Francisca – Parte 1
Eu sei que não deveria ter feito aquilo, ainda mais pelos motivos que achei que eram completamente certos para mim naquela hora, eu só queria mesmo ter a certeza de que a minha menina ia ser feliz e não ficar presa a uma família que não tem a mínima condição de dar aquilo que ela merecia
O Jorge sempre foi o amor da minha vida, mas nunca pode ficar do meu lado, e por isso eu tive que acabar aceitando o derrotado do Luciano, um cara que nunca teve perspectiva de vida, que nunca sonhou alto, mas que me serviu no meu momento de desespero, quando tudo à minha frente me mostrava que eu seria a estampa da vergonha
A família do meu amado jamais permitiria que um cara boa pinta, que podia conseguir qualquer mulher, ficasse com uma simples empregada doméstica, aquela que não sabia se vestir, que tinha calos nas mãos por ter que ficar passando o dia batendo roupas na mão, lavando louça mesmo que as casas por onde eu passei tivessem máquinas para fazer isso
Eu tive o azar de ser aceita em casas que os patrões gostavam das coisas manuais e não acreditavam muito na eficiência da tecnologia ou era coisa de me manter presa naquilo que eles me mandavam fazer mesmo
O Jorge era meu sonho dourado, o homem que eu sempre quis que me aceitasse como mulher, mas o destino não quis assim
Eu me lembro muito bem do dia em que a Joaquina chegou em sua casa, toda trajada com aquele vestido de tecido fino e olhando apaixonadamente para o homem que deveria ser meu. Eu não era funcionária da sua casa não, mesmo porque, eles não tinham tanta condição como gostavam de aparentar, era mais uma coisa de mostrar para os outros e por conta disso conseguir um casamento muito lucrativo, e aí sim, ter a vida que desejavam
A Joaquina era filha de banqueiro, o mesmo que ofereceu um emprego super valorizado para o Jorge dentro do banco, porque pelo menos isso ele tinha, o cara fez das tripas coração para poder se formar na faculdade de Administração e até fez estágio no banco, chamou a atenção do gerente geral e também da sua filha, a mulher que estava ali, bem na sua frente
Mas como eu ia dizendo, eu não trabalhava na casa deles, afinal, nem para isso os Ferraz tinham muita condição, era uma empregada só, no caso, a minha tia Maria, mas a bichinha já estava velha e eu me sentia culpada de ficar em casa vendo ela se matar de trabalhar só para poder garantir a comida sabe, então, de final de semana, quando ela não tinha a sua folga de direito, eu ia ajudar
Linda, a Joaquina era uma moça muito linda, delicada, alva como a neve, com seus cabelos castanhos claros todo trançado, um batom discreto na boca, só para dar brilho mesmo, seu vestido longo e florido, ela realmente era a mulher mais linda que eu tinha visto, mas, mais que admiração, eu senti ódio dela, senti ódio por ela ter dinheiro e por causa disso, o Jorge a escolher ao invés de mim
Foi por isso que eu cometi aquela loucura, eu achei que se fizesse aquilo ele ficaria comigo e não com a Joaquina
Flashback on
Francisca – A sua noite é realmente linda Jorge
Jorge – É só um meio para um fim, você também é muito linda, sabe disso, a coisa é que eu não posso ficar contigo, preciso pensar no meu futuro, você entende não é?
Francisca – Lógico que eu entendo, mas queria que fosse diferente
Naquele dia eu fiz questão de inventar uma desculpa para poder ir limpar o escritório da casa, que diga-se de passagem, eu já tinha deixado mais que limpo, só que eu vi o Jorge entrando ali, ainda vestido com sua roupa social, eu sabia que ele tinha o costume de tomar uma dose de whisky todas as vezes que queria parar para pensar, então fui ao seu encontro
O lugar era amplo, com aqueles móveis antigos de madeira maciça, mas de cor clara, a dona Miriam gostava das coisas muito bem apresentáveis e caras, mesmo não tendo essa pompa toda para comprar, quantas vezes eu ouvi o seu Ronaldo falar que ela estava abrindo a mão demais e que não teriam dinheiro para chegar até o final do mês por conta daqueles caprichos e olha que eu só vinha na casa poucas vezes e no final de semana
O tapete era persa, acho que foi isso que ele falou quando nós acabamos transando ali, bem em cima daquele tecido, atrás da mesa que ficava no fundo do cômodo, disposta bem no meio, entre as duas paredes, tinha uma estante cheia de livros, o seu Ronaldo usava aquilo para trabalhar, eram de Direito
Ainda tinha mais um barzinho particular do lado da mesa do escritório e dois sofás, um em cada parede lateral, do mesmo material da mesa, todo acolchoado, para as visitas e o Jorge estava lá, esparramado na cadeira atrás da mesa, com a cabeça virada para o teto, parecia até que eu nem estava ali e que a resposta vinha no automático
Francisca – Você está bem Jorge?
Jorge – Só pensando...
Francisca – Sei... eu sei no que você está pensando, quem sabe eu não consiga te fazer esquecer essa história pelo menos um pouquinho
Nos dias em que eu tinha que estar na sua casa, a dona Miriam me fazia usar aqueles uniformes ridículos que ela comprava para a minha tia, aqueles que as empregadas das novelas usavam sabe, ela achava chique, então, eu fui em direção a ele, jã levantando a minha saia e mostrando a minha calcinha de renda que eu deixava guardada só para usar quando eu ia para a sua casa
No mesmo momento ele já virou a sua cabeça para me encontrar e tudo porque sabia o que ia acontecer
Pensa em um homem bonito, era por isso que as coisas simplesmente caíam ao seus pés, como eu... ele era alto, magro, mas com os músculos moldados ao corpo, moreno claro, cabelos lisos encaracolados, mas cortados um pouco curto, seus olhos eram castanhos claros, mas eu tinha certeza que quando ele estava comigo, se acabando em prazer, eles ganhavam um tom mais escuros, só para me mostrar o tanto que ele queria
Naquela hora ele se ajeitou na cadeira, colocou seu copo em cima da mesa, cruzou suas mãos sobre ela e só ficou me olhando, como um predador fita a sua presa
A porta já estava trancada, eu fiz isso assim que entrei, então não me preocupei em dar aquilo que seus olhos já me mostravam que queria e que meu corpo mais que desejava. O show foi particular, eu queria mantê-lo em mim e somente em mim, naquilo eu era mestre, sabia como atiçar o homem, ainda mais sendo ele, nós nos completávamos
Tirei aquele uniforme horrível, expondo o conjunto de lingerie preta com detalhes vermelhos, dei a volta na mesa, sendo seguida apenas pelo seu olhar, e fiquei do seu lado
Primeiro, toquei seu seus cabelos, depois desci minhas mãos para o seu ombro, fazendo uma leve massagem, eu sabia que ele gostava, depois passei meus dedos em seu peitoral, e abri os botões que estavam no meu alcance, só pra ter acesso ao seu peito e depois tentei descer um pouco mais, mas ele parou a minha mão
Jorge – Rápida demais mocinha, se você quer, então tem que fazer a coisa direito
Num movimento rápido ele se virou na cadeira, alcançou a minha nuca com uma de suas mãos e me trouxe para baixo, me encaixando no meio e suas pernas. Ali eu já sabia qual era o seu desejo, então, desabotoei sua calça e libertei seu m****o do tecido da cueca, a cabecinha já estava toda rosada e molhada com o seu pré g**o e eu simplesmente abri um sorriso, primeiro porque ia ter o que queria, segundo, porque sabia que aquela reação era por minha causa
Ainda olhando para seus olhos, beijei a cabecinha e dei uma leve lambida, só para atiçar mesmo e vi quando o movimento fez efeito, fez ele passar a língua em seus lábios e depois morder levemente
Aquilo me deu aval para acomodar seu m****o todo na minha boca, fazendo movimentos de vai e vem e apertando ele por todo o comprimento. Eu comecei a escutar seus gemidos tímidos e a sentir que seu m****o inchava dentro da minha boca, mas não era esse o meu objetivo, se ele gozasse ali, eu ia perder a minha oportunidade
Então, subi para beijar a sua boca, mas ele desviou, não queria sentir o seu próprio gosto, mas eu não me importei, contanto que eu tivesse o que procurava
Acomodei minha perna na lateral das dele, me abrindo toda, e depois, peguei o seu m****o ainda melado com a minha baba e coloquei no rumo da minha i********e, fui descendo devagarinho, até sentir ele tocando o meu colo do útero
Jorge – Você está muito exigente hoje, devia ter esperado eu colocar o preservativo
Francisca – É isso que você quer? Perder a oportunidade de ter o melhor orgasmo da tua vida só por conta de um pedaço de plástico?
Jorge – Eu só não quero correr riscos
Francisca – Não se preocupa, não tem risco nenhum aqui
Eu m*l acabei de falar, ele rodeou seus braços na minha cintura, acomodou seu rosto no meu peito e socou com toda vontade do mundo, lógico que eu senti dor, lógico que eu fiquei desconfortável, mas se parasse naquele momento, ele não ia chegar ao final
Sim, tinha problema sim, a minha menstruação era extremamente regulada e minha tia Maria sabia que eu gostava da coisa e também do meu caso com o Jorge, então, me ensinou a fazer tabelinha, por causa disso, eu tinha certeza que estava ovulando, só precisava mesmo da semente certa para acomodar ali e era a do Jorge, do amor da minha vida
Por isso eu não reclamar do desconforto e ainda aticei mais e mais, subindo e descendo com a melhor das amazonas, eu deixei o homem louco, a cada descida ele fazia seu m****o entrar cada vez mais forte, batendo lá no fundo da minha i********e, achei até que o homem ia me rasgar no meio, mas aguentei firme, até sentir suas pulsadas
Jorge – Eu já estou indo...
Francisca – Sim... me dê tudo...
Eu senti suas esguichadas quentes, senti ele me dando tudo mesmo e só esperei, fazendo cafuné em seus cabelos encaracolados, até sentir a última gota do seu gozo
Jorge – Agora se arruma e sai, não quero correr o risco de ser pego aqui contigo
Francisca – Credo Jorge – Não tem ninguém por perto não, eu garanti isso
Jorge - Mesmo assim, vai
Por incrível que pareça ele sempre terminava o que eu achava que era a nossa demonstração assim, me dando patadas, mas naquele dia eu não me importei, eu sabia que a sua semente tinha sido depositada em mim e que era só questão de tempo para eu ter o meu amor completamente preso a mim e somente a mim
A minha vida se seguiu normalmente, depois de um mês eu fiz alguns testes caseiros para comprovar que estava grávida dele e consegui confirmar, mas continuei trabalhando como se nada tivesse acontecido, assim como ele
Seus pais marcaram o casamento com a Joaquina e estavam super felizes por conseguir garantir vida boa, até o Jorge não economizava mais sorrisos, só que ele parou de me procurar e também de aceitar as minhas investidas, dizia que não podia correr o risco de perder seu investimento
Eu comecei a ficar preocupada com aquela atitude e minha coragem também deu sinal de que estava indo embora, isso só não aconteceu porque a senhora para quem eu trabalhava, a dona Priscila, me encontrou um dia toda acabada em seu banheiro, vomitando minhas tripas e deduziu que eu estava grávida, assim como ela
Eu tive um vislumbre de felicidade acompanhando o seu sorriso, ela me tratou como se eu fosse sua irmã, cuidou de mim, e com o passar do tempo, até me ajudou com o enxoval, ela fez o que ninguém fez, nem mesmo o Jorge, ele, no caso, me deu um p**a de um pé na b***a, acabou com a minha pessoa, jogou na minha cara que eu só tinha feito aquilo para acabar com a sua vida e que nunca ia assumir meu filho
Foi aí que o Luciano apareceu, mas eu não contei que estava grávida, eu só fiz o que achei certo na hora, me deitei com ele e fingi que a semente que eu carregava era dele, nada mais, ele ficou comigo acreditando que eu era a mulher mais fértil de todo o mundo
Mesmo assim, eu ainda não conseguia esquecer o meu verdadeiro amor, acho que foi por causa disso que eu fiz o que fiz, eu queria o melhor para o meu bebê, queria que ele tivesse o mesmo que seu pai e então, quando chegasse o momento, o Jorge o aceitaria
Foram nove meses sofrendo com aqueles enjoos, na verdade oito, o primeiro mês foi muito tranquilo, mas o restante, eu só sabia me acabar no banheiro, igualzinha a dona Priscila, mas ela, ao contrário de mim, fazia a coisa com classe, parecia até que saía mais linda ainda do banheiro depois de se acabar de tanto vomitar, aquela mulher foi um anjo na minha vida, pena que eu escolhi justo ela para carregar o meu fardo