Divine

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(Sul de Tóquio – 18 de Julho de 2012)

Com o fim do prazo fornecido por Lúcio, a missão dada a Rafael Santos deveria ser cumprida o mais rápido possível, fato que despertava uma grande agonia em seus pensamentos, que não conseguia imaginar sua vida como um eterno servo dos planos de Lúcio.

- É isso, devo cumprir minha missão, esse é o destino que escolhi pra mim.

Rafael estava muito desanimado com o cumprimento de sua missão, mas parecia que teria jeito, como ordenado, ele deveria enterrar diversos pergaminhos em pontos estratégicos, onde aos poucos se desenvolveriam e se tornariam essenciais nos planos ainda não revelados por Lúcio.

- Agora acabou, parece que agora só falta me despedi daquela garota. (Diz Rafael observando uma rosa branca)

(Enquanto isso na Catedral Kardia...)

Como prometido, Kardia foi ao encontro de Rosy, e mesmo já desconfiando do que se tratava, resolveu tratar a situação como uma grande surpresa.

- Olá.

Rosy estava distraída, então não conseguiu disfarçar sua tamanha amargura.

- Eu notei que está muito apreensiva, será que estou errada? (Diz Kardia lentamente)

- Você está certa, Por isso gostaria que me explica-se umas “coisas”.

- Coisas representam um universo indefinido, não se deve compara-las aos sentimentos.

- Eu não disse isso.

- Talvez não diretamente.

- Vejo que é impossível esconder algo, Principalmente de alguém que conhece a verdade nos corações dos outros.

- Isso mesmo.

As duas sentam na beira da cama de Rosy, e ainda muito apreensiva, Começa a compartilhar suas dúvidas.

- Desde criança, meus pais eram muito exigentes, e sempre diziam que eu deveria desconfiar de tudo o que as pessoas falavam, pois na verdade elas acabariam me traindo e roubando tudo que conquistei.

- Acho que isso explica o porquê que seu irmão é tão arrogante.

- Isso mesmo, por isso eu nunca o abandonarei, tenho certeza que no fundo, ele sonha com uma amizade verdadeira.

- Também acredito nesta possibilidade, mas parece que esse não é o assunto, estou certa?

- Sim, há alguns dias acabei me aproximando de um amigo, e acabei adorando sua amizade; Mesmo contra vontade, acabei me apegando ao jeito dele.

- Entendo, continue...

- Desde que me tornei uma guardiã, mesmo com a presença de meus novos colegas, um grande vazio domina meu espírito, mas parece que isso acaba quando fico ao lado dele, por isso estou com medo que meus pais estejam certos.

- O que seus pais falam é baseado no que a maioria das pessoas pratica, e de certa forma eles estão certos, mas como combateremos isso, se não erramos em nossas escolhas?

- Entendo.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Sim

- Quando você fica perto dessa pessoa, ele já deu a entender que está interessado na sua riqueza?

- Não, ele nem sabe que eu sou uma guardiã, ele parece tão bobo ás vezes, como uma criança aprendendo a andar.

- Então acho que você tem sorte.

- Por quê?

- Porque neste mundo ninguém tem coragem suficiente para se parecer bobo diante de alguém, Eu posso está errada, mas tenho certeza que a maioria das pessoas pensa da mesma forma.

- Tem razão (Diz Rosy indiferente)

Kardia nota a grande tristeza tanto nas palavras, quanto no coração de Rosy, quando resolve se aproximar, e tocando levemente em seu rosto, diz transmitindo muita paz:

- Sinto a tristeza sem seu coração, o que está acontecendo?, Não gosto de vê a garota mais carismática da catedral assim.

- Acho que cometi um grande erro, por isso minha mente está me obrigando a recusar esta sensação, enquanto uma “Outra força” está me dizendo exatamente ao contrário.

- Não tenho nenhum direito em definir o que você está sentindo, mas acho que devo lhe dizer, que deve seguir exatamente o contrário do que sua mente deseja.

Rosy sente-se transformada com as palavras de Kardia, e já decidida de suas futuras ações, resolve se despedi, e sai correndo com um vago sorriso em seu rosto.

- Que estranho, parece que sou útil como jamais fui antes. (Diz Kardia com grande sorriso)

(Enquanto isso na Masmorra de Loan...)

Lúcio estava satisfeito com o sucesso da missão de Rafael, quando é interrompido por Alejandro.

- Ei Lúcio, fiquei sabendo que vou lutar, quando vou ter esse prazer? (Diz Alejandro rindo a toa)

- Não é certo atrapalhar os pensamentos de alguém, principalmente quando esse alguém sou eu.

- Qual é, não precisa se estressar, só vim fazer uma pergunta.

- Está certo, você tem razão, mas repúdio esse seu jeito, mesmo sendo um senhor do inferno, você age como se fosse um reles “Elion”. (Diz Lúcio com um jeito assustador e nada satisfeito)

- Me perdoa, sou assim desde sempre.

- Tudo bem; Bom, em relação a sua pergunta, digo que não falta muito.

- Como assim?

- Enviei um elkon para uma missão importante, e parece que ele cumpriu com sucesso, então os enviarei como o próximo grupo invasor.

- O quê?, Você vai enviar o elkon mais forte, que história é essa?, Isso vai contra nossos planos.

- Calado, suas dúvidas são desnecessárias, se eu estou enviando o mais forte, significa que tenho grandes motivos pra isso. (Diz Lúcio com a voz alterada)

- Sim, me perdoe.

- Escute bem, você e mais três elkons, incluindo o número 01, irão invadi os quatro cantos do mundo, sua missão é exatamente essa, agora se retire e espere o Rafael voltar.

- Entendido. (Diz Alejandro se retirando)

Mesmo insatisfeito com a atitude de Alejandro, Lúcio retorna á seu trono, e com um jeito bem mórbido, comenta em seus pensamentos:

- Não vejo a hora de testar meu plano, se tudo der certo, terei o pleno poder para realçar meus objetivos.

(Vago Sorriso...)

(Enquanto isso numa sorveteria no Sul de Tóquio...)

Rafael aguardava Rosy sem o menor interesse em se despedir, mas ele estava ciente que aquela amizade não teria futuro, por isso elaborou as palavras certas diante de seu triste destino.

- Não entendo, quando me tornei um elkon acreditei que seria apenas uma ferramenta de guerra, mas os últimos acontecimentos contrariam esse pensamento, o que isso significa? (Diz Rafael em seus pensamentos)

Tempo depois, Rosy finalmente chega ao encontro marcado...

- Olá?

- Que bom que chegou, preciso falar algo importante.

- Eu também.

- Que tal conversarmos em lugar mais calmo? (Sugere Rafael)

- Tudo bem, que tal á praia?

- Como quiser.

Ambos começam a ir em direção ao local combinado, e ainda com muitas dúvidas, resolvem ainda não demonstrar o que estavam sentindo, pelo menos até o momento em que compartilhariam suas decisões.

Continua no próximo Episódio...