Capítulo 57

2629 Words
ELLA. O Alexander entrou no carro e acelerou para fora dali, e toda uma fila de carros nos seguiu. - Água, Bourne? - ele questiona-me e eu respiro fundo o ignorando e olhando o caminho. - A vontade que eu tenho de matar você é tão, mas tão grande, que se eu fosse você, eu parava de me irritar, se não quiser perder a língua, Riina. - eu falo olhando para frente e ele não parece nem um pouco intimidado com o que eu falei, mas eu não faço questão de o deixar. Eu irei o mostrar quem ele está provocando. - O que falou com a Zanan? - ele questiona depois de um tempo e eu suspiro fundo olhando para a estrada. - Nada. - eu lhe digo, e eu sinto o olhar dele em mim. - O seu nada foi o suficiente para colocá-la extremamente ocupada, investigando sobre você. - ele diz e eu dou de ombros. - A consciência dela pesa. - eu respondo, e depois olho para ele. - O que você realmente quer de mim? - eu o questiono. - Não tente me manipular em fazer as coisas, apenas me diga que eu farei. - eu digo. - Caso contrário eu agirei conforme eu quiser. - eu falo e ele me olha de soslaio. - Precisa agir com cuidado, Ella. - ele diz. - Se for a agir sozinha as chances que tem de morrer são de cem por cento, você está em cima de uma linha bamba, caso se tenha esquecido, mia cara. - ele diz e eu reviro os olhos. - A sua mãe... - ele diz e eu faço questão de interrompê-lo sentindo o meu coração falhar e fúria subir pelo corpo. - Ela não é a minha mãe. - eu pontuo e ele simplesmente olha para frente. Ela não é a minha mãe. Não é. - A Clarisse é artilheira, aparentemente, completamente diferente do que você achava que ela era. - ele diz. - Não é à toa que o seu pai está debaixo da terra agora e simplesmente não desconfiou de nada, Bourne. - ele diz e o meu coração falha. - Ela sabe manipular, você está no radar dela agora. - ele diz. - Ela não liga se você é filha dela, não ligou, e se você ousar fazer alguma bojarda, mia cara, ela matará você, acabará com você sem se importar que ela mesma pariu você. - ele fala sem filtro algum e o meu coração falha. Porque todos esses anos eu achei que a minha mãe era completamente diferente da pessoa que eu estou escutando ele descrever. Ela usou uma máscara por todo esse tempo, e seria uma coisa, eu não ter a percepção de quem ela realmente era, mas, uma coisa completamente diferente, seria o meu pai. O meu pai literalmente, era a pessoa mais inteligente que para além de eu conhecer, é óbvio, ele era um agente secreto de uma base secreta e o seu nome continua a ser mencionado. Isso é uma loucura, é uma loucura que ele tenha simplesmente ficado sete anos com ela sem desconfiar da merda que ela é. Uma parte do meu cérebro está debatendo entre si, de forma extremamente agressiva. Algo simplesmente não conecta. Muita coisa não faz sentido na minha cabeça. - Ela consegue fazer tudo ao favor dela de alguma forma, e senão quiser avantajá-la irá cooperar comigo, e será una bonna bambina. - ele diz e eu procuro ignorar o jeito que o meu corpo ficou arrepiado com a voz e o sotaque italiano dele. Argh... Ella. Está ficando doida? - Quer dizer que a conhece? - eu o questiono. - Melhor do que você, com certeza. - ele diz e eu reviro os olhos. - Tente ficar quieta por enquanto, para o seu bem. - ele diz e eu olho para frente. Eu não faço muita questão. Não tenho medo dela. - Meu bem... como se você estivesse preocupado comigo. - eu falo e ele sorri. - Claro que não. - ele diz como se fosse óbvio. - Porém eu não trouxe você para perto da minha família para não me trazer benefício algum. - ele diz e eu decidi o ignorar. Ele continuou acelerando aqui, enquanto eu penso, quando no meio do caminho ele recebe uma chamada de algum amigo dele o chamando para sair. Coisa que eu não prestei atenção alguma, eu continuo trancada na minha própria cabeça. E o silêncio prevaleceu até quase a entrada desse lugar. - Eu preciso das minhas coisas. - eu falo e ele sorri. - Eu preciso que você continue calada. - ele diz e eu reviro os olhos. - Encomende alguma coisa para mim. - eu falo e ele observa-me. - Você não espera que eu coma a comida daqui, espera? - eu o questiono. - Eu achei que fosse menos medrosa, Robin Hood. - ele comenta. - Medo? - eu questiono retoricamente. - Eu somente tenho nojo de você e qualquer coisa que venha com você. - eu falo e os seu olhar se torna escarnecedor. Quem liga? Ele estaciona e como o dia que cheguei aqui, tinha não só seguranças como funcionários aqui fora e na entrada da para ver todos eles aqui. É algum tipo de ritual, ou regra da organização? Eu suspiro fundo, já sentindo o meu corpo queimar. Eu abro a porta e desço, sentindo a química do meu cérebro alterar e mexer com os meus neurônios. Oh, que raiva... Que raiva! Eu dou a volta pelo carro, encontrando o Alexander, que pega na minha mão por alguma razão. Ok, ele quer ser mais convincente, mas isso é pela necessidade que ele tem de se provar, ele é um mulherengo, mas não precisa me tocar o tempo todo. - Sejam bem-vindos! - os funcionários desejam e eu faço o mínimo de esforço e esboço apenas um sorriso. - Sejam bem-vindos! - a família dele diz, inclusive o pai dele. E a tensão nas minhas mãos e no meu peito. - Obrigada. - eu respondo simultaneamente com ele. - Desejo as minhas rápidas melhoras, Ella. - a Natalie que está aqui diz e eu assinto. - Muito obrigada, Natalie. - eu agradeço, sentindo o olhar da Chiben subir e descer em mim. - Sente-se melhor, querida? - querida? Valha-me, aja paciência. Foi o i*****l que questionou isso, e as minhas entranhas se apertaram. - Sim, obrigada. - eu respondo na força do ódio. - A minha esposa está cansada. - ah ah! Eu ignoro a formigação no meu rosto, sentindo a mão dele soltar a minha e pousá-la nas minhas costas. Oh, ele é treinado para ser falso. - Não se canse, entrem. - a Kassandra diz sorrindo e assim o faço. Entramos na sala de estar e nos sentamos. - Está realmente bem? - a Ginevra questiona-me, me observando minuciosamente. - Eu estou. - eu lhe respondo e a mesma assente. - Eu estou extremamente curioso. - o Leonardo diz. - Me diga, como isso aconteceu? - ele questiona genuinamente curioso. - Pode dizer, foi o Alexander que fez isso com você. - o Stefano diz olhando para mim, sugestivo, e eu me questiono se ele sabe ou se ele só conhece o irmão. - Não me admira que o Alê, já queira se tornar viúvo. - a Chiben diz-me observando atento, e a Natalie a olha da mesma forma que eu me contive para não o fazer. Alê? Eu olho para o Alexander, me questionando que mentira ele pode ter contado, porque ele com certeza não falou a verdade. E ele está tranquilo demais, nem se importando com a minha resposta. - Ultimamente eu acho que é você quem quer isso, Chiben... - eu falo fingindo estar aterrorizada e o olhar do Leonardo, e dos outros vão até ela. - Só insinua isso desde que eu cheguei, eu estou a ficar preocupada. - eu falo e vejo o seu rosto ficar extremamente vermelho. - Chiben. - a voz estrondosa do Salvatore soa, e a mesma olha para baixo. - Eu estive apenas a brincar, foi uma brincadeira, Ella, eu não achei que fosse tão sensível. - ela diz defensiva e eu resolvo ignorar. - Bem, eu saí num breve passeio com o Alexander, e bem, acabou desse jeito, uma cobra acabou me picando. - eu torno isso simples e eles assentem. - Isso é assustador. - a Natalie diz preocupada e eu assinto. - Quando a vimos ontem, eu achei você extremamente pálida, é bom ver que está a melhorar. - ela diz parecendo genuína e eu assinto, confirmando a minha suspeita. Eles estiveram lá. - Obrigada. - eu lhe agradeço e ela assente. - Bem, que bom que está melhor. - o Salvatore diz, e eu o observo levar o seu olhar para o Alexander. - Após deixar a Ella no quarto, eu preciso conversar com você. - ele diz para o filho e humn... Parece que a conversa será séria. Eu levanto-me, e o Alexander faz o mesmo depois de apenas assentir para o seu pai e eu não sei... A relação dele com o pai parece um mistério. - Eu realmente achei que o Alexander foi comprar uma nova cobra e você tinha sido a primeira vítima. - o Stefano diz para mim e eu olho para a Clarisse que me observa atenta. - Senhora Clarisse, quer me dizer alguma coisa? - eu a questiono e a mesma abre um sorriso, assim que eu faço todos olharem para ela. - Os seus olhos são-me muito familiares. - ela diz o mesmo que falou no casamento, e eu a observo. - Os seus pais tinham olhos coloridos? - ela tem olhos castanhos, tais como os do filho. Eu herdei do meu pai. - Não, nenhum dos dois, de alguma forma eu puxei da avó da parte da minha mãe, genética tende a ser bizarra as vezes. - eu falo e ela assente pensativa depois da minha esquivada. - Pois é, o Salvatore puxou tudo do pai. - a Ginevra comenta fazendo todos eles sorrirem. Humn… - Eu consigo ver a senhora também. - eu falo realisticamente e ela sorri como se eu estivesse elogiando. - Vamos. - o Alexander diz e eu dou um passo para fora dali antes que ele pouse a mão dele em mim novamente. - Até mais. - eu falo saindo dali. - Descanse. - a Kassandra diz. - Nos vemos mais tarde. - a Natalie diz e eu apenas sorrio não me preocupando em assentir e saio com ele dali. Que raiva. - Querida… - eu balbucio irritada e enojada subindo ignorando completamente a presença do Alexander aqui, enquanto abria a porta do carro. - Ele está sendo simpático com você. - ele fala atrás de mim e eu levanto o meu olhar para ele com a minha fúria pendente no meu olhar. - E ele não fez nada com você. - ele fala fechando a porta atrás dele e oh. - Nada? Ele matou o meu pai, ele MATOU… o meu pai. - eu dou ênfase e ele me encara como se não fosse nada. - Ele não fez nada com você. - ele enfatiza e eu cometo o erro de achar que por mais que eu fale algo que seja lógico um monstro como ele entenderia. - Deixar uma criança sem pai, sem saber se ela estava dentro de casa e podia ver a covardia, não é nada para você? - eu o questiono sentindo o meu peito apertar e lágrimas tomarem o meu olhar de raiva e indignação. - Eu tinha sete anos e vi o meu pai ser morto pelo desgraçado, assassino nojento do seu pai, sete malditos anos, e tive de me manter quieta, calada, porque eu prometi ao meu pai que assim eu o faria e desde então eu tive de me livrar sozinha, porque eu uma criança de sete anos, vi o criminoso do seu pai, tirar o meu a sangue frio, e ainda levar a minha mãe. - eu falo com raiva e o seu olhar me observa neutro. E isso me irrita. Eu estou falando com uma parede, mas a vontade de extravasar veio. - O seu pai meteu-se com quem não devia. - ele diz e eu o observo e não tenho outra reação a não ser sorrir com a minha idiotice. Ele é literalmente o filho do pai. Ele é e foi criado por um monstro. - O seu pai é um criminoso, um mafioso. - eu falo. - Você e a sua família inteira deveriam estar por detrás das grades, pois vocês são quem mexem com o que não devem, e por causa disso o meu pai queria vocês na cadeia. - eu falo. - E você quer o mesmo? - ele questiona com um pequeno sorriso. - Eu quero vocês debaixo da terra. - eu afirmo, e ele sorri. - Deveria saber os seus limites, Ella Shell Bourne. - ele diz irônico. - Existe uma lei hierárquica no mundo, e ela deve ser respeitada, o seu o pai não o fez, e se você não for esperta, acabará como ele, pois existe uma razão, pela qual ninguém se mete connosco, mia cara. - ele diz num tom intimidante e é aí que atinjo o pico. - Você é igualzinho ao seu pai. - eu falo de raiva. - Você é sujo de dois lados, herdeiro de Bratva e de La Cosa Nostra. - eu falo e ele me observa com o seu olhar gélido. - Duplamente monstruoso, mas adivinhe, eu não tenho medo de você. - eu deixo claro e sorrio. - Deve ser por essa razão que a sua mãe aceita ser tocada por alguém tão sujo como ele. - eu o atinjo e eu sei quando vejo o seu semblante de irritação. - Ela pariu dois monstros piores que ele, porque ela fugiria? - eu questiono sarcástico. - Cala a boca. - ele rosna, e eu sorrio mesmo sentindo um arrepio com a forma com que ele me olha e como falou comigo. - Vai me asfixiar, outra vez? Como o seu pai com certeza já fez com a sua mãe? - eu o questiono e eu vejo surpresa no seu olhar. - É, vocês são criados dessa forma agressiva, não custa nada adivinhar o que o monstro do seu pai fez com ela, por uns dias para convencê-la a aceitar a amante dele dentro de casa e fodê-la bem no quarto ao lado, senão na bem frente da sua mãe. - a minha língua esfola-o, e eu vi ele conter cada um dos seus músculos, buscando controle para não colidir as minhas costas contra a parede, quando ele simplesmente sai do quarto, furioso. Extremamente furioso e eu inspiro o ar que antes não passava pelos meus pulmões e descuidadosamente me sento na cama. - Idiotas… - eu falo frustrada e com o meu coração batendo desacompassadamente, enquanto eu retiro as sapatilhas dos meus pés exausta. Exausta de toda essa merda! Lanço as sapatilhas para longe no chão, e caminho descalça até ao closet, e pego um vestido simples que tinha aqui, longo, cor verde esmeralda, longo, parece um vestido de praia mesmo, e troco com as roupas que sai do hospital. Retirei a AirTag, e a enfiei numa das gavetas de roupa íntima, estrategicamente e prontos. Eu não sei o que eles têm em mente com essa AirTag, eu só espero que apenas saberem da minha localização os acalme até eu arranjar uma forma de me comunicar com eles, e eles simplesmente não tentem fazer mais nenhuma loucura com isso. Já basta esse inferno, eu não irei suportar que ele realmente acabe tocando neles. INFERNO.
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