Lia se sentia sem esperança. Klaus começava a cerca-la pela casa, ele até mesmo a parava nos corredores para simplesmente cheira-la e estava com fome. A comida dele era estranha, e o chuveiro frio, gostava de água quente.
_ O que você tem agora? Nem cheguei perto de você.
_ Sua comida é horrível e não gosto da água fria.
_ Está chorando por isso?
Ele se aproximou, mas ela foi mais rápida em se afastar
_ Você me assusta.
_ Isso eu não posso resolver. Vou pedir mantimentos, faça uma lista.
Ela fez.
Naquele dia, Klaus sentiu o cheiro de comida decente pela primeira vez.
Lia colocava a mesa quando ele entrou, a raiva transbordou dentro dele, podia ver a fumaça subindo, não podia comer, acabaria queimando, e só perceberia quando o organismo reagisse com alguma infecção ou a sede extrema o dominasse. Chutou a mesa, o caldo da carne espirrou no braço de Lia, e ela gritou, mais uma vez ela deixou as lágrimas escaparem, estava sensível, fazia dias que não se alimentava direito e ele jogava tudo fora e para completar o homem andava a maior parte do tempo nu.
Ele notou as lágrimas e se aproximou, Lia foi agarrada pela cintura e mais uma vez a língua dele percorreu cada gota.
Lia entrou em choque quando percebeu o que ele fazia, Klaus se m@sturbava enquanto bebia as lágrimas dela.
_ Você é doente.
Ele nem mesmo a escutou, saboreava o sabor dela. Quando ele a soltou ela correu para o portão, mas como sempre estava trancado.
Desejava desesperadamente sair daquele lugar.
Para onde iria?
_ Pode sair pelo portão, mas dessa vez não vou abri-lo novamente se encontrar perigo lá fora.
_ Não tem o direito me tocar.
_ Vai embora, então! Quando disse que ficava, avisei que não teria uma mulher sem poder f0dê-la.
_ Jogou minha comida fora. Meu braço dói
Ele viu a vermelhidão.
_ Como é a dor?
_ O que?
_ A dor. Como é sentir dor?
Ela não soube como explicar a dor para quem nunca sentiu, era como explicar o amor para quem estava morto.
_ Não sei como explicar
_ Tem pomada para queimadura no armário. Precisa decidir se fica ou vai embora.
Ele sumiu pela propriedade.
Mais tarde ela ouviu os gritos dele. Ela sempre ouvia, era como se ele se autorregulasse
Ela fez outra sopa. Limpou a cozinha.
Terminava quando ele entrou.
Klaus ficou olhando a comida.
_ Você quer?
_ Não tenho noção de temperatura.
_ Senti gosto?
_ Totalmente.
_ Eu alimento você. Sente-se
Ele ia saindo novamente, mas voltou.
Ela colocou uma tigela, esfriava e colocava na boca dele.
Nem sabia porque fazia isso, mas ali era o lugar que tinha para ficar, e algumas vezes sentia vontade de cuidar dele.
Ele pediu mais quando a tigela acabou e ela o serviu.
Lia deixou a cozinha organizada, aos poucos a casa ficava limpa. No fundo da propriedade tinha uma espécie de buraco n£gro, os lixos eram jogados lá, uma vez no mês Klaus jogava um fósforo aceso, ai tudo queimava. Lia estava jogando cada bagunça imprestável lá..