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1582 Words
Liza ... Vejo a cor do seu rosto sumir ao ouvir, o nome Dário saindo da minha boca. Carla : Vem aqui e me fale exatamente o que ele te disse. - ela me puxa pelo braço. Liza : O que você acabou de ouvir. Ele quer o dinheiro dele. O que você fez, tia ? Carla : Eu não fiz nada, garota. Liza : Ele não estava com cara de que você não fez nada tia. Eles são perigosos . Carla : Quem você pensa que é ? Acha que pode mesmo me dá algum tipo de sermão? Liza : Eu não quis dizer isso. Eu só acho que ... Carla : Você não tem que achar nada , agora vá , vá . Saia daqui. Não adianta bater de frente com ela. E eu prefiro retirar-me já que não estou me sentindo muito bem. Uma semana se passou , e a minha rotina continua a mesma , apenas com uma alteração. As visitas inesperadas do Heitor , daquele dia em diante, parece que ele se acostumou a abusar de mim. Eu me desligo sempre, viro uma pedra para não sentir. Suas agressões eram constantes . Criei um trauma de qualquer aproximação. Mas passei a aceitar que a minha vida agora seria aquela. Procurei um médico , ele receitou-me um remédio preventivo. Mas um fim de expediente, se inicia. Estou arrumando as cadeiras. Minha tia , estava na sua sala fazendo a contagem do dinheiro arrecadado. Heitor : Tira a roupa. Liza : Aqui Heitor ? Tem funcionário aqui ainda. Minha tia está lá dentro. Heitor: Eu não me importo. Liza : Desta vez eu terei que negar. Aqui não. Saio de perto dele , e ele me segue. Heitor : Você acha mesmo , que tem força contra mim ? Liza : Eu não quero Heitor, aqui não. Heitor : Mas eu sim. E você vai fazer o que estou mandando. Ele me puxa pelo , braço e joga-me em uma das mesas de aposta. Liza : Me larga , Heitor. Heitor : Você è minha , entendeu ? Liza : Não eu não sou. Não sou uma mercadoria. Heitor : Isso é o que você pensa. Ele me empurra novamente, e comprime o meu rosto na mesa, levanta o meu vestido, rasga a minha calcinha e me invade ali mesmo. Por sorte nenhum funcionário está presente. E mais uma vez eu me desligo. O meu olhar fica perdido no nada e eu fico estática. De repente a porta se abre , e vários homens entram. O Heitor pula , saindo de cima de mim, e eu permaneço ali, sobre aquela mesa. Desta vez algumas lágrimas caem sob meu rosto. Dário : Levanta daí garota. Eu escuto a voz dele , bem lá, no fundo mas não tenho forças para levantar. Se ele me matasse ali eu não sentiria nada. Ele se aproxima de mim, e coloca o seu rosto junto a mesa. Fixa os seus olhos no meu. Dário : Você vai ficar bem , pode voltar. Ele parecia entender, o que havia acabado de acontecer ali. Ele soube me trazer de volta. Eu volto a piscar os olhos novamente e vou me levantando aos poucos. Enquanto ele baixa o meu vestido. Dário : Você vai ficar bem. Enxugo as lágrimas que insistia em cair. Eu estava com vergonha, me sentindo humilhada em público. Olho para o lado e vejo o Heitor desfigurado. De tanto que apanhou e amarrado. Eu perdi isso. Vou até ele e cuspo no rosto dele. Dário : Carlaaaaaa , Carlinhaaaa. ? Ele a chama cantarolando. Dário : Se não aparecer o seu amantezinho de merda morre. Ele aponta a arma para a cabeça do Heitor. Liza : O que ? Que nojo. Dário : É Coelhinha. Tem muita coisa aqui que você não sabe. Carla : Dário ! - Ela olha em choque para ele. Dário : A coelhinha não te deu o meu recado? Carla : Não ! Liza : Sim , eu dei. - Eu já não estava nem ai para o que fosse acontecer. Dário : Mediante a tantas coisas , sabe Carlinha eu prefiro acreditar nela. Senta ai para gente conversar. Carla : Não calma , escuta eu vou te pagar. Eu já estou com uma parte. Dário : Você é uma v***a mentirosa. Carla : Eu falo sério. Dário : Ah é de quanto estamos falando ? Carla : Eu não sei ao certo, me dá só mais uma semana eu juro que te p**o. Dário : Está escrito na minha cara o****o? Carla : Eu faço o que você quiser mais não mata ninguém por favor. Dário : Até parece que se importa com alguém nessa sala , a não ser você mesma. Você sabia que esse maldito estupra a sua sobrinha todos os dias. E você não faz nada a respeito a sua vagabunda. Carla : ele é namorado dela não é ? Dário : E ele é o que o seu? Você é uma porca ordinária. Ele faz sinal com a cabeça para que os seus homens comecem a vasculhar o cassino. Carla : Espere , realmente eu não tenho o seu dinheiro. Fique com o que quiser. Para pagar a dívida só me deixe viva por favor. Eu não quero morrer. Dário : Ok, te deixar você viva . Ele circula entre nós , eu já estava apavorada . Meu desespero aumenta quando ele engatilha a arma. Dário : Já ouviu falar sobre roleta russa ? Carla : por favor Dário, eu sei que você gosta de brincar desse jeito. Eu estou te falando, fique com o que quiser. Dário : Claro que vou ficar , esse cassino já é meu. Mas eu não posso deixar você sair assim ilesa. Você precisa aprender, que você não pode simplesmente enganar-me e ficar por isso mesmo. Ele coloca a arma na minha testa , e eu olho para ele. Sem esboçar nenhum sentimento. Com a outra mão , ele segura meu queixo. No fundo , no fundo . Aquele tiro era tudo que eu mais queria. Eu não tinha mais nada, nunca tive ninguém Por mim, ele já poderia acabar com a minha vida ali mesmo , que para mim seria um enorme favor. Dário : Não vou começar com você ... Heitor : Deixe ela em paz. - Ele fala num sussurro. Dário : Olha só , Will ele fala. E é corajoso. Você se importa com ela ? um ? Se importa? Ele abaixa-se para ficar frente a frente com ele. Heitor : Sim ! Dário : E por que, abusava dela ? Ele se cala. Dário: Eu te fiz uma pergunta. Por que abusava dela? Heitor : Era um fetiche da Carla. Liza : O que ? - Eu fico aterrorizada Heitor : Me desculpa Liza , me perdoa por favor. Ela me ameaçava o tempo inteiro. Liza : Dário , por favor. Começa por mim, eu já vivi o suficiente. Dário : Assim ? fácil ? Prefiro começar por ela. Você é pior que eu imaginei Carla. A sua própria sobrinha ? Carla : Ela é uma maldita , ela teve um caso com o padrasto. Liza : Eu nunca faria algo assim , você sabia que eu era virgem. Você e a minha mãe são duas doentes. Eu odeio vocês. Eu odeio vocês . Eu me levanto e tento pegar a arma do homem que o Dário havia acabado de chamar de Will. Não consigo, o homem era duro como uma pedra. Liza : Me mata por favor. Eu não quero mais viver. Vejo o Will olhar para o Dário, que n**a com o olhar. Dário : que merda vocês fizeram com a cabeça dessa menina? Liza : Dário , olha para mim por favor. Olha pra mim. Assim que consigo o olhar dele começo a falar desesperadamente. Liza : Eu cresci sendo odiada por minha mãe , porque não cabeça dela meu pai a deixou por minha causa. Tiraram tudo de mim. A única coisa boa que eu ainda tinha , era o carinho do meu padrasto que cuidava de mim e do meu irmão como se fossemos dele. E o amor do meu irmão, que depois de alguns anos a minha mãe deu ele para um casal perto de onde eu morava. A minha mãe tirou tudo de mim, colocou uma ideia na cabeça dela que eu tinha um caso com o meu padrasto , torturava-me todos os dias. Até que um dia a minha tia chegou lá e me comprou dela. Achei que eu viveria melhor. Mas aqui estou como pode ver. Eu não tenho vida. Eu fui amaldiçoada desde quando nasci. E você fazendo isso será um favor. Eu sei que não deve prestar muitos favores a quem não conhece. Mas eu te imploro. Falo com lágrimas nos olhos. Olho para o lado vejo o Will , respirando fundo e olhando para o lado. Carla : Deixa de drama , sua v***a. Dário : Você assinou um documento quando pegou o dinheiro comigo , e nesse documento está incluso o casino como troca. Fiquei aterrorizado quando incluiu a sua sobrinha, para trabalhos sexuais para a máfia. Dali percebi que não era boa bisca. E Liza , a única pessoa que deve morrer aqui é ela. Carla : Não, eu faço o que você quiser. Assim que ela termina a frase. Ele dispara um tiro certeiro na sua cabeça.
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