Capítulo 5

997 Words
Rafaela narrando Felipe: Abre aqui Rafa.- Bateu na porta. Rafaela: Não vou abrir nada! - Gritei. Felipe: Eu tava trabalhando Rafaela, isso não se faz. Rafaela: Tava trabalhando o caralh*! Seu mentiroso. Felipe: Rafaela, isso não se faz. - Bateu com mais força na porta. Rafaela: Você quer ver que não mesmo? Felipe: Eu vou arrombar. Rafaela: Se você fizer isso, é simples, eu largo minhas coisas e vou embora. Felipe: Rafaela essa casa também é minha. Rafaela: Fod*-se, hoje você vai dormir para fora e pronto. Felipe: Pô cara, eu não tô brincando, demorei mas foi sem querer, e pelo menos vim. Rafaela: Felipe você deu sua palavra que SEIS HORAS DA TARDE ESTARIA AQUI, VOCÊ SABE QUE HORAS SÃO AGORA? AH, VOCÊ NÃO DEVE SABER, MAS EU REFRESCO SUA MEMÓRIA DIZENDO QUE SÃO ONZE HORAS DA NOITE. Felipe: Eu sei que eu vacilei, pô. Rafaela: Não Felipe, você não sabe. Felipe: Foi mauzão, papo reto. Abre aqui para a gente conversar, po Rafaela: Não vou abrir nada, já falei Felipe. Felipe: Por que não, cara? Se eu sair daqui tu vai ficar mais put* que eu sei… Qual é o nexo, cara? Rafaela: Nexo nenhum, tem razão. Só não quero você perto de mim. Felipe: Tu tem certeza? Certeza absoluta do que você tá falando Rafaela? Respirei fundo tentando me controlar. Felipe me fez passar uma raiva danada hoje, eu nem sei explicar… Eu odeio que me deixem na mão, e ele sabe disso, mas parece que não está ligando muito. Ele sempre se esforçou para não me tirar do sério, ele sempre se esforçou para não fazer nada de errado, mas parece que de uns dias para cá tá tudo estranho… Felipe: Coe Rafaela, isso é sério mesmo? - Revirei os olhos e levantei da cama. Destranquei a porta e voltei para a cama. Em seguida escutei o barulho dele entrando. Ele foi até a cozinha e mexeu em algumas coisas, depois tomou um copo de água da torneira e veio até o quarto. Felipe: Mô, vamos conversar? Rafaela: Não quero, Felipe. Felipe: Rafa, por favor vai… Rafaela: Não tô afim, só isso. Felipe: Mas eu tô te pedindo na moral, pô. Rafaela: Problema seu! Hoje eu não quero e ponto. Se você quiser amanhã a gente conversa e coloca as cartas na mesa, caso contrário não. Felipe: Posso acender aqui? - Colocou a mão na luz e acendeu a mesma na hora. Olhei para o rosto dele e arregalei os olhos na hora. Sentei na cama e respirei bufando de raiva ao enxergar melhor e ver que realmente era o que parecia. Rafaela: Felipe, vem aqui. Felipe: O que foi? - Se aproximou de mim. Rafaela: Seu desgraçad*! Você estava cheirando pó, seu filho de uma put*!!! Felipe: Não tava não amor… - Falou gaguejando. A ponta do nariz dele estava suja de pó, e as pupilas dilatadas entregavam que aquilo não era farinha de trigo. Não sei se estou sentindo uma put* raiva ou se estou completamente decepcionada com ele por causa disso. Sério cara, ele sempre odiou esse tipo de coisa e sempre criticou todo mundo que usava. Que desnecessário! De verdade, não sei se ele tá fazendo isso para chamar atenção, mas é completamente ridículo. Rafaela: Eu não tô acreditando nisso. - Esfreguei a palma da mão na testa e levantei na mesma altura que ele. Felipe: Eu não tava fazendo nada demais, qual é Rafaela, não vem querer cortar minha brisa agora. Rafaela: Cortar sua brisa? Vai tomar no seu c*! - Depositei um tapa com tudo na cara dele. - Filho da put*! Eu aqui te esperando e você enchendo o r**o de cocaina? Tá de brincadeira com a minha cara Felipe? Felipe: Você é louca, porr*? Tu acabou de me dar um tapa na cara, você tá me tirando? Rafaela: Não tô tirando não, e se continuar assim eu vou te dar outro! Você merece! Felipe: Na moral, tô vazando. - Se virou para sair, mas eu segurei o braço dele. - Me solta, na moral. Rafaela: Negativo, não vou soltar ninguém, e você também não vai sair é muito menos vazar para lugar nenhum! Você vai sentar a porr* da b***a nessa cama e a gente vai conversar. Felipe: Quem não quer conversar agora sou eu, ué. Rafaela: Você não tem escolha Felipe, agora não. - Apontei o dedo para a cama e ele sentou na mesma me encarando. Felipe: Fala, Rafaela, fala. Rafaela: Eu falar??? Cadê o Felipe, caralh*? Felipe: Acho que quem deve ter cheirado é você, por que não tá vendo que eu tô bem na sua frente. Rafaela: Eu não tô para gracinhas, acorda. Felipe: Tá bom ué… Rafaela: O que tá acontecendo com você? Você nunca foi disso Felipe… Você sempre odiou tudo envolvido a isso, o que tá acontecendo? Você tá precisando de ajuda em alguma coisa? Eu só quero que você fale comigo e me dê um motivo para tudo isso… Voce já não é o mesmo e tem um tempo, eu não consigo te entender… Fala comigo. Felipe: Rafaela, você tá viajando, papo reto. Rafaela: Me leva a sério, por favor. - Ele torceu os lábios, me encarou por um tempo e respirou fundo. Felipe: Rafa, eu te amo. De verdade, te amo muito. Mas tu tá levando coisa muito boba ao pé da letra… Isso aqui é só quando eu tenho muito estresse no serviço, para aliviar a pressão eu dou um teço e fico suavão, pô. Não é nada que tu tenha que se preocupar, pode acreditar, pô. Rafaela: Todos falam a mesma coisa e depois de um tempo estão caindo nas esquinas por causa do vício. Felipe: Nao é assim, pode ter certeza que não. Rafaela: Tem certeza? Ah então eu queria cheirar com você. - Ele franziu o cenho na hora. Felipe: Lógico que nao, ficou maluca? Rafaela: Já que não tem problema, eu quero cheirar com você. Felipe: Ja falei que nao, Rafaela.
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