*** Colton ***
(…)
Assim que cheguei novamente em casa, chamei pela nona, mais ela não me escutou.
Quando cheguei no seu quarto e a chamei mais uma vez, e ela não acordou eu me aproximei e vi se ela estava respirando e ainda estava, porém naquele momento eu me apavorei, pois ela não acordava por nada.
Peguei ela em meus braços, e a levei para o carro e corri para o hospital. Assim que cheguei chamei pelo médico e me surpreendi ao ver Tiago, o mesmo que atendeu meu avô a anos atrás.
(…)
- Ela tem diabetes mais está tomando as insulinas direito! - falo apreensivo.
- Coloca ela aqui encima da maca - pede - E por favor, você pode esperar na recepção! - ele fala.
- Tá bom, faça tudo que por preciso por ela, por favor! - peço.
Fico horas na recepção aguardando o retorno dele, ou pelo uma notícia, as horas passam e meu coração aperta com tudo isso.
Não posso perder nona agora, já perdi nono a poucos dias atrás, e ela agora, seria muito difícil para mim.
(…)
- Senhor Colton! - Tiago chama.
- Sim, como ela está? - pergunto.
- Sua avo está com a pressão baixa de mais, por isso desmaiou, creio que terá que ficar alguns dias internada, fizemos exames nela, e ela está com uma infecção urinária grave, teremos que medicar ela no hospital, com remédio potentes para que não passe para os rins - fala - Como ela é mais idosa, isso acontece com frequência, porém, eles ficam muito vulneráveis e fraco, então como eu sei que isso é importante, vou deixar ela internada! - fala.
- Tudo bem Dr. - E obrigado! - falo.
- Capaz Colton, e meu trabalho! - E eu soube do seu avô, sinto muito! - fala.
- Sim, eu também sinto! - falo.
- Ela está no quarto, está medicada e dormindo - fala - Pode ficar com ela! - conclui.
Vou para o quarto com nona e acabo passando a noite com ela.
Assim que acordei pela manhã, ela já tinha acordado, conversamos e fui até a cafeteria, precisava de um café forte, pois m*l preguei o olho nesta noite, odeio hospitais.
(…)
No momento em que coloquei os pés onde é localizada a cafeteria do hospital, senti aquele cheiro, cheiro esse que nunca esqueci, aquele cheiro doce, e quando eu a vi, pensei que estivesse sonhando.
(…)
- Mia? - a chamo, aquela voz não podia ser a dela, eu queria ter certeza disso, mais quando ela se virou, eu tive a certeza que aquela voz, e aquele perfume doce, eram, da mulher que um dia foi a dona de todo o meu coração.
- Colton! - ela fala de um modo rispido.
Fico olhando em seus olhos e por uma fração de segundos, passa um filme em minha cabeça. Ela está mais lindo do que nunca, mais alta, com um olhar cansado, mais aquele jeito de ser sempre foi o mesmo.
- Mia, Inácio acordou e quer ver voce! - uma enfermeira fala.
- Claro - ela fala abrindo um sorriso de canto.
- Tchau Colton! - ela fala.
- Tchau Mia! - falo.
Ela sai caminhando e eu olho para ela, ainda sem acreditar que depois de quase nove anos ela está aqui, diante de mim, e ainda no mesmo hospital que eu, e, p***a, porque isso? Agora?
(…)
- O que foi filho? - Está distante! - nona fala.
- Não nona, estou aqui, mais estava com os pensamentos longe mesmo. - falo sorrindo.
- Algo aconteceu? - pergunto.
- Não! - Eu só estou um pouco cansado - falo.
- Descanse filho, eu estou me sentindo melhor! - fala.
- Tá bom nona! - respondo.
Sento-me na poltrona, e acabo cochilando, assim que acordo, vejo Tiago entrando.
- Boa tarde! - ele fala.
- Nossa já é tarde? - pergunto esfregando os olhos.
- Sim, você dormiu bastante! - fala sorrindo.
- Eu estava cansado! - Então, tem alguma novidade? - pergunto.
- Sim, o remédio já está fazendo efeito, mais terei que ficar ainda com ela aqui - fala.
Inspiro profundamente.
- Tudo bem Dr, faça o que for preciso, pela saúde dela - falo.
- Claro! - Farei! - conclui.
Passamos o restante do dia conversando, nona estava mais alegre, parece que até gosta de estar no hospital.
- Nona, eu já volto! - falo.
Sigo os corredores do hospital, tentando achar Mia, se ela está aqui, e porque alguém está aqui, será que é o marido dela? Inácio?
(…)
- Colton? - ouço a voz de Lia e me viro no mesmo instante.
- Lia? - pergunto - O que faz aqui? - pergunto.
- Ah, é, ah - me aproximo dela.
- O que foi? - pergunto arqueando minha sobrancelha.
- O que você faz aqui? - ela pergunta.
- Estou com a minha avó, ela passou m*l ontem a noite, mas, você não respondeu minha pergunta - falo rispido.
- Eu vim ver um parente - fala.
- Parente? - pergunto.
- Sim, é, ah - ela se atrapalha com as palavras.
- Colton? - era Joana, irmã de Mia.
- Joana? - pergunto franzindo meu cenho.
- Ah é, é o filho da Joana que está internado - Lia fala mais vejo que Joana a olha sem entender.
- Ah sim, o Inácio! - Ele está doente! - Joana fala.
- Ah, bom! - falo - Bom, eu preciso ir, tchau! - falo saindo.
Volto para a cafeteira, e pego um pão de queijo e um café passado, bem forte para tomar.
Fico pensando sobre Joana ter um filho, ela não parecia estar com alguém, mas, tudo bem, pode ser coisa da minha cabeça, mais porque o filho da Joana, queria ver Mia?
- Colton, isso não é da sua conta! - meu subconsciente me reeprende.
(…)