“JULIANO”
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Eu não sei o sentimento que me domina nesse exato momento, uma sensação de vazio, e apesar de tudo, parece que vou explodir. É a segunda paciente que perco e não esta sendo nada mais fácil desta vez, como da primeira vez eu me sinto péssimo. Me sinto impotente, sinto raiva.
- Juliano? – um dos meus colegas de trabalho e diretor do hospital Ricardo entra no acolhimento medico.
- Oi Ricardo.
- Esta tudo bem? – ele se senta ao meu lado, apenas faço sinal de positivo – Eu sei que é sempre horrível perder um paciente, ha quem diga que vai ficar mais fácil, na minha opinião nunca melhora, nunca fica fácil de verdade. Então por que não vai para casa descansar, falta só umas quatro horas para acabar o seu plantão mesmo.
- Obrigado Ricardo, acho que eu preciso mesmo disso. - Ele põe suas mãos sobre meus ombros e depois sai sem dizer mais nada. - Tomo um banho rápido no vestiário e saio do hospital o mais rápido possível.
Estava dirigindo sem a menor vontade de ir embora para minha própria casa, eu não queria ficar sozinho. Talvez eu deva chamar Isadora para jantar, sei lá? Não melhor não, seria uma péssima companhia hoje, vejo um barzinho do outro lado da esquina assim que paro no sinal. É isso que estou precisando, beber. beber bastante.
Isadora atendeu o telefone logo no segundo toque, eu sempre ligo para ela, para desejar boa noite, desde que a conheci faria isso todas as noites pessoalmente agarradinhos juntos na nossa cama mas ela já me deixou bem claro de que quer ser apenas minha amiga. odeio o fato de sermos só amigos, mais respeito o seu tempo.
Inicialmente pensei em me afastar, mas meu coração não pode suportar a distância, e quando ela me procurava para conversar e até mesmo para desabafar eu sempre estava lá com um ombro amigo. muitas das vezes sempre queria algo mais. mas entendi que não era o momento dela.
Depois que me despedi de Dora entro no bar e logo peço duas doses de tequila e uma de whisky as tequilas vão uma atrás da outra sem tempo para respiração.
- Boa note gatinho, Perdido? Nunca te vi por aqui. – uma ruiva de peit*os salientes se aproxima. Seu vestido de onça tomara que caia era tão curto que provavelmente se passava por uma blusa ao olhos de Isadora. O que? Mas por que eu pensei em Isadora agora. Que porr@!
- Boa noite. Pois é, primeira vez no local, tão obvio assim?
- Frequentadora constante! Me paga uma bebida? – essa atitude também não seria típica de Dora. Merda! Merda! Juliano esquece Isadora, ela só quer ser sua amiga. Ela faz questão de deixar isso bem Claro, então esquece ela por hora.
- Claro.
- Um martini querido, por favor... – ela pede ao garçom. – Então que bons ventos o trás aqui? - o garçom entrega sua bebida e ela toma um gole.
- Estou precisando relaxar um pouco. – eu continuo sentado virado para a frente do balcão, ela estava sentada ao meu lado, alisando minha perna, sua mão subindo cada vez mais.
- Eu posso te fazer relaxar muito gatinho. – sua mão chegou até minha ereção. – Que tal irmos à um local mas sossegado?
- Adorei a ideia, moro aqui perto, tudo bem?
- Claro gatinho! - acabamos no meu apartamento.
- Entre, pode ficar a vontade é? Desculpe não perguntei o seu nome.
- Moly.
- Então Moly eu sou Juliano.
- Eu prefiro gatinho se não se importar.
- Tudo bem. Bebe algo?
- Não agora. Que tal partirmos para a parte mais interessante.
Moly já arranca seu vestido, ela não estava usando nada por baixo dele, seu corpo era muito bonito seus s***s fartos eram bem redondinho e logo me imaginei ali no meio deles em uma espanhola bem gostosa gozando na sua boca. Arranco minha roupa também para facilitar o trabalho.
- Ual! Acho que me dei bem essa noite em gatinho, ou seria gatão – sua frase e nada excitante, mas também não chega a ser broxante só tenho que manter ela de boca fechada, por que ela era até gostosa, mas tinha uma voz enjoada, nada parecida com a voz de... O que? Não! De novo não, p***a Juliano esquece Isadora.
Ela desce a mão massageando meu amiguinho aqui com muita vontade, seu vai e vem estava tão bom que eu quase chego ao meu orgasmo nas suas mãos mesmo.
Colo nossas bocas em um beijo apressado, seu beijo era bom, ela passa as mãos no meu pescoço e eu a suspendo caminho com ela para o quarto de hospedes, jamais levo mulheres para minha cama. Meu quarto. Como não recebo muitas pessoas deixo um dos dois quartos de hóspedes que tenho para levar as mulheres com quem me relaciono.
O criado mudo ao lado da cama já vivia cheio de camisinhas abro a gaveta e retiro uma, a colocando imediatamente, abro bem suas pernas com meus joelhos e a penetro de uma vez só rápido e duro.
- Aí gatinho que delícia! Hum... Har! – ela gemia descontroladamente em quanto eu socava com forca dentro dela – Isso gostoso, vai mais fundo isso! Har...aí!
Me levanto por alguns segundos para a por de quatro, me arremessando para dentro sem piedade. - Isso gostosa empina bem essa b***a. – dou dois tapas um de cada lado.
- Há! – junto seus longos cabelos ruivos, levo meus dedos bem no seu coro cabeludo puxando sua cabeça para trás.
- Gostosa... – estávamos prestes a gozar quando a merda da minha campainha começa a tocar. Eu vou matar o sr. Adolfo como ele deixa alguém passar sem me avisar. Continuo o meu vai e vem em Moly, não queria atender ninguém agora.
E a pessoa insistente não parava de tocar a companhia, quem será esse louco insistente. Só pode ser alguém do prédio, ou... Não Isadora não pode ser, apesar de ser a única a ter livre acesso fora minha mãe, o porteiro sem sombra de dúvidas deixaria uma das duas entrarem.
- Merda, vou ter que ver quem é. – pego uma toalha e enrolo na cintura.
- Volta logo em gatinho.
- Não sai daí.
Quando eu abro a porta meu coração quase para, não acredito que é ela, Isadora parada linda na minha porta com um vestido vermelho sexy toda sorridente.
Minha cabeça vai a mil, ela não pode ver a Moly aqui eu não posso permitir isso, eu sei que não temos nada, mas não me sinto confortável com essa situação.
- Isadora? – mau consigo pronunciar seu nome.
- Bom você disse que não estava bem, então achei que seria bom conversar um pouco. Posso entrar ?
- Er... – minha voz não sai. Não posso chamar ela para entrar.
- Eu sei que você queria ficar sozinho, mas eu trouxe pizza, sorvete de chocolate e vinho.
- Dora. Er...
- Quem é Gatinho? Você não vai voltar para cama não. – infelizmente Moly não fica no quarto como sugeri. O sorriso no rosto de Dora se vai, ela fica sem jeito.
- Me desculpe achei que queria ficar sozinho. – ela diz sem jeito, e logo se vira em direção ao elevador.
- Quem é ela? – Moly se pendura no meu ombro.
- Eu não sou ninguém, desculpe incomodar. - Dora responde chateada e logo sai quase que correndo.
Merda! Merda! Eu sei que não devo nada a ela mais não queria que ela me visse assim com alguém, eu sou um i****a, como posso dizer que à amo depois disso.
- Isadora! Espera, vamos conversar. – saio de toalha mesmo, atrás dela.
- Não temos nada para conversar Juliano, eu sou só sua amiga esqueceu? Não sou sua namorada nem nada do tipo. – o elevador chega, mas eu seguro seu braço.
- Não encosta em mim! – vejo uma lágrima no seu olho – Isso e nojento, vai saber onde suas mãos estavam a poucos minutos. – ela tenta disfarçar, dando um sorriso forçado.
Afasto minhas mãos, não esperava por essa reação dela. Só tem um motivo para ter ficado tão irritada assim. Ela sente alguma coisa também.
- Me desculpe... – não sei exatamente o por que me desculpar. Mas sei que a magoei.
- Eu não me importo Juliano! – ela praticamente me joga a pizza e as sacolas com vinho e sorvete – É de marguerita sua preferida, bom apetite.
Ela entra no elevador de costas mesmo sem se dar o trabalho de me encarar novamente. Eu sou um maldito i****a. Mas agora depois disso sei que ela sente alguma coisa também, essa reação não é de uma simples amiga. Ela se importa sim.
- Se não se importa, por que esta chorando?
Nenhuma resposta vem e as portas do elevador se fecham, fico ali parado tentando assimilar por alguns segundos o que acabou de acontecer.
Volto para o meu apartamento, Moly estava sentada no sofá, com um copo de whisky na mão brincando com o gelo.
- Ex? – ela pergunta.
- Não, só uma amiga mesmo.
- Nossa, ela sabe que é só sua amiga? Apaixonada desse jeito, acho que ela quer ser mais que isso.
Analiso as palavras de Moly, será mesmo? Será que Isadora realmente me ama? Não, não seria possível ela sempre diz que somos apenas amigos que não quer me perder, arriscando uma relação que não daria certo.
- Que tal voltarmos para onde estávamos gatinho.
- Não me leve a m*l Moly, mas eu não estou com cabeça para continuarmos...
- Há não gatinho, não quero ir embora. – ela vem toda manhosa se esfregando no meu corpo.
- Eu sinto muito, mas não vai rolar mesmo. – afasto ela.
- Hum... Tá OKAY! Pelo jeito não é só a amiguinha que é a apaixonada aqui. – ela começa a recolher sua roupa sapatos e bolsa, se vestindo rápido – Bom. Se algum dia quiser repetir a dose, ou no caso terminar, e só me ligar. – ela deposita um beijo gasto em meus lábios – Deixei meu número ali, Tchau gatinho.
Pego meu celular e tento falar com Dora, ligo cinco vezes e todas elas caem na caixa postal, depois começa a dar desligado.
Merda! Que inferno! Isadora por que você tinha que ter vindo até aqui? Deixa de ser i****a de novo Juliano, ela estava preocupada com você, seu burro.
Desisto de tentar falar com ela, e vou tomar um banho. A única coisa que quero agora é cair na cama e dormir, amanhã é ultimo plantão antes das minhas férias, quero estar descansado.
Ainda tem o casamento do Alex e da Belle, que felizmente foi convidado para ser padrinho, vai ser daqui a dois dias. É engraçado como as coisas mudam, Alex e eu éramos tão próximos antes do acidente que matou seu irmão Heitor, sua cunhada Marisa, e seus sobrinhos a pequena Charlotte e o Bebê que ainda não havia nem nascido, Benjamin, eu cheguei a ser convidado para ser padrinho dele. Minha mãe era madrinha de Heitor, e a mãe deles é minha madrinha.
Senti muito a perda deles, não tanto como Alex e Nik, mas sofri, o pior de tudo foi quando Alex se trancou no seu mundo, e não quis mais contato com ninguém, minha mãe vivia falando que eu tinha que me aproximar dele tentar conversar, mas era praticamente impossível já que ele não permitia toda e qualquer forma de aproximação de tudo que o fizesse lembra Heitor e sua família.
Foi uma grande surpresa quando soube que ele iria se casar, e maior ainda quando minha mãe disse que ele estava apaixonado de verdade por ela, agora retomamos nosso contato e fico feliz em dizer que a nossa antiga amizade esta voltando e crescendo a cada dia mais.
Depois de acabar meu banho desligo as luzes e me deito nu mesmo. logo caí no sono.