1- Conhecendo Larissa

954 Words
Este livro é uma trilogia. São três livros aqui no mesmo livro : Uma gordinha no meu morro 1 ( Barão e Larissa ) Uma gordinha no meu morro 2 ( Letícia e Gael) Encontro de destino ( Laís e Jardel ) Estou aqui com mais uma história babado para vocês , espero que gostem e surtem bastante . Larissa narrando : Desci do ônibus e comecei a caminhar para casa. O céu estava escurecendo e as luzes das ruas começavam a acender. Apressei o passo, sentindo uma inquietação estranha. Quando virei a última esquina, senti um cheiro de fumaça, fazendo meu coração disparar. Comecei a correr, desesperada. Quando cheguei à frente da minha casa, parei de repente. Chamas laranja e vermelhas estavam engolindo tudo. O calor era forte e a fumaça subia alto no céu. – Não! Não! – gritei, sentindo o desespero tomar conta de mim. Tentei me aproximar, mas o calor era muito forte. Vizinhos estavam do lado de fora, alguns tentando apagar o fogo com mangueiras de jardim, outros apenas olhando, sem saber o que fazer. Ouvi sirenes ao longe, mas sabia que seria tarde demais. – Meus pais! Alguém ajude meus pais! – eu chorava, cheia de pânico e dor. A dona Maria, uma vizinha, correu até mim e me segurou pelos ombros. – Larissa, não pode ir lá! É perigoso demais! – disse ela, com lágrimas nos olhos. Tentei me soltar, mas a dona Maria me segurou firme. O fogo continuava a destruir tudo, e a esperança de encontrar meus pais a salvo ia embora. Senti um vazio enorme, como se o fogo estivesse queimando não só minha casa, mas também todo o meu mundo. A dona Maria me puxou para longe das chamas, me abraçando forte. Eu não conseguia parar de chorar, meus soluços saindo descontrolados. Tudo que eu conhecia estava sendo destruído bem na minha frente. As sirenes ficaram mais altas e, em poucos minutos, os bombeiros chegaram. Eles começaram a combater o fogo, mas eu sabia que já era tarde demais. A casa estava quase completamente destruída. – Por que isso está acontecendo? – eu repetia, perdida na dor. A dona Maria tentou me consolar, mas eu estava em choque. Olhei ao redor, vendo a expressão de tristeza e impotência nos rostos dos vizinhos. Era como se todos estivessem sentindo a minha dor. Os bombeiros trabalharam durante horas, tentando controlar as chamas. Eu assistia, sem acreditar, enquanto eles lutavam contra o fogo que consumia tudo. Finalmente, um dos bombeiros se aproximou de mim, com um olhar sério e triste no rosto. – Larissa, sinto muito. – ele disse, sua voz baixa e pesada. – Encontramos seus pais, mas eles não sobreviveram. Minha mente ficou em branco. Eu sabia o que ele estava dizendo, mas meu coração se recusava a acreditar. Eu caí de joelhos, sentindo o chão sumir sobre mim. As lágrimas corriam pelo meu rosto sem parar. – Não. por favor, não. – sussurrei, minha voz falhando. A dona Maria me segurou, tentando me dar algum conforto, mas não havia nada que pudesse aliviar a dor que eu sentia. Meu mundo tinha desabado completamente. Perdi tudo naquela noite: minha casa, meus pais, minha vida como eu conhecia. Os bombeiros continuaram trabalhando, mas eu não conseguia mais olhar. A realidade era insuportável. A dona Maria me levou para sua casa, onde me ofereceu um chá quente e um cobertor, mas eu apenas me sentei, olhando para o nada. – Obrigada. – murmurei finalmente, a voz rouca de tanto chorar. Ela apenas acenou com a cabeça, entendendo que palavras eram insuficientes naquele momento. Eu sabia que minha vida nunca mais seria a mesma. Perdi meus pais, minha casa, e agora precisava encontrar uma maneira de seguir em frente, mesmo que tudo parecesse impossível. Nos dias seguintes, a dor de perder meus pais não diminuía. Cada canto da casa da dona Maria me lembrava do que eu havia perdido. Eu me sentia como uma estranha, uma intrusa em um mundo que já não fazia sentido. As noites eram as piores, quando o silêncio era preenchido apenas pelos meus pensamentos sombrios e pela ausência esmagadora dos meus pais. Não ter para onde ir era uma sensação aterrorizante. Eu me sentia sozinha, sem rumo. Minhas únicas coisas eram algumas roupas e memórias que carregava comigo. A ideia de que nunca mais ouviria a voz dos meus pais, nunca mais sentiria o abraço deles, era insuportável. ** Uma semana depois ** Já fazia uma semana desde que perdi meus pais e, na verdade, perdi a minha vida. Eu não ia para a escola, não atendia o celular, não sentia fome, não desejava nada. Só queria morrer e acabar com aquela dor que me consumia. Cada momento era um vazio profundo, uma ausência que cortava meu coração em pedaços. O mundo ao meu redor parecia cinza e distante, e eu me afundava em um mar de tristeza e solidão. As pessoas tentavam me consolar, mas suas palavras e gestos pareciam distantes e sem significado. A casa da dona Maria, onde agora eu estava vivendo temporariamente, era um lembrete constante da vida que eu havia perdido. Cada objeto, cada canto, carregava memórias dos meus pais. Eu não conseguia escapar da sensação de que eles estavam ali, mas ao mesmo tempo estavam tão longe. Eu me fechava para o mundo exterior, como se tentasse me proteger da dor insuportável. Não conseguia lidar com as perguntas bem-intencionadas das pessoas, com os olhares de pena ou com qualquer tentativa de me fazer sentir melhor. Nada parecia fazer sentido sem meus pais ao meu lado. Continua..... Lembrando que tenho um grupo onde eu posto as fotos dos personagens e spoiler , me procure no Insta.gram @autora_Brunamattos.
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