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1327 Words
O tédio estava me matando, cuidar de bancos lavanderia do meu tio não era nada fácil, odeio negociar com fiscais barrigudos e com uma pizza debaixo do braço. Minha mãe percebia minha desaminação com o trabalho, mas agora ela finge ignorar, o que é bem mais irritante do que quando ela se importava. - seu tio avisou que vai ter uma festa da sociedade alta para um sheikh que chegou por ai, seu tio quer rondar a situação, ele quer você vá. - melhor do que ficar no escritório, só lamento não ter companhia - digo dando uma sutil indireta. - eu não vou, leve alguma das prostitutas que você sai - mães, sempre criticando. Eu até poderia fingir que ela era minha namorada, ela não parece ser muito mais velha que eu. - está ai o problema, são prostitutas. - procure uma mulher na festa. - só vai ter um bando de modelos sanguessugas mentirosas, odeio mulheres que forjam orgasmos, e essas são as mulheres que estão lá. Eu sei bem como fazer uma mulher ter orgasmos, por isso sei bem quando estão mentindo. Meu fumar caro e meu sorriso bonito pouco importava para as alpinistas sociais daqui, eu não sou um rico famoso, por isso não sou interessante, quando meu tio chegar com a esposa.  Elas vão grudar em mim como abelha no mel, não gosto de vadias por um dia, eu sou o maior reverenciador da beleza feminina, por isso uma noite não basta para mim, talvez eu fosse um cavalheiro se não fosse criado do jeito que fui. Na etapa ao qual eu estava em minha vida, o luxo se tornado tão tedioso, nem minhas abotoadoras de prata e diamantes que eram do meu avô me fazem sorrir, eu era um infeliz que não podia demonstrar isso, nós somos os piores. No meio de um bando de dançarinos, gordos, modelos alpinistas e esposas anteriores, havia um belo alvo ... Com belos lábios, a primeira coisa que olho com prazer em uma mulher esta noite, ela é jovem mas eu não sou geriatra pra gostar de velha, o decote sutil mas excitante em um vestido vermelho na altura do joelho.  Ela seria perfeita para ser mostrada a alta sociedade, a postura e o nariz em pé davam a ela um ar de nobre, talvez eu acerte, tem alguns príncipes e princesas por aqui, se têm uma coisa que Paris sabe é ser graciosa. Fui até ela devagar, mesmo querendo correr atrás dela, mas tinha que mostrar um pouco de educação, os cabelos negros balançando no ar. - olá - o sorriso dela é simples, mas senti espasmos musculares onde o sol não pega, essa mulher vai me fazer ... fazer coisas que não vou me orgulhar depois. - olá - o sotaque de cara deu para ver que não era uma francesa, muito menos italiana, um italiano conhece o outro. - deixa eu adivinhar ... Turca? - libanesa, de Beirute - tá legal eu nunca iria adivinhar, esse povo do oriente médio andam sem véu? Quer dizer, parte da Turquia é do Oriente Médio mas eles são mais liberais. - eu nunca iria adivinhar - admito e estendo a mão para ela, tomara que a religião religiosa não acabe no véu - dança comigo? - porque não? - ela pega a minha mão.  Ela dança bem, não bem porque sabe dançar, bem porque já fez aulas de dança. - onde aprendeu a dançar tão bem? - pergunto me esforçando pra fazer bonito.  - gosto de dançar, faço aulas de dança, é bom pra manter a forma. - depois dessa, acho que vou fazer aulas de dança, é só me dar o endereço da sua acadêmia - um jogo para trás e ela se curva para que eu a correr em meus braços. Eu até cheguei perto para ver se rolava um beijo, mas ela se virou e pegou em minha mão. - curto dificilmente - digo olhando em seus olhos e depois sussurrando em seu ouvido - o que ou quanto você quer? - quero sua cabeça ... Em uma bandeja de prata - uma expressão dela era assustadora no começo mas ela gargalhou em alguns minutos. - tudo por você meu amor - a voz do garoto atrás de mim era incomum, além de espinhas no rosto e os olhos verdes, o fumo desconhecido para mim, talvez de algum estilista famoso, os anéis de ouro puro e a cara de filhinho do papai era o alerta de que eu estava a frente a frente com um pirralho muito, muito rico. - finalmente você voltou querido! Este é o meu marido Amin, Amin esse é o?  - Zenon, você é o xeque, não é? - ela é cara, muito cara, mulher de um xeque pirralho. - eles me consideram, eu gosto de lidar com o petróleo e tenho um pai sheikh, acho que sim - ele puxa a sua mulher para seu lado, ele parecia civilizado demais para brigar aqui comigo. - o que está acontecendo! Nunca vi um sheikh deixar uma de suas esposas sem véu. - na verdade eu só tenho uma esposa, e ela pode o que quiser - ela o tratava com carinho de verdade, parecia que o nerdiota era bom de cama, surpreendente. ____________________________________ - dá pra parar de babar, ela só olha pro esquisito - Rubén sabia como ser c***l, acabou de chegar com meu tio e já provou a situação. - isso que dá não ser um xeque - com os olhos vidrados eu ironiso. - talvez, talvez ela só goste dele e ele dela, na verdade é o que parece - que comentário ridículo! - amor foi uma coisa que os homens inventaram para as mulheres abrir as pernas mais rápido, e que as mulheres fingem que acreditam para os homens abrir as carteiras mais rápido. - cara, você é muito pra baixo - eu sei que sou. - tudo é uma questão de capitalismo, alguns querem o poder como meu tio mas precisa de capital pra isso. - Talvez eu só esteja sofrendo com o fora que nível, eu só estou obcecado em uma mulher que nunca vou ter, aquele filho da p**a deve enricar todos os dias com seus famosos poços de petróleo. Dias Atuais A Roda fazer Ônibus roda roda roda roda Aquela música havia me irritado há hum bom tempo, Ela vai Sair Hoje, Não Há O Que se preocupar, eu estou me Virando, eu sempre vou me virar. - quando ela sai? - pergunto pela milésima vez ao meu advogado.          - eu já disse, um dos queridinhos do presidente estadunidense está mantendo ela lá, não me pergunte o porquê mas ele não está a maltratando. Eu conheço a Ayisha, ela já teria dado um jeito de mata-lo. - isso não faz do lugar menos perigoso. - ninguém vai descobrir nada - infelizmente fica caro ter que esconder o corpo desse escroto. - m***a! ELA MATA TERRORISTAS! ACHA MESMO QUE NINGUÉM VAI DESCONFIAR?! - meu grito não acalmou minha frustração. - você sabe que a maioria deles diz terroristas ou são acusados de terrorismo são inocentes - ele ignora o meu grito, como ignora o mundo.  Stanley só gosta de uma coisa e se chama dinheiro. - esses seus filhos não podem abaixar essa cantiga irritante? - eu não tenho tanta autoridade. - admito.  - chega a ser irônico um homem que ganha PIB de alguns países em um mês, não é o chefe na sua casa. - seria irônico eu arrancar a cabeça do melhor advogado repulsivo da França - o sorriso dele sumiu na hora e o meu se iluminou, covarde de m***a! - se eu morrer várias provas contra você vão aparecer. - isso não me reprime, você é um fraco. - eu sei, mas faço falta. - essa é sua sorte. Eu preciso de um cigarro, mas prometi que não ia fumar, que eu não iria enfraquecer novamente, e aqui estou eu olhando mais uma vez pra aqueles dois pequenos, procurando sua mãe.
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