Capítulo 58

2421 Words
ELLA. Eu fui ao banheiro sentindo o meu corpo extremamente quente por todos os motivos errados, e com a roupa que eu retirei no closet, e retirei a calcinha que eu estava usando de tão molhada que eu estava. Insano! Eu a lavo, e troco-me, retornando para o quarto querendo me matar, mas infelizmente eu não posso fazer isso agora. Tentando achar alguma coisa, eu vou até ao closet do Alexander, talvez ele tenha um Apple Watch, qualquer coisa desse tipo, mas me surpreende o facto do closet dele estar simplesmente trancado. - Merda... - eu balbucio indignada. - Para quê tudo isso? - eu questiono olhando para a porta indignadíssima, e pior tem fechadura eletrônica aqui, tem que colocar código para abrir a fechadura quando a porta está trancada. Se eu desço me cruzo com eles, fico aqui em cima e simplesmente fico extremamente entediada, mas eu estou extremamente exausta. De forma estranha, eu não sei que efeitos isso tudo tem, mas eu me sinto sem energia, o que não é comum da minha parte. Eu deito-me na cama, e soube bem, as minhas costas que ainda doem agradecem. Eu fiquei olhando para o teto, organizando os mil e um assuntos e planos na minha cabeça, até que eu simplesmente apago. Eu desperto com batidas na porta, grogue sem entender em que momento eu adormeci, mas me levanto da cama ajeitando o meu cabelo e vou até a porta. - Senhorita. - a Jaqueline saúda e eu a dou um meio sorriso ainda sonolenta, vendo um carrinho com comida. - Oi, Jaqueline. - eu saúdo-lhe, deixando ela entrar. - O senhor Salvatore não irá descer para o almoço, e para que possa descansar a senhora Kassandra permitiu que trouxéssemos o seu almoço para o quarto. - ela diz deixando de frente para a cama. - Obrigada. - eu falo observando a comida e volto o meu olhar para ela que assente. - Com a sua licença. - ela diz e eu arrisco. - Tem um celular, Jaqueline? - a minha questão a deixou instantaneamente vermelha. - Sim senhorita, mas não nos é permitido usá-los na mansão em horário de trabalho. - ela me responde e humn... Como se eles não tivessem emergências. Mas o que eu esperava, eles moram e trabalham para alguém que não liga nem para o direito moral das pessoas. - E quando têm alguma emergência? - eu questiono-o. - O senhor Gerardo é informado e passa a informação para nós, senhorita. - ele responde e eu assinto tentando não mostrar a minha inconformidade. - E o Alexander? - eu questiono apenas para saber. - O senhor Alexander saiu mais cedo com o senhor Leonardo. Nenhum deles está na mansão. - ela responde e eu assinto. Certo. - Tenha um bom apetite. - ela deseja. - Obrigada. - eu respondo-lhe e a mesma sai. Eu viro o meu olhar assim que ela fecha a porta para o carinho, e eu não estou com muita fome, mas eu devo comer, para ver se eu recupero a minha energia. E por mais apetitosa que ela pareça a vista e se sinta pelo cheiro… Eu fico extremamente enojada com a comida daqui. Eu simplesmente não consigo comer a comida da casa do assassino do meu pai. Eu me sento na cama olhando para a comida. - Qualquer coisa você vomita, Ella. - eu falo para mim mesma, me forçando a comer. Eu não tenho a opção de ficar fraca, ninguém virá cuidar de fim ao cabo. Eu comi, sem vontade nenhuma, me esforçando mais para engolir do que sentir o sabor da comida. E assim o fiz. Eu fui escovar os dentes e voltei para o quarto no exato momento em que bateram na porta. - Entre. - eu falo e a porta é aberta pelo Gerardo. - Senhorita Ella, estimo as suas melhoras. - ele diz entrando e eu assinto. - Obrigada. - eu o respondo. - A senhora Ginevra deseja vê-la, ela a aguarda no seu quarto. - eu hein? Para quê? - Tudo bem. - eu falo, calçando os meus chinelos. - A Jaqueline irá tirar, não se preocupe. - ele diz, quando eu pretendo ficar no carrinho. - Siga-me por favor. - ele diz e assim que ele vira de costas eu reviro os olhos o seguindo. Descemos, e descobri que o quarto dela é também no segundo andar, mas do outro lado. - Por favor, um minuto. - ele diz e eu assinto enquanto ele bate a porta e entra. - Aja paciência. - eu murmuro para mim mesma observando a decoração do corredor, aguardando a formalidade deles. Quando ele sai e sorri minimamente para mim. - Entre, por favor. - ele diz, e assim faço, me questionando o que ela quer de mim. Mal entro, me deparo com um tremendo quarto, combina com ela. - Senhora Ginevra, mandou que me chamassem. - eu falo entrando e ela assente estando em pé, observa-me com um mínimo sorriso. - Espero que tenha descansado bem. - ela fala, me sondando com o seu olhar. - É bom que se recupere o quanto antes. - ela diz e eu afino os meus lábios assentindo, querendo entender qual é a dela. - Sim, eu estou bem. - eu respondo, e ela assente levantando o seu olhar para mim. - Questo, você é a esposa do meu neto primogênito. - ela diz e eu a observo, girar em volta de mim, como uma onça analisando a sua presa. - Embora não seja quem esperávamos… é bem aceite por ser escolhida por ele, ele deve tê-la escolhido por alguma razão. - ela comenta e eu só a escuto. - Porém, existem regras na família que eu queria deixar mais do que claras para você, se pretende ocupar esse lugar por mais tempo, Ella. - humn… É extremamente interessante quando eles colocam as suas garrinhas de fora. Ela caminha e se senta no sofá bem de frente para onde eu estava sem tirar o seu olhar de mim. - Tire o vestido. - ela manda e o meu corpo enrije instantaneamente com a ordem dela. Oi? - Eu acho que não percebi. - eu falo com o intuito de ver se ela puxa alguma consciência para a cabeça dela. - Percebeu perfeitamente, retire o vestido. - ela diz e o meu coração falha. Era assim que fazia, para colocar as mulheres em tráfico humano? Ela me olha de forma que diz, eu não quero repetir, e sinceramente, eu não pretendo olhar para a cara dela por muito tempo. Enojada, eu puxo as alças do vestido cada uma para um lado, e deixei o vestido deslizar aos meus pés, com ela observando cada instância da minha pele, de cima a baixo. Ela levanta-se e simplesmente dá a volta em mim, queimando-me com o olhar e a vontade apertar o seu pescoço, faz com que eu enfie as minhas unhas nas minhas palmas. - Belo corpo. - ela fala e eu sinto os dedos dela na minha cintura, enquanto ela vem parar na minha frente. - Ótima cintura. - ela diz levando o seu olhar até aos meus olhos e eu sinto vontade de vomitar. - Eu espero que me dê a notícia da sua gravidez em pelo menos um mês. - ela fala e eu a observo. - E, porque seria isso? - eu afronto-a, enojada e a mesma me observa. - Alguma oposição, Ella? - ela questiona e oh, eu tenho vários. Mas eu preciso satisfazê-la até a dar o bote. - Pois se tiver diga-me agora, para que eu arranje uma substituta. - ela diz e eu mordo a minha língua para não falar. - Eu quero um bisneto o quanto antes, os seus sogros um neto, e se conhece tão bem o Alexander como infere, deve saber do quanto ele adoraria ter um filho. - oh, é mesmo? Um monstro querendo ter um filho. - Sabe também que você tem que nos dar o que queremos se quiser zelar o seu lugar aqui, qualquer uma ficaria grávida sem sequer possuir um anel no dedo. - ela fala e eu sorrio. - Tal como a Clarisse? - eu questiono, sem conseguir me conter. - Vista-se. - ela ordena, e na força do ódio eu volto a colocar esse maldito vestido em mim. - Entenda o seu lugar e não terá problemas. - ela diz num tom hediondo. - Ficar grávida do meu neto, com certeza não será algo difícil. - ela fala num tom sugestivo e eu seguro-me rente ao chão, para não revirar os olhos ou jogar a minha língua para fora. - Espero que tenha entendido. - ela diz e eu apenas a observo. - Pode se retirar. - ele diz e eu viro-me fechando os olhos de raiva, tanta raiva que até as minhas mãos estão a tremer. Eu saio dali, querendo matar alguém e esse alguém é ela. E eu vou fazê-lo. Assim que fecho a porta eu olho para o chão desnorteada. - Hey! - eu ouço a voz do Stefano, fazendo-me levar o meu olhar até ele e a minha raiva só multiplica. - Está tudo bem? - blábláblá. Eu literalmente reviro os olhos. - Não é da sua conta. - eu falo, indo até as escadas, e quando eu ia me virar para o andar do quarto, eu sinto ele não só puxar-me pela mão, mas jogar-me contra a parede e encurrala-me entre mim e ela, de forma completamente inconveniente. - Se você não me soltar agora, vai se arrepender para o resto da sua vida. - eu deixo avisado para ele, olhando nos seus olhos, similares ao da Zanan, e isso só me dá mais raiva. - Está nervosa. - ele diz colocando uma madeixa de cabelo meu atrás da orelha, e eu sinto raiva. - Eu me questiono se é por causa da vovó, ou pelo mesmo motivo que o meu irmãozinho deixou a esposa que m*l saiu do hospital trancada no quarto e sozinha. - ele fala de forma apelativa, e eu sinto nojo e raiva dele, quando outra da sua mão que estava na minha cintura sobre a minha mão, me imobilizando de forma lasciva desce subtilmente para o meio das minhas pernas de forma obscena sem tirar o seu olhar de mim. - Se ele não trata bem você, eu posso fazer isso por você… - eu não o dei a chance de terminar de falar a nojeira dele, e fui com uma força que vai o deixar desabilitado de ter filhos, com o joelho no meio das suas pernas e ele gemeu de dor. A minha mão vai até ao seu pescoço, e eu o empurro comigo até a borda de segurança das escadas. Furiosa. - Se eu lançar você daqui, quem irá acreditar em você? - eu o questiono lutando literalmente contra ele, que tenta me tirar de perto dele. E ele vai conseguir, eu não estou tão forte. - Não coloque as suas mãos imundas em mim novamente… - eu falo indo com mais uma joelhada nele, quando ele geme e antes que eu pudesse me aproveitar para o empurrar e fazer ele cair lá em baixo. Com a esperança de que ele morra mesmo, eu escuto passos que fazem-me soltá-lo. - Senhor… - o Gerardo diz aparecendo e encontrando o mesmo vermelho e com uma careta de dor, e eu faço uma cara de preocupada. - O que houve? - o mesmo questiona confuso, e eu dou de ombros. - Eu só ouvi um estrondo, acho que ele bateu com o joelho. - eu falo o mais inocentemente possível, ainda enojada com todos eles. - Devo chamar o médico, senhor? - o Gerardo o questiona, e o mesmo após me lançar um olhar mortal acena que não com a cabeça. - Não é preciso… - o mesmo responde com a respiração pesada e eu sorrio. - Bem, então eu vou subir. - eu falo e o Gerardo assente preocupado com o chefinho dele. Que filho da p**a, abusado. Eu corro até ao quarto quando lágrimas simplesmente vertem do meu rosto, desacreditada. Eu retiro a merda desse vestido do meu corpo, ele é casado, não que eu já não tivesse noção de que ele não presta para merda nenhuma, tal como o irmão dele, mas ele simplesmente ousou passar a mão em mim da forma mais lasciva existente. Olhando nos meus olhos como se ele não fosse filho da mulher que me pariu também, ele com certeza não faz ideia, mas mesmo assim, supostamente eu sou a cunhada dele, e, além disso, ele é casado com a i****a da Chiben… Que claramente já deve ter dormido com o Alexander, disso eu não tenho dúvida nenhuma. Eu questiono-me que relação todos eles têm dentro dessa casa. - Um bando de loucos. - eu falo limpando o meu rosto, e levando o meu vestido para o banheiro. Aquela velha imunda tocou na minha cintura e na minha honesta opinião, isso é motivo suficiente na minha opinião para eu tomar um banho. Eu entro no chuveiro e tomo outro banho, fico tanto tempo no banheiro que simplesmente vi o sol ir embora e decidi sair da banheira. Eu passo loção corporal no meu corpo e vou para o closet, e m*l eu entro, eu ouço a porta do quarto abrir. Humn… O príncipe dark da máfia, chegou. Eu visto apenas outra calcinha, não coloco sutiã, visto um par de calças de pano, de cor preta, uma blusa preta também, simples de manga curta, e só. Jogo uns brincos nas minhas orelhas e estilizo minimamente o meu cabelo, passo um gloss e perfume e prontos. Eu calço uns chinelos e saio de volta para o quarto e eu sei que ele está no banheiro. Eu tinha a minha casa e o meu espaço, e agora sou obrigada a ter o meu espaço dividido com um brutamontes. Eu tenho de não só dividir o quarto, como o banheiro também. Eu decido sair daqui e vou para a sacada, querendo evitar o mínimo de contacto com ele também. Eu espreito os guardas aqui parados, e eu suspiro fundo deixando o ar bater em mim. Saudades de quando eu era livre do olhar desses psicopatas. - … - eu suspiro fundo me sentando aqui e olhando para o céu. Tudo o que eu queria era acabar com eles e ir morar em algum lugar distante, na praia, longe de toda essa loucura.
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