Capítulo 61

2316 Words
ELLA. A sua arma roça a minha pele levantando a minha blusa e as alças simplesmente caíram de cada lado dos meus ombros, fazendo ela simplesmente deslizar do meu corpo, expondo-me completamente a ele, que acompanhou cada movimento dessa blusa deslizando pela minha pele. O meu corpo entra em combustão interna, e o meu rosto aquece, enquanto eu sinto ele queimar a minha pele, observando os meus s***s, e a minha pele exposta e queimando com o seu olhar, quando ele levanta o seu rosto para mim. A química do meu cérebro parece estar completamente alterada, eu estou me molhando com isso, e eu o estou odiando, simultaneamente. - Eu vou fazer umas perguntas, e você irá responder, se não quiser chorar pelo cadáver daquele desgraçado. - ele fala, após levantar o seu olhar para o meu. - Quem é ele para você? - ele questiona e eu suspiro fundo, sentido ele subir a arma dele, fazendo-a passar subtilmente pelo meu seio, e pousando-a bem onde o meu coração bate descompassado. - ... - os meus lábios emitem um som sentindo o meu corpo em chamas, entrarem em atrito com o gelado da arma. - Eu respondi. - eu falo, me forçando a respondê-lo, e o ódio no seu olhar não sai, ele observa-me minuciosamente. - Quantas vezes ele beijou você? - ele questiona-me e eu franzo o cenho. - Nenhuma caramba, essa foi a primeira vez. - eu falo e ele me observa como se quisesse detectar alguma mentira minha. - E outra, isso não é do seu interesse. - eu deixo claro em meio a minha raiva. - Por que razão se importa? - eu questiono tentando entender a cabeça desse homem que sorri sarcástico, e eu tento na sucumbir ao meu corpo que está num estado... Insalubre. - Por quê? - ele questiona nervoso me preciosamente mais contra o lavatório e contra ele, sem retirar os seus olhos azuis dos meus. - Porque você é minha, Ella. - a voz dela e o seu tom possessivo, destroem-me por dentro, e eu fico molhada, sentindo o meu corpo entrar em ebulição, e ainda sob o olhar dele, enquanto ele desliza a merda da arma carregada pelo meu corpo. - Se não lembra, você está usando o meu anel no seu dedo. - ele fala baixando o seu olhar para a arma, que desce pelo meio do meu corpo devagar e subtilmente. Eu vejo ele passar a sua língua pelo seu lábio inferior, colocando a arma por dentro dos meus calções de pijama, e eu sinto a arma contra a minha calcinha. - ... - eu mordo o meu lábio inferior, procurando conter o gemido obsceno que ameaçou escapar dos meus lábios com a pressão que ele fez contra a minha pele completamente sensível. Eu estou perdendo a noção. O seu olhar volta para o meu e desce para os meus lábios os encarando de forma completamente lasciva. CÉUS. Ele literalmente retira os calções, os tirando da minha cintura e eles simplesmente escorregam pelas minhas pernas, parando nos meus pés, deixando-me apenas de calcinha na sua frente. O meu coração falha e a minha língua simplesmente sumiu, principalmente quando ele subiu com a merda dessa alma novamente em mim, até debaixo do meu queixo. Ele quer explodir com a minha cabeça? As minhas pernas estão fracas e simplesmente não obedecem aos meus comandos. - Os seus gemidos são meus. - ele diz possessivo, com a sua voz baixa e estranhamente sedutora, passando a arma pelos meus lábios e eu simplesmente não consigo reagir. Que porra... Ele se aproxima de mim, baixando-se para falar ao meu ouvido, fazendo a pequena distância entre nós, sumir completamente, enquanto ele traça o caminho de volta com a sua arma para onde não devia ir. - Você pertence a mim, por inteira agora, Ella... - ele diz contra o meu ouvido e os meus olhos ameaçam fechar, quando a sua voz ecoa em mim, e arma invade a minha calcinha, fazendo o meu abdômen encolher mais que o devido arrepiada. Obscenamente arrepia. - ... - eu ardo sentindo ele deslizar a arma por dentro da minha calcinha e as minhas pernas ficam mais bambas ainda, e eu não consigo reagir, por um motivo sem explicação lógica, e eu temo que a qualquer movimento brusco meu, essa arma dispare contra mim. Eu não quero morrer pelas mãos dele, eu recuso-me, tal como o meu corpo se recusa a reagir aos meus comandos. PORRA. Eu mordo o meu lábio inferior novamente sentindo prazer com o movimento que ele faz em mim, com a merda de uma arma carregada, sentindo o meu corpo desfalecer. - E eu não divido o que é meu, com absolutamente ninguém. - ele pontua, com a sua voz gutural soando pelo meu ouvido, e a minha espinha fica arrepiada. ELLA! Eu esforço-me para me chamar a consciência. - Eu não sou nada sua, Riina... - eu o afronto, para deixar isso claro, mesmo sentindo o quão lascivamente molhada eu estou e ele sorri para mim, retirando a arma de mim, forçando-me a morder o meu lábio para conter o gemido que ameaçou escapar dos meus lábios, trazendo a mesma para os meus olhos, e o meu rosto queima. - O seu corpo discorda de você, Bourne. - ele diz enquanto o meu corpo incendia, e ele diverte-se. - Você é minha e continuará sendo até que eu exploda com o seu corpo por inteiro, mia cara... - ele diz olhando nos meus olhos e o meu corpo está num estado em que jamais esteve antes e eu simplesmente não sei lidar. - Senão quiser chorar em cima do cadáver do seu amigo. - ele diz e o meu coração falha. QUE MERDA. - Eu quero que tire as digitais daquele filho da luta do seu corpo agora. - ele ordena apontando com a arma para o box e eu inspiro o ar que não estava a passar pelas minhas vias respiratórias. Eu achei que ele faria alguma merda comigo. - Para onde você mandou que levassem o James? - eu questiono preocupada. Isso é uma merda! UMA GRANDE MERDA. - Você implorou, eu o soltarei. - ele diz com o maxilar travado e eu suspiro sentindo o meu coração aliviado. - Mas só depois dele entender o maldito lugar dele, como você deve entender o seu. - ele diz passando o seu olhar em mim, de forma perdidamente obscena, lasciva, e ah... Ele me deixou... Que porcaria. - Se comporte. - ele diz e fecha a porta da casa de banho, e eu literalmente quase desabo no chão, mas isso só não acontece, pois eu me apoio ao mármore do lavatório. As minhas mãos cedem e estão igualmente trêmulas as minhas pernas. Lágrimas vertem pelo meu rosto, e eu não sei exatamente o que sentir. O meu corpo está extremamente quente, por todos os motivos errados. Eu estou sentindo t***o, como jamais senti e pelo filho do assassino do meu pai. O meu corpo está em chamas, não apenas na hora errada, como pela pessoa errada, enquanto um dos meus melhores amigos está nas mãos de um canalha, mafioso, criminoso inescrupuloso. Ele pode ser morto e o meu corpo está chamando... clamando, pelo que não devia. E a sensação de culpa por isso, e impotência está dando cabo de mim. A minha cabeça está confusa. - Porque você tinha que se arriscar desse jeito, Jake? - eu me questiono, tapando as minhas orelhas como se as vozes criando confusão na minha cabeça pudessem ser silenciadas. Foi um globo em tanto de sentimentos, que quando eu dei conta da merda que a raiva e impotência estava fazendo comigo, foi quando o enorme espelho aqui, se estilhaçou e os cacos de vidro penetrando no meu pulso, me despertam. - p***a, p***a, porra... - eu balbucio chorando de raiva, deixando o meu punho sangrar. Eu sou uma grande merda! Eu fico aqui parada esperando, os meus sentimentos se acalmarem, até eu conseguir me acalmar. Depois de um tempo, com as lágrimas ainda vertendo pelo meu rosto, eu retiro os cacos de vidro do meu punho, me odiando. Me detestando. Deito o vidro molhado com o meu sangue, e entro no box, deixando a água verter pelo meu corpo, deixando ela lavar o sangue do meu pulso, enquanto eu retiro a minha calcinha de mim. Eu fico debaixo do chuveiro, atordoada. Entorpecida eu fico debaixo do chuveiro por sabe-se lá quanto tempo, até a minha consciência mandar-me sair de lá. Ele disse que não ia o matar, Ella. É isso que eu repito internamente para mim mesma, querendo me acalmar com isso. Eu enrolo o meu pulso com uma ligadura, com o material de primeiros socorros que eu encontrei aqui e saio do banheiro tentando-me acalmar e me convencer que aquele monstro vai cumprir com o que falou, para puder começar a pensar com coerência. Eu vou até a sacada, e espreito, os homens dele estão de volta ao lugar, e essa merda não faz sentindo algum. Eu levo as minhas mãos para o meu rosto inspirando o ar gelado frustrada, porém, mais calma. Para tentar entender o que aconteceu e como tudo isso aconteceu. Eu olho atentamente para cada lugar ao alcance da minha vista, tentando entender como cada um desses filhos da mãe estão dispostos. Não existe nem sequer uma brecha, por onde o James pudesse ter entrado sem que fosse visto imediatamente. O James é um louco! Eu inspiro fundo… Com certeza ele já sabia que o James estava aqui, essa rua em si, não tem vizinhos próximos, é uma estrada privada com câmeras ali, eu reparei isso quando estávamos vindo. Motivo esse, que eu ainda não cogitei fugir, estando aqui. - Eles viram você, Kent. - eu falo indignada e me sento aqui, começando a sentir os golpes que aquele filho da mãe me deu. Eu levo os meus dedos até aos meus lábios sentindo o meu rosto queimar, e o meu coração acelera, com a minha cabeça confusa. Por que ele me beijou? Talvez tenha sido por impulso, nada demais. Ele é meu melhor amigo faz imenso tempo, e nunca me olhou dessa forma, como eu também nunca o fiz. Ele é um playboy mulherengo, também. Uma mulher a cada dia que passa. Ele tem o seu lado amigo, fiel até demais, mas ele tem o seu lado homem, completamente cafajeste, e eu achava que era demais, mas ele com certeza perde se comparando àquele i*****l do Alexander. E eu não me afastei dele, por… Eu nem sequer faço ideia, eu queria algum tipo de contacto por simplesmente ter alguém tão próximo por perto, pela frustração de ter medo de perdê-lo naquele dia, ou por simplesmente não querer fazer com que ele se sentisse rejeitado. Eu não sei, eu não sei… Eu só não quero que ele morra, por minha causa! E ainda com medo de que as coisas fiquem completamente diferentes depois daquilo. - Mhmm… - eu murmuro indignada, passando as minhas mãos pelo meu rosto, fechando os olhos. E aquele filho da mãe, me fez suplicar pela vida do meu amigo, ele… ele destruiu o rosto do James. “Porque você é minha, Ella.” - Argh… - apenas o obsceno me atormenta e domina a minha cabeça, e o meu corpo aquece tortuosamente. “Os seus gemidos são meus.” Eu não acredito… Eu fiquei nua na frente dele. Ele me deixou nua, na frente dele, sob os olhos deles, porque supostamente as digitais do James estavam no meu pijama. Eu nunca… Eu jamais fiquei nua na frente de homem algum, antes, e o pior, é que a minha reação foi completamente oposta ao que deveria ser. O meu corpo sente o corpo dele no meu. E isso está me atormentando, porque eu não achei que isso fosse possível, mas eu consigo o odiar mais ainda, mas o pior, é que eu sinto t***o na mesma intensidade, pelo homem que estava deslizando uma arma carregada em mim. - Por favor, Ella… - eu falo comigo mesma, irritada que baste. Ele deslizou a merda de uma arma carregada, em mim, literalmente, em mim! Que psicopata. “Você pertence a mim, por inteiro agora, Ella…” A sua voz ecoa pelos meus ouvidos e descargas libidinosas pelo meu corpo, o seu cheiro está de alguma maneira ainda impregnado em mim. Mimado, playboy possessivo do c*****o. - Ele realmente acha. - eu falo sarcástica comigo mesma, abanando a minha perna impaciente. Eu preciso de notícias do James o quanto antes. Eu juro, juro, que eu vou fazê-lo pagar por toda essa merda. Eu juro. - DESGRAÇADO. - eu grito de raiva chutando a mesa na minha frente, sem conseguir me conter. A ideia de que ele pode estar torturando o James, não sai da minha cabeça, e eu estou me perdendo novamente. O olhar dos guardas lá debaixo sobe até cá, mas eles imediatamente ignoram. Eu questiono-me como ele fez para que ninguém saísse dos seus quartos. Ele ia realmente sair com sei lá quem, para sei lá onde, com certeza viu o James, ele mesmo disse que aproveitou para entrar quando aquele i****a estava a sair. Ele deixou que o James entrasse, simplesmente para o encontrar em flagrante. Como ninguém o impediu?! O que o James tinha na cabeça, pelos céus? Porque ele tem que ser tão… inconsequente. E o que aquele maldito irá explicar sobre o que aconteceu para todos? - … - eu inspiro fundo me sentindo completamente impotente. Eu estou fodida, ferrada, eu nunca estive tão impotente desse jeito, literalmente trancada, e isso está dando cabo de mim. Tanto cabo que eu simplesmente sei que eu não morrerei por uma bala e sim pelo quão impotente, e desprovida de ação eu estou. A minha cabeça vai acabar comigo antes de qualquer outra coisa.
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