Capítulo 60

2700 Words
ELLA. - James... - eu balbucio atônita indo até ele confusa, tentando entender como ele entrou aqui, como ele conseguiu despistar os seguranças e porque está tão tranquilo desse jeito. Foi irresistível, eu o abracei e ele apertou-me nos braços dele, e para além de poupar-me do frio, sentir o carinho de um amigo meu, era absolutamente tudo que eu precisava. Talvez mais do que eu tivesse noção. Sem vontade nenhuma de desgrudar-me dele, eu o faço ainda assim extremamente preocupada e com várias questões. Por que como? - Você está melhor que ontem. - ele diz olhando-me de cima a baixo, e eu empurro-o batendo na merda do peito dele, com uma vontade em tanto de o matar. - Durou aproximadamente dez segundos. - ele diz sarcástico olhando para o relógio como se já esperasse isso, levando o seu olhar para o Rolex no seu pulso. - Você é louco? - foi uma questão retórica num fio de voz, eu sei que ele é, por isso ele nem se maçou em me responder, apenas oscila o seu olhar no meu, sorrindo sapeco. Valha-me. - Como você entrou aqui, que merda vocês estão fazendo? - eu o questiono, na base do sussurro e ele sorri. - Essa é uma longa história e eu não tenho tempo para isso. - ele diz e eu encaro-o realmente estúpida com a coragem e loucura dele. - James... - eu falo ficando mais p**a e com medo por ele. - Onde está o Kaio? - eu questiono-o e ele dá de ombros. - Em casa, acha mesmo que eu o traria ele para cá? - ele diz e eu assinto. Humn, eu agradeço muito por isso. - Ele já matou uma pessoa, e está louco por causa disso, eu não quero acabar com o cérebro do gênio. - ele diz e mesmo eu ficando preocupada com como o Kaio pode estar, é bom escutar a sua voz. É bom saber que ele se preocupa comigo. Quero dizer, eu sei que eles se importam, mas é estranha a sensação, principalmente depois de ontem, naquele lugar cheio de cobras. Eu nunca estive em situação extrema de apuros, onde eles devessem se intrometer, na maioria de vezes era só o contrário. - Então, como você entrou aqui, mais importante como você pretende sair? - eu questiono-o e ele finge me observar ofendido. - Eu achei que ficaria mais feliz em me ver. - ele diz e eu reviro os olhos. - Eu estava conformada em saber que você está vivo. - eu pontuo realmente frustrada levando as minhas mãos a cabeça, ficando aflita, porque nem eu sei como o ajudar a sair daqui. - Hey... - ele diz pegando as minhas mãos, e eu estou a sentir o meu coração acelerar mais que a conta. - Fique calma... - ele pede eu reviro os olhos indignada, como se isso fosse fácil, eu sorrio sarcástica. - Calma? - eu questiono-o retoricamente. - Você sabe onde entrou, James? Porque fez isso? - eu o questiono num sussurro, fula. - Porque eu estava ficando louco, c*****o! - ele exclama igualmente fulo, me olhando no fundo dos meus olhos e o meu coração falha. - Você foi sequestrada por minha culpa, você está com o anel daquele desgraçado no seu dedo, por minha culpa, você está aqui por minha culpa... - ele diz frustrado apontando para ele mesmo e eu suspiro fundo, lambendo os meus lábios, querendo entender o lado dele sem surtar com a loucura que vem acompanhada. - Você sabe que isso não é culpa de nenhum de vocês, não? - eu o questiono retoricamente apenas para deixar claro. - Ele me achou pelo que eu fiz. - eu falo e ele abana a cabeça negativamente. Teimoso do c*****o e ainda diz que eu, é quem sou! - Se eu não tivesse dado aquela... estúpida ideia para o Kaio, você com certeza saberia como se livrar antes que eles levassem você. - ele diz e eu suspiro fundo olhando para o lado. - Isso já passou, não se preocupe. - eu digo tentando o acalmar. - Não passou merda nenhuma, Ella. - ele diz indignado. - O que aquele filho da p**a fez com você? Porque parou no hospital? - ele questiona curioso e eu inspiro fundo. Céus! - James, eu não acho seguro você ficar aqui. - eu falo alerta, sempre verificando os lados, ele com certeza não tem nem ideia de como vai sair daqui. Eu o conheço. - Como você entrou? - eu o questiono, talvez eu possa sair com ele, ou ao menos ajudá-lo a sair. - Me responda, Ella. - ele pontua cortando as minhas questões. - Eu quero saber o porquê estava daquele jeito ontem? O que houve? - ele questiona preocupado. - Eu fui picada por uma cobra. - eu mantenho esse assunto sem muitos detalhes preocupada com ele. Que garoto inconsequente. - Ele fez uma cobra picar você. - ele pontua assentindo nervoso, e ele normalmente está nervoso com várias coisas, ele é completamente oposto do Kaio, mas desse jeito eu nunca vi. - Eu não posso, eu não posso... - ele murmura atordoado passando as suas mãos pelos seus cabelos e eu suspiro fundo pegando-as. - Eu não sei como eu entrei aqui. - ele confessa o que eu já sabia e eu seguro-me para não rir, porque não é engraçado, mas é. - Eu vi a merda da sua localização, e aproveitei entrar quando vi os seguranças mudarem de lugar no mesmo instante em que o carro do Alexander saiu. - ele diz e eu questiono-me há quanto tempo ele esteve por aqui. Argh, James. - Eu não sei como tirar você daqui. - eu literalmente vejo uma lágrima verter pelo seu belo rosto dos seus olhos esmeraldas e o meu coração aperta. - Eu fico louco... puto de saber que está nas mãos desses bandidos contra a sua vontade, eu posso morrer desde que eu saiba que você está bem... eu não consigo, Ella. - ele diz atordoado e eu ignoro as lágrimas que vertem do meu rosto. Que merda... - Eu estou bem. - eu o asseguro depois de um tempo, limpando o seu rosto, sentindo os seus olhos oscilarem nos meus. - Eu só preciso... - a minha frase é interrompida com os seus lábios se encontrando com os meus. Surpresa, e assustada foi o que eu fiquei. Mas eu não o parei, e eu não tenho certeza do porquê, existem várias hipóteses, mas eu simplesmente deixei-me embalar pelo que seja lá o que isso for. Eu senti as suas mãos na minha cintura, tal como sentia as aflições que eu estou sentindo serem brevemente abafadas. Quando num milésimo o som de três tiros serem disparados ao ar, fazem todas as minhas aflições regressarem abruptamente e m*l o meu olhar foi para o lado, atordoada, lá estava o Alexander Riina, com a arma na mão. MERDA. Foi tudo num milésimo de segundo, mas aos meus olhos pareceram horas e as mais tenebrosas que eu já vivenciei. O meu coração falhou ao vê-lo mas a minha primeira e única reação foi colocar-me na frente do James, e eu ainda jurava que eu tinha visto ele furioso... Eu não tinha. Infelizmente eu tenho que concordar que a beleza dele, é realmente algo verdadeiro e apreciável, a personificação de um deus grego na terra. Mas agora ele está a personificação de um deus poderoso e extremamente furioso, a personificação de um demônio. Com uma só mão, e de tão atordoada que eu ainda estava, eu apenas senti ele lançar-me, e os meus pés literalmente saíram do chão contra a parede e depois cai de volta no chão. E m*l fui gemer de dor, gemidos de dor do James raspavam o meu coração que nem sequer conseguir revidar ele conseguiu. - PARE! - eu grito, vendo sangue e o James literalmente quase inconsciente no chão, cuspindo merda de sangue. O seu olhar para mim é mortífero, e o meu coração literalmente para quando ele coloca a merda da arma dele no meio da cabeça do James. - Não, não, não, não... - eu falo subindo em cima dele literalmente, ignorando a dor no meu corpo, para retirar a arma, e a luta durou no mínimo uns dez segundos até a fúria dele me jogar no chão outra vez. E até aí o meu rosto estava ensopado em lágrimas. - Não atire nele. - eu falo, me levantando na força da recusa, olhando para ele, que está em pé, apontando a arma para o James, e eu sinto até os meus ossos doendo. - Deixe o ir e não toque nele. - eu falo novamente notando que finalmente ele olhou para mim. O meu coração está descompassado e, ao mesmo tempo que estou com medo, eu estou confusa e atordoada com o que aconteceu e o que ele pretende fazer. QUE MERDA, MERDA, MERDA, MERDA! - ... - o James cospe sangue, tentando se levantar, mas a arma volta a parar na sua testa, e lágrimas vertem sem a minha permissão, com medo de presenciar uma merda dessas. - No meio da testa, na boca? - a voz dele me arrepia, enquanto ele aponta a arma para o James que não se deixou intimidar por ele, e ainda sorrio. - Aquele que vai fazer você se sentir melhor, Riina? - cale a boca, James. - Não atire nele. - eu repito, num processo automático da minha cabeça, começando realmente a entrar em estado de pânico, pois eu olho para o James e as imagens do meu pai aparecem na frente. E lágrimas vertem. - Não... - eu falo atordoada colocando as minhas mãos na cabeça e ele me observa claramente furioso e o James nem um pouco intimidado, limpando a sua boca. - Não... - é a única coisa que eu me escuto dizer, me perdendo na minha própria mente. - Está bem... - o Alexander diz num tom persuasivo, torturante, me observando enquanto eu sinto arrepios por todo o meu corpo e pressiona mais a arma contra a testa do James, e exatamente onde ele tinha levado um golpe no yacht, ele pisa, sem dó algum, e eu... Choro. Choro como faz imenso tempo que eu chorei, e eu vejo o Jake aqui, imobilizando o James, que faz uma careta de dor. - Chore por ele então, e me implore. - ele manda penetrando o seu olhar no meu, e o meu coração falha vendo ele pressionar cada vez mais o seu pé contra o antigo ferimento do James e o meu corpo reage como se fosse em mim. - Me implore para deixá-lo em paz e eu o farei, Ella. - ele fala, mas o seu tom, é mais malicioso que o costume, mais pertencente a ele. - Não... - o Jake fala, enquanto eu sinto dor até nas entranhas. - James. - eu tento falar para que ele fique quieto, impedida de me aproximar do Alexander por mais de alguns homens que vieram me pegar do nada. Eu nem sei em que momento ele regressou, eu só estou atordoada. - Alexander... - eu falo e ele claramente não se importa comigo, por que razão ele o faria? Ele é um monstro! - Tudo o que você tem de fazer é me implorar. - ele diz num tom frio, olhando para mim com raiva, pisando mais forte no James, que morde o lábio em careta de dor. - Não… - ele fala em meio a dor, enquanto eu tento me debater, mas depois do dia que dei um golpe no homem do James lá naquele prédio, eu acho que eles foram treinados novamente. Eles me imobilizaram, e eu só consigo chorar. Eu estou perdida e completamente indefesa. - Andiamo, Ella. - ele diz num tom persuasivo me encarando. Isso é porque eu disse que eu preferia morrer ao invés de pedir ajuda para ele? Por que merdas ele está a fazer isso? - IMPLORE. - eu ordena ríspido, pressionando mais o gatilho e eu concentro o meu olhar no dele. - Por favor não atire nele, eu suplico… - eu falo e ele observa-me atentamente, visivelmente cerrando o maxilar. - Deixe o ir… - eu falo sinceramente. - Por favor. - eu peço na força do ódio, sem muita escolha. - Solte-o e se quiser atirar em alguém, atire em mim. - eu falo e ele me observa com chama nos seus olhos. - Não faça nada com ele. - eu digo. - Faça se quiser… - o James abre a boca para acabar com a minha cabeça. - Você não vai ficar mais com a Ella, ela não quer você. - ele fala e por Deus. - Levem-no. - o Alexander ordena e eu estou fodida. - Para onde? - eu questiono, me debatendo. - Eu pedi para não… encostarem nele. - eu digo para ele, furiosa, tentando fazer força suficiente para desenvencilhar-me deles, mas, eu estou sem nenhuma, principalmente vendo eles levarem o James não sei para onde. - Se você abrir a sua boca… - ele me ameaça e eu encaro-o com raiva. Ele pega-me pelo braço, fazendo os homens dele soltarem-me e puxa-me dali a força. Nenhum dos seguranças saiu da posição aqui, ele entrou ali com os homens deles apenas, e ninguém da mansão desceu nem sequer por curiosidade por conta dos tiros. Nós entramos e nem o Gerardo estava. - Me solta, c*****o. - eu falo tentando desenvencilhar-me do aperto dele, mas obviamente não serviu de merda nenhuma. Eu nunca me senti tão impotente antes. Que merda, James! Que merda. Ele entra disparado comigo no quarto. - Se você fizer alguma coisa com o James… - eu falo furiosa. - Cale a merda da boca. - ele diz, me puxando para o banheiro, e ele me coloca contra o lavatório e deixa a água cair. - Eu quero que lave os seus lábios. - ele manda e o meu corpo fica arrepiado olhando para ele através do espelho. E eu estou realmente ficando mais confusa. Ele está falando sério. - Não me contrarie, e faça logo. - ele diz e por Deus, o olhando com raiva eu o faço, aproveitando para passar a água pelo meu rosto, ensopado de lágrimas, me recusando a chorar mais. Ele me vira para ele, obrigando-me a olhar para ele. - Quem é ele para você? - ele questiona olhando-me nos olhos. - Ele é meu amigo. - eu respondo-o sentindo o meu corpo queimar com o olhar dele, um misto absurdo, de combustão química, ódio e t***o. E eu odeio isso. O seu olhar é um misto de várias coisas, mas o mais saliente é a fúria dele que é recíproco. Mas eu tenho medo, eu não costumo sentir medo, faz muito tempo, mas eu tenho medo do que ele pode fazer com o James. - Todos os seus amigos tocam em você? - ele questiona e eu sinto o meu rosto queimar. - Me responda, Ella. - o seu tom de voz acaba comigo. - Porque isso seria do seu interesse, Alexander? - eu o questiono furiosa, e eu sinto a sua arma na curva da minha pequena cintura, enquanto ele me coloca mais contra o lavatório. - Deixa todos tocarem em você? - ele questiona-me deslizando a sua arma para dentro da blusa do pijama, encaixando a arma gelada novamente na minha cintura. - As mãos dele estavam encaixadas aqui. - ele fala se referindo a minha cintura e o meu rosto queima. - Tire a blusa. - ele ordena, mas num tom de voz controlado e eu o olho confusa. - Eu não vou. - eu falo, quem ele acha que é? - Andiamo, Ella… - ele fala com a sua voz baixa, roçando a minha pele com a arma, e eu sinto o meu coração falhar e os meus s***s simplesmente eriçarem. - Não me deixe mais nervoso. - ele fala com a sua voz baixa bem próxima ao meu ouvido, fazendo o meu corpo receber arrepios indecentes seguidos, sentindo ele levantá-la subtilmente com a sua arma e a minha respiração some. MERDA.
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