NIKOLAI ARMATAS NARRANDO. MOSCOU, RÚSSIA. ALGUNS DIAS DEPOIS. Bianca e eu chegamos ao batizado de Zoya com certo atraso. A manhã foi caótica, o voô atrasou e por isso chegamos em cima da hora. Estacionei o carro em frente à de Ivo, meu pai. A casa, com a sua fachada de pedra antiga e jardins meticulosamente cuidados, sempre me lembrava dos muitos segredos que escondia em seu interior. — Vamos lá, Nikolai, não podemos demorar mais — disse Bianca, ajeitando o vestido azul que destacava os seus olhos intensos. Assenti e saí do carro, sentindo o ar pesado da responsabilidade e da expectativa. O batizado de Zoya era mais do que um evento religioso; era uma ocasião para reafirmar laços e poder dentro da família. Entramos pelo hall de entrada e encontramos com Alma: — Pensei que vocês nã