Capítulo 43

1692 Words
ELLA. Durante a arrumação do sofá, aproveitando que ele estava no closet, eu guardei a faca debaixo da minha almofada e me deitei. Não é tão desconfortável quanto achei que seria para um sofá de couro, mas com toda a certeza eu prefiro a minha cama. Eu olho para o teto arquitetando um plano na minha cabeça. Eu tiro a cabeça dele, e levo comigo quando der para fugir, para dar eu mesma para o Salvatore, esquartejo o resto do corpo, e como aqui não tenho acesso a nenhum produto para me livrar do cheiro de um cadáver em decomposição... Humn... aqui desconfiariam logo, se eu saísse com um lençol todo enrolado ou tapete. E eu não quero ser pega por eles, eu quero trazer o Salvatore até mim, e entregar o corpo do filho, que estará da mesma maneira que eu vi, ele deixar e depois fazer o mesmo, o triplo com ele e depois que o inferno cuide dele. Talvez eu coloque no quarto dele, ele deve ter vários inimigos, ele vai começar a desconfiar dos homens dele, porque aqui, eu me livrarei de qualquer coisa que me incrimine. Normalmente as mulheres querem que o filho dele faça outras coisas com elas, e não querem matá-lo, sem provas, ele não vai achar que eu não quero. Ótimo... Eu mato todos, um por um, mas logo a seguir para além da Clarisse, vai o cão de guarda para ir fazer companhia ao amigo. Eu desperto dos meus pensamentos quando vejo de soslaio, ele adentrar no quarto, e simplesmente diminuindo as luzes, mexendo no celular. - A cama é grande. - ele fala mais para provocar do que outra coisa e humn. - Faça bom proveito. - eu respondo-lhe, não fazendo questão alguma de levar o meu olhar até ele, que se senta e fica mexendo no iPad. Eu permaneço na mesma posição, olhando para o teto, e procurando formas de sumir daqui e ter o Don da máfia italiana nas minhas mãos e obviamente, controlando o sono desse i****a, que não parece ter tanto medo quanto o amigo dele. Ele deixou a geringonça na mesa de cabeça, e simplesmente adormeceu. Ele adormeceu como se nada fosse, e eu permaneci aqui deitada, com a minha raiva acumulada, por duas horas apenas para me certificar que ele está mesmo a dormir. Igual o pai dele fez com o meu, não foi a dormir e sim atacando sem aviso prévio. Melhor para acabar com isso, logo. Eu permaneci quieta, e sem sono algum por mais tempo, e ele parecia estar no último sono, o sono e a tranquilidade dele também me irritou tanto para mim foi a gota de água, e eu simplesmente levantei-me, retirando a faca de debaixo do travesseiro, e fui até ele, sentindo o meu coração acelerar. E o meu corpo endorfinado com o prazer de só pensar no que estou prestes a fazer com o filho da p**a que além de ousar me atacar, me ameaçar, também ameaçou os meus amigos, e ainda ousou se meter comigo, além de ser o filho daquele cafajeste. Eu fiquei sem pai, e ele... ficará sem o primogênito dele. Ainda vai morrer sem camisa. Os seus olhos fechados, o seu rosto até se torna vicioso de olhar quando ele está assim, quieto. Parada do lado da cama, com a minha raiva comandando o meu corpo, a minha faca foi para o seu pescoço, antes que eu pudesse penetrá-la na sua garganta, os seus belos olhos azuis, abrem calmamente, e no mesmo instante eu sinto o orifício de metal gelado de uma arma na minha têmpora, no exato momento em que repentinamente, eu senti a sua mão tomar a minha cintura e sem esforço algum, para alguém que supostamente estava dormindo, colocar-me por cima dele. O meu sangue começa a ferver, o meu corpo esquenta, o meu coração dispara confusa, e irritada com o pequeno sorriso no canto dos seus lábios, me observando. A minha respira fica rápida, e eu sinto o meu peito inflar. - Tire a arma. - eu falo pressionando mais a faca na pele do seu pescoço, e ele simplesmente não parece se importar. - Você primeiro. - ele diz com um sorriso no rosto. O meu coração falha duas batidas seguidas. Eu sinto o meu rosto e o meu corpo queimar ardentemente, e ele sorri. - Você me deseja tanto. - ele fala apertando ainda mais a minha cintura com a sua mão, mantendo-me por cima dele. Porra... - Eu odeio você. - eu falo mudando o ângulo da minha faca contra a sua pele e ele não parece nada alarmado como eu achei que ele ficaria, não tão alarmado quanto eu fiquei quando ele tomou os meus lábios nos seus. Surpresa e excitação, foram os sentimentos que tomaram o meu corpo e a reação dele foi completamente oposta ao que a minha cabeça gritava. O meu corpo literalmente enfraqueceu, e os meus olhos ameaçaram ignorar o quão surpresa eu fiquei, e fecharem sucumbindo-se ao contacto suave e sedoso nos seus lábios, que tomaram os meus com lascívia, meu rosto esquenta, minha cintura recebe arrepios indecentes, quando ele toma o meu lábio inferior da maneira mais pecaminosa que já experienciei na minha vida. O meu juízo que se perdeu por instantes, retornou quando senti a faca escapar dos meus dedos e o baque do metal batendo no chão, faz com que eu me afaste dele atordoada, confusa, e com mais raiva, a minha primeira reação foi levar a minha mão até ao seu lindo rosto, com toda a minha fúria. E completamente confusa comigo mesma. - O que você pensa que está fazendo? - eu questiono com raiva, confusa, me levantando ignorando a arma dele, e levando as minhas mãos até aos meus lábios os limpando. Não, não, não, não! - Por favor, não aja como se não quisesse, Ella. - ele diz sarcástico pegando na faca e girando entre os seus dedos e por alguma razão a temperatura do meu corpo subiu ainda mais. - Ewww… - eu falo limpando os meus lábios e corro para o banheiro para lavar o meu rosto, irritadíssima comigo mesma. Eu gostei… Eu não devia gostar de ter os lábios desse mafioso nos meus. Ou sentir todas essas coisas que eu nunca senti na vida, com ele. Para terem noção, eu só beijei alguém uma vez, uma e única vez, de tanto que a minha cabeça nunca esteve para nada disso, nada de namorados, absolutamente toda a minha vida girou em torno de outras coisas e ele não tem o direito de… Tocar em mim. Irritada comigo mesma, eu jogo água em mim, agressivamente. Onde você está com a cabeça, Ella? Que merda! Eu enxugo o meu rosto e inspiro fundo nem ousando me olhar no espelho e eu vejo ele sair do seu closet e passar um algodão no seu pescoço, porque embora não profundamente, eu o cortei. - Quer se explicar, Ella? - ele questiona, me observando casualmente e eu o encaro com toda a minha fúria. - Eu falei que eu não quero você tocando em mim. - eu rosno, de raiva, e ele me observa. - Tecnicamente, foi você quem tocou em mim primeiro, Ella. - ele diz num tom irônico que me faz sentir mais raiva de mim mesma por não penetrar a faca no pescoço dele de uma só vez. - Você é um grande cafajeste, filho da mãe. - eu falo com raiva. - Eu não quero que você toque em mim, não tem porque você tocar em mim, eu quero que fique distante de mim. - ele me observa enquanto eu literalmente surto. - Você fala como se não quisesse isso, Ella. Quem escuta você acha que realmente não quer e que parece um sacrifício, e eu sei que não é. - ele se acha tanto… - Eu também odeio você, Ella. - eu questiono-me por que razão. - Mas isso não significa que eu irei contra a minha palavra como fez há pouco tempo, Ella, não tem por que criar uma guerra que não vai dar em nada agora. - ele diz casualmente. - E nem motivo de mentir tanto para você mesma. - ele fala e eu olho para o teto inspirando fundo, procurando por paciência. - EU NÃO QUERO! - eu exclamo e ele me observa como se eu fosse uma alienígena em silêncio, ele desce o seu olhar em mim. - Alguém estuprou você? - ele me questiona como ele pensa tal coisa, os meus olhos até se arregalam de surpresa. - O que faz você pensar que eu teria sido estuprada? - eu questiono-o genuinamente confusa, tentando entender de onde ele tirou isso. - Essa seria a única explicação para agir desse jeito. - ele fala e eu suspiro, valha-me. - Você tem algum trauma, isso explicaria o porquê de me recusar desse jeito. - valha-me, ele consegue ser mais convencido do que eu achei. - Isso já era mais do que óbvio, mas você precisa de um psicólogo urgentemente. - eu falo olhando para ele. - Eu não quero você, porque eu odeio, eu detesto você, eu quero você e a sua família morta, Alexander. - eu pontuo. - Continuará sendo desejado pelas incontáveis mulheres que fazem questão de demonstrar isso, e eu não faço parte delas. - eu falo e vejo o seu maxilar travado com os seus olhos azuis me observando. De tanto ser aclamado por mulheres ele não consegue nem sequer aceitar uma rejeição e acha que é fruto de um trauma. Valha-me. - Eu não quero que encoste em mim. - eu pontuo caminhando até ao sofá novamente. - E o que faremos com a sua tentativa de assassinato, enquanto a sua vítima estava a dormir, Robin Hood? - ele questiona enquanto eu me deito. - Ore e agradeça por ainda ter a sua cabeça conectada ao seu corpo, isso obviamente se você souber fazer. - eu falo, me virando e dando as costas para ele, querendo enfiar-me dentro de um buraco. Por inúmeros motivos, mas o principal, pelo motivo mais errado de todos. Valha-me…
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