Capítulo 71

2539 Words
ELLA. O meu coração falha. É uma tentação que parece que eu não consigo lutar... Que merda está a acontecer comigo? - O que você está a fazer? - eu o questiono o mais discretamente possível para a minha situação insana, e a música coopera. - Apenas fique quieta. - porra... Eu sinto a sua mão subir ainda mais a minha saia, e os seus dedos queimarem a pele sensível da parte interna das minhas coxas, penetrando o cruzamento das minhas pernas sem a minha autorização, e aperto ainda mais uma contra a outra, prendendo a sua mão aqui. - Não. - eu falo para ele, num fio de voz. - Não faça uma cena, Robin Hood. - a sua voz causa em mim, coisas que não deveriam. Por que ele tem de me chamar assim? - Causar uma cena? - eu questiono, sentindo a mais ínfima parte do meu corpo clamar pelo proibido. Ele diz como se simplesmente não estivesse com a sua mão debaixo da minha saia. - Abra as suas pernas... - a forma como tudo consegue ficar pior com a sua voz baixa soando pelo meu ouvido, está acabando com a minha sanidade. Não... Eu nem sequer consigo falar. - Tudo bem, Ella? - eu ouço a voz da Natalie, e eu olho para ela, sentindo as minhas forças irem embora e até a minha consciência me trair. - Huhum... - merda, ela assente, e eu inspiro fundo, sentindo que nem falar eu não consigo mais. Isso é demente. - Senão quiser chamar atenção... - ele diz deslizando o seu dedo pela minha pele extremamente sensível a esse ponto, e eu mordo os meus lábios subtilmente, contendo o som inconveniente que ameaçou sair deles. - Você irá abrir as pernas. - p***a. Eu rendo-me, sentindo o meu corpo inteiro ebulir. Eu relaxo os músculos das minhas pernas gradualmente, mesmo sabendo que essa é uma péssima... Demasiado péssima ideia, porém, não é como se uma célula qualquer do meu corpo me ajudasse a fazer o contrário. - Mais. - ele diz, apartando ambas da forma mais lasciva que alguma vez senti. Eu assim o faço, sentindo o meu rosto vulcanizar e literalmente escutar o meu coração bater de tão forte que está. - Buona ragazza. - ele diz da forma mais pecaminosa existente, o sotaque em italiano, a voz baixa, subtilmente rouca e da maneira mais p**a de sedutora, acaba comigo. Vergonha, excitação e medo, o meu corpo estremece com as inúmeras sensações do meu corpo. E a música simplesmente não coopera. Eu sinto os seus dedos deslizarem até a minha calcinha, enquanto os metais frios do seu anel alisam também a minha pele, entrando em choque térmico de tão quente que eu estou. - ... - o som baixo e voluptuoso escapa dos meus lábios, eu sinto os seus dedos chegarem em mim e distribuem pelo meu corpo a mesma sensação de prazer absurdo que eu senti quando ele desceu a sua arma em mim. - Ella. - a sua voz profunda e baixa soa jogando mais fogo no incêndio em que eu já estou, enquanto eu sinto os seus dedos fazem movimentos circulares em mim, arrancando qualquer vestígio de consciência de mim. - Eu preciso que fique quieta. - ele diz casualmente e a minha mente entra em atrito. As minhas bochechas queimam, quando eu me vejo obrigada, a conter a quantidade de prazer absurda de espalhando como veneno pelo corpo, sem que eu possa emitir um som, ou retorcer-me como o meu corpo exige... Estão todos aqui na mesa, e outras pessoas ao redor, olhando para cá, para aumentar a tensão. Eu sinto os seus dedos transpassarem subtilmente como se nada fosse, puxando a minha calcinha para o lado e o meu rosto queima quando eu sinto ele sorrir, notando o quão ridiculamente molhada eu estou, e uma t***o absurda. Tudo piora quando os seus movimentos se tornam mais intensos, e eu também sou obrigada a controlar as minhas expressões faciais, e os meus olhos, que ameaçam revirar, quando eu sinto ele forçar subtilmente a minha entrada com o seu dedo, e eu permito as minhas unhas ameaçarem penetrar na mesa, e morder o meu lábio inferior, delirando. Literalmente. O seu olhar observa-me de soslaio e isso o diverte, ele sorri levando o seu copo até a sua boca, como se não estivesse a fazer p***a nenhuma, penetrando em mim, de forma mais lasciva, intensa, e de forma com que essas sensações todas triplicassem, acabando comigo o que eu achava impossível. - Você também esteve em Londres? - a moça que questionou anteriormente onde conheci o Alexander... - ... - eu tento disfarçar o máximo o som que saiu dos meus lábios, sentindo a minha pulsação aumentar, e o prazer se espalhar de forma que se torna literalmente insustentável eu permanecer quieta e suportar sozinha. Isso é insano. - Não... - eu tentei ao máximo que isso não soasse como um gemido, e eu acho que funcionou, ou ela só não percebeu por conta da música. Porra... Eu levo a minha mão que estava na mesa para a sua mão, não querendo que ele pare, mas precisando que ele pare, e obviamente ele faz o contrário. Ele aumenta a intensidade não dando a mínima para mim, e com isso, eu senti uma onda intensa de prazer exterminar qualquer controle meu. PORRA. As minhas unhas tomam o seu braço, com as minhas pernas tremendo debaixo da mesa, enquanto eu sinto a coisa mais insana que já experienciei na vida. E como se ele soubesse que eu não conseguiria manter-me calada, para a minha surpresa, eu sinto não só a sua outra mão levar o meu rosto na sua direção, mas os seus lábios tomarem os meus lascivamente, impedindo que eu emitisse qualquer som, e ele não para até eu simplesmente sentir o meu corpo desfalecer. Oh... Ele retira o seu dedo de mim, e depois afasta-se minimamente de mim, desgrudando os nossos lábios e cativando o meu olhar no dele. Muita coisa se passa pela minha cabeça, mas somente t***o e surpresa, tomam conta de mim agora. Ele... Ella?!?!? Presa na profundeza do seu olhar azul eu sinto o seu polegar passar subtilmente pelo meu lábio inferior, enquanto o meu corpo está numa explosão inexplicável. O seu pequeno sorriso acaba comigo, e faz-me imediatamente tirar o meu olhar do dele, e alcançar o meu copo, morrendo de sede e querendo morrer. O que eu... fiz? Eu dou um único gole e acabo com o conteúdo de uma só vez, e foi como jogar mais fogo em mim mesma, mas eu preciso. Eu sinto alguns olhares a mais em mim, e eu inspiro fundo, tentando disfarçar a minha respiração ofegante, e a minha expressão facial. Eu sinto as minhas pernas bambas. - Ella? - a Natalie, chama por mim e eu levanto o meu olhar para ela, jogando o meu cabelo para o lado, procurando manter a minha postura e recuperar a minha sanidade, ao menos minimamente. - Oi? - eu falo para ela. - Você está bem mesmo? Você parece estar com muito calor. - ela questiona e eu assinto agradecida, por ela ter falado, porque agora tenho certeza que ninguém notou o que aconteceu aqui. - Eu estou. - eu respondo para ela. - Com muito, calor. - eu dramatizo para parecer mais credível, mas... também não é mentira. - É um efeito colateral do veneno da... cobra. - eu minto, tentando desviar o assunto para outro tópico. - É mesmo... - a moça dos cocktails diz, atiçando a chavinha do meu cérebro. Ela está temperada que baste para mim. - Oh, o acidente, foi uma cobra? - um dos amigos deles questiona curioso, e o Leonardo confirma, enquanto eu só penso em sair daqui. - Eu quero saber onde vocês estavam para que uma cobra picasse você. - a moça diz olhando para mim, enquanto eu ajusto a minha saia por debaixo da mesa. Olhando para a bolsa na berma da mesa da mocinha dos cocktails aqui, analisando da forma mais discreta possivelmente e treinando o meu corpo que enfraqueceu, como se tivesse anestesiado, para levantar e as minhas pernas não me deixarem cair. - Você terá de questionar isso ao... Alexander. - eu falo, me levantando. - Foi ele quem me levou para lá. - eu digo não ousando encará-lo. - Para onde vai? - a Chiben questiona e eu franzo o meu cenho curiosa no que isso lhe interessa. - Ao banheiro. - eu falo, e de soslaio, eu já vejo o olhar do Riina para um dos homens que assente. E foi nesse instante, que eu simulei passar pela moça e empurrei-a ligeiramente fazendo tudo parecer um pequeno acidente. Não foi muito difícil, ela estava de pé, e com a taça na mão, já meio doida das ideias. No momento em que a pequena falha de equilíbrio, resultou nela perdendo a taça e tentar segurá-la antes que caísse, mexendo na mesa, e fazendo com que as moças ao lado dela se levantassem, eu aproveito para deixar a bolsa dela cair no chão e deixo a minha cair junto. Na fração de segundos até o conteúdo da taça cair no chão e depois a taça, eu apenas retirei o seu celular da bolsa e colocar na minha bota, e simplesmente pegar a minha. - Oh... - o som de susto das meninas assustadas ao redor soa e ela leva as mãos até aos seus lábios assustada, mas logo começa a rir. Primeiro passo, pronto. - Você não se molhou? - eu questiono só para disfarçar, observando-a. - Não... mas o chão está molhado. - ela diz com a sua língua pesada devido ao álcool. - Sem mais álcool para você, Nora. - o moço do outro lado da mocinha aqui, que faz careta pronta para uma discussão e eu simplesmente saiu dali ainda sentindo o olhar do Alexander em mim. Na mínima sensação de distância, a minha respiração vai de arrasta para cima, e tudo volta com uma intensidade abrupta enquanto passo pelas pessoas procurando o banheiro. E eu simplesmente deixo a loucura tomar conta de mim por inteiro. - O que eu fiz? - eu questiono-me levando os meus dedos até aos meus lábios, com o meu corpo ainda sob o efeito mais obsceno que eu já senti. O que eu fiz? O que eu fiz? O que eu fiz? Eu entro num curto surto psicótico, pior... nem um pouco arrependida, porém, me odiando mesmo assim. Sem estar arrependida. Eu entro no corredor do banheiro que está razoável, o fluxo está bom, não está ninguém parada aqui para conversar. - Ella. - eu escuto a voz do Jake antes de eu entrar, e eu inspiro fundo. - Saiam daqui. - acreditem ou não, os outros homens do Alexander estão evacuando as moças daqui que o fazem, reclamando, obviamente. - O que foi, hein? Você não cansa, não dorme, não respira, cara? - eu falo surtada o bastante para lidar com ele agora. - Eu o faria se você não existisse. - ele diz e eu reviro os olhos. - O que foi? - eu questiono-o sabendo justamente o que ele quer. - A bolsa. - ele fala e eu sorrio passando para ele. - Quer entrar comigo, também? - eu questiono-o e ele me encara, enquanto, os que entraram na casa de banho para expulsar as moças lá dentro, e outros aqui com ele, verificam a bolsa vazia, apenas com gloss, porque eles são tão covardes que mesmo sabendo que me levaram sem nada meu, ficam me vigiando. - Eu posso ajudar você a fazer tudo o que deixaste de fazer pelas escolhas do seu dono, lá no inferno, venha. - eu falo o instigando e ele faz uma careta me fazendo rir. - A bolsa ficará aqui. - ele diz, e eu levanto as minhas mãos, como quem não tivesse nada a ver. - Divirtam-se. - eu falo entrando e ouço ele me insultar, e eu não ligo, apenas vou direto para o lavatório, explodindo com o que acabou de acontecer. - Ah... - eu suspiro fundo, jogando água no meu rosto, ignorando ao máximo o meu corpo e o que aconteceu. Você nunca tinha feito isso antes, Ella? Resposta simples, existe algo na minha vida ou algum momento que pudesse me causar t***o? A resposta é não. E eu não acredito que eu estou desse jeito por causa daquele filho da p**a, mafioso, playboy, do Alexander Riina. - Não foi nada demais... - eu me convenço, olhando-me no espelho tentando me acalmar. - Não é como se você não o odiasse, ou tivesse dormido com ele, Ella... - eu repito para mim mesma. O que nunca vai acontecer. - Fique calma... - eu falo comigo mesma tirando o celular da mocinha aqui, que tem bloqueio por meio da sua digital. Problema fácil de resolver, com o secador do banheiro e um papel higiênico para pressionar novamente a digital dela. O seu celular abriu, e por segurança eu entro em uma das cabines, indo para o campo de mensagens. E mando mensagem para a Laisa, a minha amiga enfermeira que me arranjou as bolsas de sangue para o Kent. Eu não posso meter nenhum dos quatro nisso, a Laisa é mais treinada e tem o que eu preciso. "SOS - Shell B." Eu mando-a a mensagem torcendo para que ela não esteja longe dele. "Que merda... Eu sabia que você ia-me contactar. Onde você está? O que precisa? Eu aviso a FBI, ou o Kaio?" Ela manda uma mensagem atrás da outra e eu sorrio. "Não avise ninguém, todos então sendo vigiados. "Eu estou na balada OAK, preciso de uma seringa e um isqueiro. "Consegue?" Eu lhe mando as mensagens. "Eu estou a trinta minutos daí." Ela responde e sorrio. "Perfeito, do lado externo no banheiro, coloque na janela. - eu falo observando a janela com grades aqui. - E eu pego." Eu lhe mando. "Está tão mau assim?" Ela questiona e eu sorrio e ela não sabe bem da metade. "Não quer que eu vá buscar a sua carteira, a sua arma?" Ela manda e eu inspiro fundo. Seria de mais valia, se eu pudesse. "Eu pedi a você porque você não está no radar deles, se você for a minha casa, eles seguirão você, com o que eu pedi eu me viro. E eu também não tenho onde colocar as outras coisas sem levantar nenhuma suspeita." Eu mando. "Entendido, estou a caminho. Eu ligo para esse número?" Ela questiona. "Eu controlo os minutos, eu roubei o celular por alguns minutos, preciso devolver para não causar tumulto assim que a dona sentir falta dele." Eu mando. "Ok, você está bem?" Ai, Laisa... "Estou, não se preocupe comigo, outra vez, não conte nada a ninguém." Eu mando. "Certo, vinte e oito minutos e estarei aí. Se cuide, amo você." Ela manda e eu sorrio. "Amo você." Eu mando e apago imediatamente as mensagens do celular da Nora, inspirando fundo aliviada e verifico a hora antes de voltar a colocar o celular dentro da minha bota. - Ah... - eu inspiro sentindo-me voltar ao normal. Tudo certo. Meio certo...
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