Baco
Baco: Manda essa ofensa voltar da encruzilhada de onde ela veio, eu não vou casar com ela de preto.
Mestre: Ah, você vai. Você teve uma despedida de solteiro e ela está de luto porque provavelmente ela vai te matar. Eu gosto dela.
Baco: Ela é maluca da cabeça.
Mestre: Fico feliz que ela tenha te deixado sóbrio. Acredito que já seja uma evolução na sua vida.
Baco: Eu não vou me casar com essa doidona parecendo uma viúva n***a. Ih, qual foi, pai? Tá doidão?
Mestre: Não, eu não bebi ontem. Quem estava doidão era você.
Baco: Você tirou ela do hospício, da camisa de força, e jogou em cima de mim.
Mestre: Bem pior que isso. Ela é boazinha da cabeça, só não vai deitar para você e já está mostrando isso hoje. Sabe que eu comecei a me divertir com essa cerimônia de casamento? Só faltou um drink para eu assistir essa cena da melhor forma possível.
Baco: Eu vou rasgar esse vestido no corpo dela - falei vendo ela caminhar até mim.
Mestre: Rasga, tenta a sorte. Vamos ver no que isso dá. Estou curioso para ver o gênio r**m dela em ação.
Baco: Já arruma outro vestido porque esse eu vou rasgar.
Mestre: Para de ser maluco, respeita a menina.
Baco: Claro, com o mesmo respeito que ela teve comigo.
Fui andando na direção dela, boladão, agarrei o vestido dela e rasguei, deixando-a só de lingerie. Todas ficaram me encarando horrorizadas e eu falei:
Baco: Põe outro, esse infelizmente rasgou.
Nala: Prefiro me casar de calcinha e sutiã - ela falou, andando até o altar.
Padre: O que é isso?
Nala: Não é nada, pode começar a cerimônia, está tudo certo.
Baco: Você é maluca.
Nala: Na verdade, eu sou dona de um hospício para doido igual a você e agora eu vou me casar, sim, de calcinha e sutiã. Senão, eu vou embora e nunca mais volto aqui. Pode começar.
Baco: Não vai começar nada, todos os aliados estão olhando para o seu corpo.
Nala: Pensasse nisso antes de rasgar o meu vestido. Sei lá, fura o olho deles ou manda eles ficarem de olhos fechados. Isso não é problema meu, é seu, porque é bonito, é para se ver, e você me deixou mostrar. E eu sou muito gata.
Sandra: Minha filha, você não pode se casar assim.
Nala: Não só posso como vou. E se bobear, eu vou para a festa de casamento assim também, comemorar do jeitinho que ele gosta, apressadinho. Não conseguiu esperar nem chegar em casa, já quis me ver pelada.
Baco: Escuta aqui o que eu vou te falar: ou você coloca uma roupa ou eu dou um tiro no meio da sua cara. Mulher, minha não vai ficar pelada na frente de vários vagabundos.
Nala: Desce do palco que a Xuxa é loira. Vai meter bronca em cima de quem não tem medo de você. Comigo, ou eu me caso assim ou a gente remarcar uma data. Não se preocupe, eu não estou com pressa de passar daqui. Até quando você aguentar o seu lado. Se bem que, pelo visto, eu vou ficar viúva mais cedo do que eu espero.
Nala
Ele veio para cima de mim parecendo um bicho quando viu meu vestido preto e eu consegui sentir o cheiro de cachaça quando ele ficou bem perto. Ele começou a rasgar o meu vestido e eu deixei. Ele pensou que eu ia ficar com vergonha, mas eu continuei caminhando pela igreja, com todos olhando para minha b***a. Não me levem a m*l, pelo menos a minha lingerie é bonita, está tampando parcialmente. Não é que eu fui usar meu corpinho com ele, mas eu quis colocar alguma coisa bonitinha por baixo do meu vestido de noiva para eu me admirar me olhando no espelho. Essa gostosa que ele nunca vai ter. Fiquei parada no altar com o buquê na mão e ele ficou lá, cheio de ódio, querendo vir para cima de mim, mas o pai dele segurou.
Nala: Vai ficar fazendo graça do jeito que você é? Palhaça, é melhor você trabalhar em um circo.
Baco: Você tá doida para ficar sem um dente na boca.
Nala: E quem vai ser o homem que vai dar um soco na minha cara ao ponto do meu dente sair do lugar? Porque você é moleque, tão moleque que rasgou meu vestido de noiva e agora não quer me deixar se casar. Está muito emocionado para o meu gosto e apressadinho.
Ele sorriu de forma sarcástica, pegou a arma dele e atirou do meu lado. E eu nem me mexi e nem fechei os olhos. Eu, hein! Até parece que ele ia dar um tiro na minha cara. Ele não é maluco.
Baco: Ou você coloca uma roupa ou eu estouro a sua cabeça.
Nala: Eu tenho certeza que seus aliados preferem assim. Vamos deixar eles felizes admirando o meu corpinho maravilhoso. Você sabia que eu malho? Seu pai paga minha academia, para minha escola. Tava começando a pagar até a minha faculdade. É uma pena que eu tenha que sair por sua causa, porque é claro que um neandertal que nem você não liga para os estudos. Deve nem saber escrever direito, porque o português está escasso.
Baco: Enquanto eu viver, a sua vida vai ser um inferno. Você nunca vai ser feliz, nunca.
Nala: Acha mesmo que eu vim para o seu enterro para ser feliz? Eu vim para o seu enterro porque eu não tive escolha. Mas antes de chorar, minha mãe, a desculpa, a sua está morta. Não tem como ela chorar por você, mas ela teria vergonha do jeito que você trata as mulheres.
O pai dele me olhou e riu, e todos que estavam ali fizeram a mesma coisa. Ele deu dois tiros para o alto e gritou:
Baco: Eu quero que todos vão para o local da festa. A cerimônia acabou e eu não quero olhar para a cara de ninguém. Se eu contar até 10 e tiver alguém aqui dentro, eu mato.
Nala: 1. Vou te ajudar na conta porque eu acho que você não sabe.
Baco: Termina logo essa cerimônia. Eu quero ir para casa com a minha querida esposa. Acho que ela está precisando aprender boas maneiras.
Nala: Com certeza não é você que vai me ensinar, até porque você não tem o mínimo de educação necessária para isso - eu falo e ele segura meu braço com força.
- Se você me bater, vai ser a última coisa que você vai fazer em vida, porque depois disso eu te mato quando você estiver com a cara cheia de drogas, porque é isso que você é: um cachaceiro drogado - falei, empurrando ele e me virando para o padre, sorrindo.