NIKOLAI ARMATAS NARRANDO. ITÁLIA. O cheiro de sangue ainda parecia impregnado em minhas narinas, e eu precisava de algo para apagar isso. Fechei a porta atrás de mim com força, como se isso pudesse afastar os demônios que me perseguiam. Me dirigi diretamente ao bar, onde uma garrafa de uísque me aguardava. O líquido dourado parecia uma promessa de esquecimento. Despejei uma dose generosa e a engoli de uma vez, sentindo o calor queimar a minha garganta. Precisava de mais. Despejei outra dose, e depois outra, cada gole apagando um pouco mais a memória de Vince, o seu olhar de desespero e o som de seu último suspiro. Mas não era o suficiente. O efeito do álcool misturado com a adrenalina do momento não estava me satisfazendo. Fui até a mesa, onde a linha de pó ainda estava esperando. Sem