Capítulo 3

1948 Words
Alexander "Il Duce" Riina. O John, desapareceu. O John, não deve desaparecer. - Alguma informação? - eu questiono para o meu irmão que entra no meu quarto, enquanto eu coloco o meu anel. - Nenhuma. - ele responde e eu respiro frustrado, saindo do meu quarto, indo até ao elevador com ele. - Ele foi morto. - o Leonardo afirma e eu o encaro minuciosamente e sorrio. - E quem ousaria o matar? - eu questiono-lhe realmente curioso. Provavelmente ele conheça uma alma corajosa a esse ponto? O John, para além do meu braço direito, é como um filho adotivo do Salvatore Riina, ele possui o mesmo nível de informações que nós e com ela, ele possui segurança suficiente, e saberia se defender. Quem louco ousaria, assinar a sua sentença de morte desse jeito? - O mesmo filho da p**a que invadiu três das nossas casas de tráfico, nas últimas semanas, Alexander. - ele afirma e eu suspiro frustrado saindo do elevador, e caminhamos até onde rastreiam o John. - Você acha que só um filho da p**a conseguiria fazer isso? - eu questiono-o retoricamente. Porque tem que ser outro nível de suicida, para invadir e interferir nas operações existentes, da maneira que faz, e conseguir matar todos os nossos homens que guardam os estabelecimentos, sozinho. Um, não deve ser. Um grupo, muito provavelmente, de algum rival, que quer que eu os pendure cabeça abaixo e exploda com os seus neurônios. Eu ligo mais uma vez, para o John e dessa vez o celular chama. - p***a. - eu falo indignado, entrando e olhando para a tela que está a fazer o meu homem literalmente suar. - O nosso sistema está a ser invadido, senhor. - ele diz, e eu deixo o celular na mesa. Eu estou a ver. Eu vou apanhar esse filho da p**a. Está mais do que na hora de um acerto de contas, eu deixei ele brincar por tempo que baste. - Invada o deles. - eu comando. - Meu senhor, isso é perigoso. - o grupo de malucos que decidiram invadir o meu sistema, são perigosos. - Faça o que eu disse. - eu falo, e ele assente, e eu consigo observar a sua respiração tornar-se pesada e ofegante, e a sua testa formar suor, colocando os seus dedos para funcionar. - Oh, eles são rápidos. - o Leonardo fala observando a tela também. - Devíamos o contratar ao invés de o matar. - ele diz sarcástico. - O que estão a fazer aqui? - o bastardo do Stefano questiona entrando. Essa questão devia ser feita a você. - O que está a acontecer? - eu questiono ao meu homem, vendo toda a informação coletada ser extraída, não querendo acreditar na p***a que os meus olhos veem. - Eles estão a bloquear o sistema. - ele diz com a voz num fio e eu seguro-me para não explodir com a sua cabeça. Não consegui. Explodo com a sua cabeça, e o seu sangue espalha-se pela tela, e pela parede. - Você. - eu falo para o outro que estava do outro lado da sala que embranquece. - Cuide disso. - eu falo, me referindo a segurança e o mesmo vem prontamente. - Oh, porque tanta agressividade, irmãozinho? - o Stefano questiona ironicamente, atirando o corpo do outro para fora da cadeira, e eu levanto o meu olhar até ele, procurando paciência. - Prefere que eu rebente com a sua cabeça, Stefano? - eu questiono-o. - Eu farei com o maior o prazer. - respondo-lhe e ele revira os olhos e o Leonardo sorri. - O John, desapareceu. - o Leonardo o responde, enquanto eu olho para o meu relógio. - Ele está morto. - o Stefano afirma prontamente fazendo com que eu levante o meu olhar até ele. - Encontraram o corpo dele dilacerado na casa de tráfico. - ele responde e frustrado a minha única reação foi sorrir de nervosismo. Que merda! Merda... - E antes que me questione, o Salvatore já ordenou que procurassem algum rastro, e nenhum foi encontrado. - ele diz e eu olho para o computador. - Guarde as informações adquiridas, eu quero a localização desse cazzo transferidas para mim. - eu falo. - Sim, meu senhor. - ele responde e saímos da sala. Há uma reunião agora. - Nós estamos em perigo. - o Stefano fala justamente quando eu quero silêncio, nunca sabe quando ficar calado. - Deve ser um grupo, alguma outra organização. - ele supõe enquanto subimos. - E por que razão sentenciariam a morte deles, de forma tão abestalhada? - o Leonardo questiona-se exatamente o que eu penso. Eles invadiram as casas de tráfico, e soltaram algumas das mulheres, não as levaram, não houve comunicação numa tentativa de troca, roubo, nada, apenas foram soltas sem motivo algum. Psicopatas com síndrome de justiceiros? Psicopatas normalmente costumam ser inteligentes. - Oh, Alexander, meu filho. - a minha mãe diz assim que entramos na sala. - Isso é uma tragédia, o seu pai está furioso. - ela diz, e eu olho para o meu relógio. - Descobriram quem está por trás disso? - ela questiona, mais curiosa do que deve para o assunto. - Ainda não. - o Leonardo a responde. - Eu sinto muito pela sua perda, querido. - a Clarisse diz e eu observo-a minuciosamente. Eu questiono-me dia e noite onde foi que o meu pai foi arranjar essa mulher. - Onde está o Salvatore? - eu questiono, ignorando-a. - Ele já desceu. - a minha mãe diz. - Tenham cuidado. - ela diz dócil. - Com certeza o alvo são vocês. - a Clarisse diz pegando a sua taça de vinho na mesa. - Não tem com o que se preocupar, mãe. - o Stefano a responde enquanto eu desço com o Leonardo. Quando os dois abrem a boca, o meu único desejo é ficar surdo. - O que aconteceu? - o Leonardo questiona do meu lado. - Eu conheço essa expressão. - ele diz. - Você não acha que ela faria isso? Não? - ele me questiona e eu levo o meu olhar até ele. - Ela entregou o esposo para o Riina. - eu digo-lhe voltando o meu olhar para o pátio. - Não seria fora da natureza dela fazer o mesmo. - afirmo, e ele suspira levando o seu olhar para o Salvatore que entra no seu carro, enquanto trazem os nossos. - Ela tem receio, tem medo, ela não é nada, jamais faria isso pela sua própria vida, e pela vida do filho, sem contar que ela é apaixonada pelo Salvatore. - ele diz e eu sorrio vendo o motorista sair do meu carro. - Não devia colocar a mão no fogo por traidoras como a Clarisse, irmãozinho. - eu digo dando leves tapas no seu ombro, e entro no meu carro logo em seguida. Seja lá quem for, não sabe em que p***a está se metendo. Em instantes chegamos no local onde teremos uma pequena negociação. O ar frio da madrugada, o lugar deserto, os homens aqui uniformizados e armados, a floresta... Ambiente perfeito para uma ótima negociação, ou para um ótimo assassinato. Os meus olhos observam a floresta, após sair do meu carro. Três casas de tráfico invadidas, a nossa segurança foi transpassada, a nossa base de dados foi invadida, e o meu instinto jamais falha, e com certeza se eu fosse eles, eu estaria aqui se a invasão tiver rendido informações confidenciais. Ninguém se sujeitaria a matar um dos meus melhores homens e amigo, não seria qualquer um que teria capacidade de o matar, e o dilaceraria e ainda o deixaria num lugar para ser apanhado, se esse não fosse o seu intuito. - Alexander? - o meu pai chama-me, fazendo com que eu retire o meu olhar da floresta para o dele. - O que se passa? - ele questiona, quando ele com certeza pensa o mesmo que eu. - Eu espero que não esteja a fazer uma merda tendo vindo para cá, Salvatore. - eu aviso-o e ele sorri. - Todo o lugar foi minuciosamente verificado, Alexander. - ele responde-me confiante. - Eu encarreguei-me da segurança pessoalmente. - o bastardo do Stefano diz. - Não tem com o que se preocupar. - ele afirma e eu sorrio. - Se foi você quem cuidou disso, com certeza, vocês deviam se preocupar. - eu respondo-o entrando e o mesmo revira os olhos. - Mas eu deixarei o seu pai ver no que dá confiar num bastardo para cuidar da segurança. - eu falo. - Alexander. - o Salvatore fala em tom de repreensão. - Eu tenho coisas por fazer, sejamos breves. - eu falo sem paciência alguma para isso. Eu já estou stressado o bastante por hoje. Após algumas horas, a negociação foi concluída com êxito, obviamente, e eu posso finalmente cuidar das minhas empresas, e deixar isso de lado por pelo menos... uma hora. - O jantar para conhecer a sua futura esposa será amanhã, não se esqueça disso. - o Salvatore diz enquanto saímos e eu desço o meu olhar até ele e sorrio ironicamente. - Como eu esqueceria, quando eu tenho vocês sendo amáveis o suficiente para me recordar? - eu questiono sarcasticamente e ele sorri me encarando. - Ela não é nada má. - ele diz sugestivo. - Você é o meu herdeiro, irá se casar, e depois pode continuar com quantas mais quiser. - eu ouço ele falar, mas a minha atenção está nos ponteiros do meu relógio. - Eu tenho que ir. - eu falo. - Ci vediamo domani. - o Salvatore diz e no exato momento em que eu o ia responder, certeiramente uma bala passa pela sua testa, e imediatamente o meu olhar sai do seu rosto para a floresta, enquanto o segurava nos meus braços. Cazzo! - Oh, p***a! - o Leonardo exclama retirando a arma, enquanto eu olho para o Don da máfia de La Cosa Nostra, sem consciência nos meus braços, com uma bala enfiada na cabeça. Que merda. - O que estão esperando? Vão! - eu ordeno, para que eles se espalhem e procurem o maldito que decidiu iniciar uma guerra do qual jamais ganhará, sentindo a ira tomar o meu corpo. Sangue verte pelo seu rosto, enquanto eu o carrego até ao meu carro. Argh... O sangue dele vai sujar o meu carro. - Eu avisei, papai. - eu meto-o no carro fechando a porta logo atrás de mim, e entro no carro. A bala não atravessou a sua cabeça, ela apenas penetrou, o quer dizer que o tiro foi dado a uma boa distância, e que o filho da p**a que assinou a sua sentença de morte, para além de ter uma ótima visão, é um atirador certeiro. - Ele está respirando ainda? - a voz do Stefano soa pelo CarPlay. - Não graças a você, informe aos médicos para estarem prontos com o que for necessário. - eu falo, olhando pelo espelho para ver se o peito dele ainda sobe e desce, para ver o sangue do seu rosto sujar o meu carro. Eu não sei se estou furioso, por terem conseguido fazer isso com alguém como ele, jamais achei que o veria desse jeito, ou se estou furioso, por existir alguém que seja tão e******o ao ponto de ousar se aproximar. - Eu já cuidei disso. - o Leonardo responde, e eu apenas acelero, tentando deixar de lado todas essas diferentes emoções que estou sentir. Não entendo nenhuma delas e tão pouco a aparição delas, mas com certeza, eu irei descontar todas elas na pequena ratazana ousada, que ousou sair da sua toca, e se meter com quem não devia.
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