso ele só está com ciúmes. - Você se importa comigo? - arqueei as sombrancelhas. - Claro pô. - se aproximou. - Tu é minha mulher ou não é? Não falei nada. - Então, eu tenho que cuidar do que é meu! - me prensou contra parede e me beijou. A gente pode passar por cada coisa, brigar, se bater, quase se matar. Mas sempre quando esse filho da mãe do c*****o chega perto de mim e me beija eu derreto igual manteiga. E ok , confesso que quando Rangel está carinhoso assim é porque está aprontando. - Para.. Eu tô atrasada. - sorri. - Você vai pra onde? - Shopping. - Vou mandar um cara meu com vocês. - Ah não Rafael, não tenho paz?- fiz cara feia. - Não. Já falei que é pro seu bem! Toma aqui e vai e volta cedo, vou pra biqueira . - me entregou um malote de dinheiro. - Já falei que não quero seu dinheiro. - Larissa não testa minha paciência aceita. Sai e encontrei Lu no ponto, ela estava com minha princesa no colo. - Amor. - abracei ela. - Prima, sua linda! - sorriu. - Vamos? - assentiu. Entramos no carro do tal vapor de Rangel lá e chegamos ao nosso destino. - Daqui a pouco e volto pra te buscar patroa! - Valeu. - sorri para ele e fechei a porta do carro. Adentramos o shopping e eu fui logo pra sessão de roupas. Não vou mentir pra vocês que eu não gosto de ostentar , claro que gosto. Esse tempo no morro me fez mudar tanto... Fiz tatuagens, criei corpo,tenho outro palavriado, outras atitudes. As vezes eu paro e penso.. Como seria se eu estivesse lá? Como está Bruno? Bom Bruno... Esse i****a é o que menos me importa. - Lari.. - Oi prima. - tirei minha atenção das roupas e olhei para Luísa. - Júnior voltou a me bater. - abaixou a cabeça. - Eu vou matar esse filho da p**a mano! - Eu não suporto mais viver nesse ambiente, criar minha Luara nesse sofrimento. Pra que eu fui engravidar desse i****a ainda te arrastei pra esse morro do c*****o por causa de mim você conheceu Rangel. - Não fica assim,nada disso é sua culpa, eu tô aqui. - a abracei. - Eu vou dar um jeito nesse i****a. - O que você pode fazer prima... - Esqueceu que eu sou a primeira dama da Grota? - Nossa. Logo você que tinha horror a tudo isso, hoje fala com um orgulho. - Não Lu. Não é questão de orgulho, é que com o tempo você se acostuma com as coisas... - Sei bem! Voltamos a comprar enquanto conversávamos e falávamos m*l das p**a do morro, falar da vida dos outros é ótimo, entre outras coisas. - Se eu for embora ele me caça até no inferno! - falei de Rangel. - E Júnior? Aquele filho de uma égua. - Meu Deus. - ri. - A mãe dele nem é égua. - Quero nem rir.- Lu disse. Luara acabou dormindo, então decidimos retornar para casa. Liguei pra o carinha e ele imediatamente veio nos buscar. Me despedi de Lu, e pedi pra parar na casa de dona Rosa, mãe de Rangel minha sogra. Comprei um presente pra ela, amo encher ela de mimos. - Para aqui. - sorri para ele. - Falou aí Lari, qualquer coisa eu tô aí a disposição! Entrei na casa de dona Rosa, e sorri para ela. Amava minha sogra sério mesmo, ela era muito legal! Só não deu sorte com o embuste do filho. - Oi minha flor. - ela disse. - Tudo bem Rosa? - sorri. - Eu vim te fazer uma visitinha, e te trazer um negócio. - O quê menina.. Já falei pra tu não se preocupar comigo. - Eu me preocupo é claro! É que Rosa, eu vi um vestido maravilhoso e pô, ele foi feito pra tu mesmo. - Ah que lindo Lari, obrigado minha nora. Mas onde eu vou usar esse vestido se eu só saio pra ir à igreja.- ela riu. - No meu aniversário de 18, que tal! - Ah é seu aniversário esse sábado. - Sim.. Rafael vai fazer uma social pra gente. Terminei de conversar com minha sogra e me sai. Ninguém sabe onde o outro deve tá achando que eu estou. Vai ver acha que eu tô dando o cu. Cheguei em casa, me arrumei pra ficar em casa e capotei.
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