BIANCA GALLI NARRANDO. ITÁLIA. A chuva fina pingava insistentemente no vidro do carro enquanto eu olhava para fora, observando o mundo passar em um borrão cinza. O velório de Matteo seria um marco em nossas vidas, uma despedida dolorosa que não poderia ser evitada. Ao lado de mim, Nikolai dirigia em silêncio, sua mão firme no volante, mas seu rosto rígido e pensativo. Sabíamos que a presença dele seria crucial, tanto para mim quanto para minha mãe. Chegamos ao local e, enquanto descia do carro, pude sentir a umidade no ar e o cheiro da terra molhada. As pessoas já se aglomeravam em frente à capela, suas expressões tristes e compungidas. Entrei no salão e fui imediatamente recebida por uma onda de dor e sofrimento. A visão do caixão de Matteo no centro da sala fez o meu coração apertar