Capítulo 25

2646 Words
ELLA. Olhar-me no espelho, me fez ter outro ataque. É como se o meu sistema nervoso estivesse prestes a explodir, por si só. Eu não tenho noção de quanto tempo eu fiquei aqui, mas eu acabei de abrir os meus olhos sentindo frio. - Oof... - eu arfo ao me sentar por conta da dor no meu corpo, eu adormeci no chão do banheiro. Eu me levantei acariciando os meus próprios braços, pela dor e pelo frio. Eu venho até ao lavatório, sem me olhar ao espelho eu ligo a água e lavo o meu rosto com água morna para aliviar o meu rosto de tanto que chorei. Como se fosse resolver alguma coisa. Quando desligo e alcanço a toalha para limpar o meu rosto eu dou-me conta do silêncio ensurdecedor por aqui. Que horas são? Será que ele saiu com aquelas moças daqui? Eu espero que sim. Eu quero tirar essa p***a do meu corpo, e não quero o fazer com aquele filho da mãe aqui, sem saber se eu tenho alguma muda. Arrepiada pisando o chão frio descalça, eu caminho até a porta do banheiro, e a destranco devagarzinho, e quando o faço eu abro uma fresta. Eu observo o chão, com pétalas de rosa espalhadas pelo chão, garrafas vazias de champanhe, mas, silêncio e eu reviro os olhos saindo. - i****a. - eu murmuro frustrada, vendo os lençóis da cama, bagunçados, mas nenhuma das moças está aqui. Nem ele... - Os amigos dela despistaram os nossos homens e retiraram a japonesa do armazém. - espera... O QUÊ? Eu sorrio ao reconhecer a voz do cão de guarda, e sorrio caminhando na ponta do pé para mais perto, querendo escutar melhor. O rugido de frustração do filho do Riina, arrepiou o meu corpo. Mas eu só consigo sorrir com isso. Eles conseguiram fazer o quê? Eu estou orgulhosa! Boa meninos! - Você espera que eu acredite nisso? - o Alexander questiona, e o seu tom é intimidador, quando eu escuto o som da colisão de um corpo contra a parede, que até eu senti, e curiosa espreitei para ver o tal de Jake, de vermelho virar roxo, tendo o pescoço espremido contra a parede como se fosse um limão. O braço visivelmente forte e tatuada e a sua mão cheia de veias... Porque isso importa, porque eu estou a prestar atenção num braço? - Quer que eu acredite que todos os meus homens foram enganados por dois imbecis, Jake? - ele questiona numa entonação sarcástica e frustrada e eu sorrio. - Alexander... - o homem está a morrer, e eu não me importo que ele mesmo mate esse i****a. Provavelmente será a única coisa boa que ele fará alguma vez na vida dele. O olhar azul do Riina, penetra no dele de forma atroz. O cão de guarda está desesperado. - ... - ele suspira frustado, literalmente lançando o capanga dele para o chão, que deve ter sumido com todo o oxigênio do mundo num só inspirar. Dramático. - Eu não achei que ter ficado distante, fosse tornar vocês tão incompententes. - ele fala e eu reviro os olhos, me afastando. - Peguem a mãe da garota. - ele ordena e o meu coração literalmente falha. - Ela está fora de alcance. - o que isso quer dizer? - O que é suposto eu entender por isso, Jake. - a sua entonação é mais calma, e sarcástica. - O outro menino, o tal de Kaio, levou-a para a sua casa, e não tem como ter acesso. - boa, caramba! Como uma dose de endorfina, o meu corpo sente um alívio surreal. Ele tinha potencial, eu sempre soube. Ele só precisava matar um i*****l. - Me parece que está em calças justas. - eu não me seguro e falo não me importando com muita coisa agora. O olhar de ambos vem até mim, e eu concentro-me em manter apenas no homem que se levanta do chão como se tivesse levado uma tsova de um caminhão. Eu sinto o olhar do Alexander em mim, mas eu não ligo, até ver o seu cão de guarda baixar a cabeça e sair imediatamente do quarto. Eu respiro fundo e levanto o meu olhar até ele que ao contrário do que esperava não me encara com raiva e sim com os seus lábios curvos num sorriso atiçador. Bipolar. - Não devia ficar tão feliz, pela estupidez cometida pelos seus amigos, Ella. - ele fala e eu inspiro fundo. - Eu acho que o e******o entre nós aqui, é você, Riina. - eu falo, me virando e indo para um guarda fato que tem aqui, eu espero que tenha alguma roupa. - e******o e covarde. - eu falo furiosa, retirando uma mala que tem aqui deixando no chão. - Tal como o seu pai. - eu falo, enquanto sinto ele se aproximar. - Gostaria de repetir o que disse, Ella? - ele questiona como se eu tivesse medo de o fazer. - Você é tão e******o e covarde quanto o seu pai, Alexander Riina. - eu falo olhando nos olhos dele, com raiva suficiente para dar e vender. - Você acha que o Salvatore Riina é e******o e covarde. - ele pontua sorrindo e eu o observo. - E o que você chamaria o seu pai? - ele questiona e o meu coração falha. - Ele era tão inteligente que colocou para dentro de casa a Zanan, que o enviou para a morte, e ficou com ela por sete anos, não foi, tendo toda a sua informação entregue de bandeja, sem nem sequer saber por quem. - ele diz, e eu sinto as minhas costas arrepiarem e o meu sangue queimar a minha pele. - Devia rever o seu conceito de estupidez, quando o seu pai foi um grande e******o que quis se meter em assuntos que não devia. - ele diz e o meu coração falha. - Tal como você. - ele conclui e eu inspiro fundo. - Ele recebeu as consequências de provocar quem não devia. - ele fala e eu fecho os meus olhos com raiva. - Humn... - eu balbucio sorrindo e abrindo a mala. - Ele foi e******o por ter sido enganado por alguém que ele amava... - eu falo sorrindo de frustração, porque dói. - Irônico. - eu concluo, após retirar um fato de treino da mala. - Tal como você, o seu pai precisou usar artimanhas para conseguir o que queria. - eu falo. - Ele tinha problemas com o meu pai, provavelmente por ele ser o quê? - eu questiono ironicamente me levantando e levando o meu olhar para ele, que me observa. - Um criminoso, assassino... - eu respondo sarcástica e vejo o seu maxilar cerrar. - E ao invés de resolver frente a frente, como um homem de coragem, ele mandou uma mulher para fazer o trabalho por ele. - eu falo e eu vejo fúria tomar o olhar dele, e isso com certeza me faz sorrir. - Ele chegou e atacou o meu pai, pelas costas, tal como você, centenas contra um, como um covarde, medroso. - eu digo, e dou de ombros. - É o que costumam dizer não? Tal pai, tal filho. - eu falo nervosa. - Você é tão covarde que não consegue resolver os seus problemas comigo, sem ter de me ameaçar com os meus amigos, que não tem p***a nenhuma a ver com isso, até uma senhora você quer meter nisso, e tem a ousadia de questionar a confiança que o meu pai deu a Clarisse, quando o seu está com ela agora. - eu falo e eu vejo a sua feição se tornar a personificação de ira. Mas ele tem porque ficar irado? Claro que não. Idiota! Eu nem espero resposta dele, eu simplesmente retorno para a casa de banho e tranco-me dentro dela, aliviada. Eles conseguiram! A Heyoon está viva, todos eles estão bem. - Ufa... - eu suspiro de alívio voltando para o espelho com um semblante completamente diferente. Eu r***o o vestido do meu corpo imediatamente. Estar enrolada por cobras ao invés de vestida com isso, seria muito melhor. Eu deixo isso no chão, e vou para o box, tomo um banho e saio. Usei os próprios produtos do hotel, e quando estava colocando as calças, batidas fortes soam na porta, como se fossem derrubá-la. - Que merda... - eu balbucio ignorando, e vestindo a parte de cima da minha roupa. Mal eu terminei, eu achei que a porta fosse ser arrombada e só não foi porque eu a abri antes que acontecesse. - Não me arranje mais problemas, temos de descer. - o cão de guarda daquele i*****l fala m*l eu abro a porta, me fazendo o encarar confusa. - Calce os sapatos e vamos. - ele diz e desentendida, eu faço questão de ir pegar uns tênis, na maior calmaria. Porque absolutamente nada que os aflige é do meu interesse. - Dá para ser rápida? - ele me questiona me encarando frustrado, enquanto todos os outros homens nesse quarto, armados, me assistem. - Deixa eu pensar... - eu falo irônica. - Não. - eu o respondo e ele respira fundo olhando para o lado procurando controlar a indignação dele, e eu sorrio. Um pouco curiosa para saber o porquê de tanta urgência, mas não tão curiosa para fazer o que eles querem tão facilmente. Eu termino de calçar os meus pés e levanto-me passando os meus dedos de entre os meus cabelos húmidos. - Levem-na. - o Jake fala já farto e eu reviro os olhos quando eles fazem menção de se aproximar de mim. - Eu sei andar. - eu pontuo, o seguindo para fora do quarto. Para onde o Alexander foi? - Porque a pressa? - eu questiono ao Jake, entrando com eles no elevador. - Apenas tente não ser irritante e cooperar, para o seu próprio bem. - ele me responde e eu sorrio. - Para o meu ou para o seu? - eu questiono e ele arfa frustrado, me fazendo sorrir. - Nós encontramos os seus amigos, eu acho que pode parar de sorrir. - ele fala e o meu coração falha. Ele pode estar a blefar, não pode? O meu coração falha, e eu simplesmente não consigo nem sequer fingir a minha reação. Que merda. Não após eu ter insultado aquele ser, pessoal... Argh. O elevador toca, e as portas de metal são abertas, eu saio seguindo ele. Olhares curiosos de pessoas, aparentemente aguardando para efetuar o check-in, me observam. Também, quem anda com tudo isso de pessoas? Na entrada tinha o mesmo carro o que viemos e eles literalmente escoltam-me para entrar nele, e assim que faço o meu olhar encontra o do Alexander que falava ao celular. Eu suspiro fundo sentindo o meu coração acelerar, me sentando acompanhada pelo seu olhar. A porta é fechada, e ainda falando ao celular, os seus olhos observam-me minuciosamente, mas dessa vez sem nenhum tom provocativo ou olhar petulante por parte dele, o que me deixa nervosa. O carro não iniciou a marcha e eu quero entender o que está a acontecer. Eles realmente acharam, a Heyoon, o Kaio e o James? Ele desliga o celular e leva o seu olhar azul até as minhas mãos, o seu maxilar trava. - Onde está o seu anel? - ele questiona e eu suspiro fundo. - Eu não sei, eu apenas o tirei. - eu respondo-lhe e ele me observa como se eu fosse uma i****a, sem paciência alguma, e ele penetra o seu olhar no meu. - Você acha que isso é alguma brincadeira, Ella? - ele questiona sério, e eu o observo. O que está a acontecer? - Aquele anel parece um veneno tomando o meu dedo. - eu falo, e ele sorri. - E você acha que eu estou feliz em ter você na minha frente, e ainda usar essa porcaria? - ele questiona se referindo ao anel dele, e por que razão eu me ofendi. Provavelmente porque a ideia tenha sido dele. - Procure e traga o anel da Ella. - ele fala, ao celular e eu nem tinha me dado conta que ele estava a ligar para o Jake. Sem esperar a resposta dele, ele desligou o celular. - Qual é a urgência? - eu questiono-o, eu quero saber se o que aquele idoso falou é verdade ou é blefe. - Os seus amigos não conseguiram ir para longe. - ele fala ligando a TV, e mostrando os três amarrados dentro de algum lugar, e o meu sangue some, e o medo instalasse em mim. Eles não aparentam estar feridos. - Eu não preciso ameaçar você com os seus amigos, como sugeriu, Bourne. - ele fala, fazendo-me levar o meu olhar até ele. - Eu prendo-os, os posso desprender, por simplesmente ser a minha vontade, eu os posso matar para a minha satisfação, e para dar uma lição em você, e não porque preciso deles para manter você aqui. - ele diz e o meu coração falha. Ele desliga a TV. - Fazer você sofrer pelas suas más atitudes é o mínimo. - ele fala e eu fecho os olhos inspirando fundo. - Não acha, Ella? - ele questiona e eu olho para ele. - Fale o que quer, Alexander. - eu falo e ele sorri, quando abrem a porta. - Aqui está. - o Jake diz, me entregando o anel, e a minha respiração fica pesada enquanto eu pego esse objeto a contragosto e ele fecha a porta. - Eu coloquei você, onde queria exatamente estar, sem merecer, Bourne. - ele diz. - Você decide agora, se irá comprometer-se ao acordo feito anteriormente, colocará esse anel de volta no seu dedo e não o tirará até quando eu o disser, ou se prefere deixar a sua mãe em paz, e que prefere que eu suma com você e deixe o meu pai ajuntar você do seu pai, nesse preciso momento. - ele fala e eu inspiro fundo. - E onde os meus amigos ficam nisso tudo? - eu questiono, a única coisa que me importa nesse momento. - Isso será entre mim e você. - ele pontua. - Desde que você mantenha os seus amigos dentro do controle, eu não os irei ferir se é disso que tem medo. - ele fala e eu inspiro fundo. - Entre mim e você. - eu balbucio, e levanto as minhas sobrancelhas. - Justo. - eu falo. - Tudo bem, eu e você contra a Clarisse, suponho. - porque eu realmente não entendo qual seja o interesse real dele com a minha presença. - Mas tenha consciência que assim que eu obter o que eu quero, você e o seu pai, serão o meu alvo, até ao meu último suspiro. - eu deixo claro e ele sorri. - Não achava que eu ia deixar você viver depois que acabar, pois não, Robin Hood? - ele questiona-me e humn... Ótimo. Ele pega no celular. - Soltem-os. - ele ordena e a contragosto eu volto a colocar esse anel no meu dedo. Ele desliga o celular e eu alcanço o comando ligando a TV, eu preciso ver com os meus olhos que eles estão a ser soltos. O carro inicia a marcha e eu assisto eles serem soltos, as suas expressões são confusas... Por que o Kent está com o rosto marcado? Eles bateram nele? Ou foi o i****a do pai dele? Argh... o senhor Smith. Se ele receber a notícia que eu estou casada com esse filho da mãe... ARGH... Eu assisto até eles sumirem do campo de visão da câmera e eu fico mais aliviada desligando a TV sob o olhar atento dele. - Para onde vamos? - eu o questiono. - Resolver o problema que você criou. - ele responde e eu fico parva. O que é suposto isso significar? Qual dos problemas?
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