Capítulo 14

1010 Words
ELLA. Eu sinto as minhas veias pulsando de raiva. O meu coração está a bombear forte. E o meu estômago embrulhando. Eu não devo ser morta, por quem o meu pai sacrificou a vida dele para me salvar, e ainda fez de tudo, mesmo morto, para que eu permanecesse distante por todos esses anos. Eu não posso permitir que eles matem nenhum dos meus amigos, afinal, eles não tem nada a ver com a minha vingança e eu os meti nisso. O pai do Kaio vai querer me esganar se souber que o filho está a ser seguido por esses homens. Ele não está cá, devido a algum treinamento, mas não é difícil que essa informação chegue até ele. Até porque o próprio Kaio pode contar-lhe, porque o meu belo amigo, não é propriamente a pessoa mais calma do mundo quanto a uma situação dessas. Ele deve estar com a cabeça dele turbinada, por conta daquele segurança. O Kaio nunca, jamais matou alguém. O Kaio nunca se envolveu em briga direito, sequer. Eu duvido que ele conseguirá dormir daqui em diante, e eu m*l o posso ajudar. Eu questiono-me como eles chegaram a um conflito daqueles… O James, é mais tranquilo, sendo extremamente pesado, também. O James é completamente o oposto do Kaio, ele é o típico garoto problemático, mas extremamente legal, e fiel como amigo. Como ficou mais do que claro ontem. Tal como o Kaio, ele vem de uma família influente. A questão é, a família do Kaio, é extremamente carinhosa, atenciosa, já a dele… O seu pai é um típico homem ganancioso, não seria mau, se a sua ganância não prejudicasse a própria família. É o típico, sorriam para as câmeras, pois somos uma família feliz, mas é tudo completamente diferente atrás das portas. Eu já perdi as contas de quantas vezes eu já vi um hematoma no rosto ou no corpo do James, sem que ele mostrasse ou contasse, porque o pai bateu nele. Ele já se meteu em muita encrenca também, para agradar o pai e chamar a sua atenção, e foi dessas coisas que ele já foi parar a prisão, por um dia, pois a sua fiança sempre foi paga, para a sorte dele. Digamos que o Kent é o típico garoto incompreendido, mas extremamente gente boa, por mais s*******o que ele seja, o que parece um playboy ricaço, mas que a sua personalidade não necessariamente condiz com esse esteriótipo. Já a Heyoon, se bobear consegue ser menos medrosa que o Kaio, o seu único objetivo é cuidar da mãe, elas chegaram cá como imigrantes com o velho nojento do padrasto dela, que num dia, eu fui obrigada a interferir e matá-lo, pois, a senhora Soo seria morta por ele e ela… bem. Não é como se a senhora Soo e a ela não quisessem ter se livrado dele a mais tempo, mas ele era um criminoso, ele as mantinha em cativeiro, cometendo as maiores barbaridades existentes com as duas. E para início de conversa eu nunca gostei dele, desde que ele se mudou para o meu bairro. Por mais incrível que pareça, por mais precário que aquele lugar seja, todos ali, sabem manter aquele lugar fora do radar e ajudam bastante quando necessário. Já o asqueroso daquele senhor… Enfim, o que eu quero dizer, é que um é o meu amigo de infância, praticamente um irmão, o outro o meu amigo porque eu acho que temos tantos traumas em comum, que encontramos um amigo no outro, e a outra, tem uma aura completamente diferente, alguém cuja amizade foi extremamente forte e fácil desde o início. E fim ao cabo, sem quererem estar envolvidos com os meus traumas e os meus planos sanguinários eles estavam, quando não deviam estar. Eu fui para lá, justamente para não puxar ninguém comigo para tudo isso, para não ser encontrada por ninguém e conseguir chegar e para não arriscar a vida de ninguém senão a minha, e olha que porcaria aconteceu? O filho da mãe que matou inescrupulosamente o meu pai, não morreu, com um tiro no meio da sua cabeça! Ele simplesmente não morreu. Como isso é possível? Como é possível ele ter tanta sorte? A cabeça dele é feita de quê? E ele ainda tem a minha mãe. Ele tem a única pessoa que eu achava que tinha e procurei desde que fiquei sem supervisão alguma, eu matei pessoas e invadi lugares que estive a um triz de morrer apenas para a encontrar, e agora eu descobri que ela nunca foi tirada de mim. Que ela simplesmente foi para onde queria, que ela literalmente ajudou com o assassinato do meu pai, que podia compelir com o meu. E ela ainda tem um filho, e esse filho, é filho do assassino que matou o meu pai. Eu sinto literalmente os meus neurônios enrolarem-se uns nos outros. Tanto que abandonei a comida, sem apetite algum. Eu estou cativa pelo herdeiro da maior organização mafiosa do mundo, e literalmente sem escapatória ou plano algum. Horas passaram-se e eu não consegui tocar mais na comida. Eu tento procurar uma solução, mas todas declaradamente terminam em morte. Casar-me com ele não é uma opção. Independentemente da minha… da Clarisse estar lá ou não, eu não irei me casar com um criminoso, ainda mais o filho do assassino do meu pai. Nem por cima do meu cadáver. Ele não me conhece, e eu pretendo deixar claro para ele que mais-valia ele ter me matado do que ter autoconfiança o suficiente para achar que ele tem controle algum sobre mim. Eu sou a Ella, nenhum criminoso vê o meu rosto e permanece vivo, e com ele com certeza eu farei ele arrepender-se amargamente de não aproveitar a única oportunidade que teve. Eu só preciso usar esse tempo para pensar no que eu vou fazer, para tirar os meus amigos da sua mira, e eu das mãos deles. Como, sem armas, e sei simplesmente cativa? Eu não faço a mínima ideia… Ainda. Eu consigo pensar em alguma coisa, eu só devo me acalmar.
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