Alexander "Il Duce" Riina.
Uma guerra.
Foi isso que os Marconi começaram e pretendem continuar e algo precisa ser feito.
- Oh, ela é um pedaço de céu. - o Leonardo comenta quando entra no meu escritório referindo-se a Ella e eu sorrio.
Se ele dissesse do inferno, estaria mais do que correto.
- Com todo o respeito, irmãozinho. - ele diz indo para o bar servir um copo de whiskey.
É, ela tem uma aparência atraente aos olhos, isso é irrefutável, não se parece em nada com a Zanan, e isso com certeza é um ponto a mais.
- Eu estou curioso, onde a conheceu? Quem é ela? - o Leonardo questiona enquanto eu o observo se sentar.
- A Ella. - eu afirmo o encarando.
Uma assassina tendenciosa a uma serial killer, que adora brincar de justiceira, tentou atirar no Salvatore, é filha da Clarisse e meia-irmã do Stefano.
- Ela fez alguns trabalhos para a empresa, foi lá onde a conheci. - eu tento sanar a sua dúvida, pois já se foi a minha paciência para responder essas questões.
- Eu não conhecia essa. - ele comenta, me olhando sugestivo, e eu ocupo-me de tomar o whiskey. - A Natalie gostou dela. - ele comenta animado, sobre a noiva.
- Humn, isso é ótimo. - eu comento.
Eu não acho que ela queira fazer amizades por aqui.
É bem capaz que com uma mínima interação ela saia enojada no meio da conversa.
Com certeza ela trancou-se na casa de banho, apenas para lançar.
Para uma assassina ela é bem fraquinha com a digestão da realidade.
- Quando será o seu casamento, mesmo? - eu questiono-o e ele sorri.
- Agora que você finalmente casou e deixou o caminho livre para mim, só falta a palavra do Salvatore. - ele diz e eu sorrio.
Ele adora a Natalie, então a sua animação é perceptível.
- Espero que tenham o vosso bebê logo, porque por pouco o Stefano daria o primeiro neto ao senhor Riina. - ele diz e eu inspiro me levantando.
- Eu vou buscar a Ella para o almoço. - eu digo.
- Ela está com a nonna. - ele responde e oh, p***a.
Por que não vieram falar comigo antes?
- Vai passar pela iniciação. - ele fala sarcástico, enquanto eu me controlo para não ir até lá.
- Porque está nervoso? - ele questiona, me observando e eu inspiro fundo.
- Eu vou leva-lá. - eu falo fazendo menção de ir até lá, por que porras eu estaria? A ousadia dela, vai acabar com tudo isso num segundo.
- Oh, aqui está a minha bela cunhada. - os meus olhos encontram os dela, assim que o Leonardo fala, vindo para cá, seguida a distância pelos meus homens, e acompanhada pelo Gerardo.
De banho tomado, novamente...
Eu me questiono se o trauma foi tão grande, que ela precisou de outro banho num período de apenas uma hora.
Dessa vez não está com os cabelos molhados ao menos.
O seu olhar cintila enquanto abre um sorriso para o Leonardo.
O que não foi do meu agrado.
O que ela está a pensar?
Os seus lábios rosados deslizam pelo seu rosto num mínimo sorriso para ele.
ELA QUER MORRER?
- Estavam a procura de mim? - a sua voz soa num tom sarcástico com uma entonação angelical.
Demoníaca.
- O Alexander ia buscar você, ele ficou com receio de que estivesse perdida. - o Leonardo diz, enquanto ela levanta a sobrancelha minimamente, levando os seus olhos até mim.
- Eu estive acompanhada pelo Gerardo. - ela responde irônica. - E vocês têm vários seguranças dentro de casa, se eu me perdesse, eu questionaria a um deles. - ela responde toda sarcástica.
- Você não é autorizada a falar com nenhum deles, Ella. - eu respondo-a, pegando na sua mão, trazendo para perto de mim e eu observo o seu rosto corar subtilmente.
Humn, e ela reclamava por conta de uma só cama no quarto.
Você não é tão diferente das outras como diz, Robin Hood.
- Um segredo de cunhado para cunhada. - o Leonardo fala para ela que o observa atenta. - Ele é demasiado possessivo, até comigo. - ele fala e eu reviro os olhos exausto da pequena conversa dele com ela.
Em momento algum ela sorriu desse jeito, e isso está me deixando nervoso.
- Está na hora do almoço. - eu falo. - Onde estão todos? - eu questiono.
- Os seus pais já virão, o senhor Stefano e a senhorita Chiben já estão na sala de jantar. - o Gerardo fala e eu respiro fundo.
Eu não senti falta nenhuma de nada disso.
Muito menos de ver a cara desse filho da p**a.
- Com a vossa licença. - o Gerardo diz e após o meu sinal ele sai.
- Que merda aconteceu com o seu rosto, Jake? - o Leonardo questiona quando o vê entrar nesse corredor, e o sorriso maligno da pequena criatura ao meu lado, chama a nossa atenção, e o Jake a fulmina com o olhar.
- O Jake é demasiado desajeitado, ele bateu o nariz na porta do elevador, lá do hospital. - para quem estava a falar meia palavra, ela está a falar demais com o Leonardo, não?
- A porta do elevador fez essa desgraça com o seu rosto? - o Leonardo questiona intrigado e o Jake finge um sorriso sem graça, e eu não consigo conter o sorriso lembrando-me do soco que ele levou.
É mais forte do que eu.
Foi um belo soco.
- Foi um acidente. - o Jake fala e ela sorri abertamente.
O que se passa com ela?
- Ele estava distraído falando besteira. - ela fala sem filtro nenhum e basta.
- Eu vou para a cozinha. - o Jake diz ficando vermelho ao lado dela, e ela claramente está se divertindo com isso.
- Já conhecia o Jake, Ella? - o Leonardo a questiona enquanto eu a conduzo até a sala de jantar.
- Já. - ela o responde. - Nesses últimos dias ele fez papel do meu babá. - ela comenta e eu suspiro revirando os olhos, clamando por paciência.
Eu observo-a minuciosamente, tentando entender como a cabeça dela funciona, como ela realmente é.
A sua postura, intriga-me, desde o momento em que pousei os meus olhos nela.
Ela é intrigante e raramente algo ou alguém me intriga, principalmente alguém que eu quero morta.
Ela é estranha.
E eu detesto estranheza...
Eu detesto ela...
Eu detesto o que ela está a tentar fazer na minha frente...
Eu detesto que me provoquem e abusem da minha paciência.
Chegou a hora de colocá-la de volta ao lugar que veio pertencer por tempo limitado aqui.