CAPÍTULO 21

618 Words
O dia ansioso passa rápido e no final da tarde começo a preparar as coisas para fingir a febre, confesso estar nervosa, pois tenho que me desfazer de tudo rápido, para o lorde não descobrir, tudo acontecerá depois do jantar, tenho que o parar antes que chegue ao quarto de Aline, e o prender tempo o suficiente para perder o interesse nela, e não perceba que Talinara demora para nos atender. Segundo ela, Aline fingiu várias vezes estar doente, para não se deitar com ele, e em todas foi solicitada, para acompanhar a noite com febre, mas no meu caso, ela será chamada, mas chegará apenas depois, nós duas sentimos um frio na barriga torturante. Graças a Deus todas as roupas chegaram, e tive tempo de examiná-las, Talinara explicou que o lorde também escolheu algumas peças, por isso vi algumas que não escolhi no dia de princesa que ele me concedeu. Escolhi uma camisola branca, transparente, ela cobre minhas pernas, é um pouco larga, mas marca os b***s de meus s***s sobre a roupa, acho que pode ser interessante a usar, mas tenho medo de despertar a mesma fera que vi pela manhã no lorde Robert, e o homem não conseguir se conter. Tento deixar o medo de lado, porque com ela sei que as coisas se tornam interessante e atrativas, na verdade, não sei se ele chegará a notar o que usarei, porque como fingirei a febre, tenho que cobrir meu corpo, sorrio com meus delírios, sei que não tinha que estar tão empolgada, não consigo compreender meu comportamento, nem os burburinhos na barriga e a alegria inusitada. Coloco a roupa apenas para ver como ficaria, não gosto muito, porque os cabelos soltos me deixam com um ar angelical, quando o que quero é parecer uma mulher atraente como Aline, mas não consigo, meus grandes olhos azuis não permitem. Dou uma olhada no corpo inteiro e penso “Terá que servir” ouço Talinara bater a porta, deve estar trazendo o jantar, percebo que me perdi em meus pensamentos e tempo, então me enrolo em uma enorme toalha, para que ela não veja o que uso e saio do banheiro. “Como está?” ela pergunta dando pulinhos de ansiedade, enquanto examina meus olhos curiosa. “Como você” respondo também com pulinhos, tentando adivinhar se havia trazido tudo, o que precisávamos “Trouxe o que pedi?” pergunto saindo do banheiro. “Sim, apenas frutas para acompanhar o m*l-estar, sopas bem quentes para molhar os panos e depois ferver a pele com cuidado” dizia. “Estou com medo, tem certeza de que minha temperatura mudará?” “Sim, a cor de sua pele também ajudará, porque é muito branca, deve ficar vermelha fácil, não acho que ele confira mais de uma vez”. Espero até a hora de Talinara ir embora, mostrando alguns dos livros, na intenção de tentar distrair a mente que fervilha sem parar. Assim que ela sai, vou para a varanda do quarto, admirar a paisagem, está uma noite maravilhosa, o azul do céu fica mais encantador com o brilho das estrelas que o embelezam, está um ar fresco, propicio para uma volta romântica ao anoitecer, ouço o cantar dos grilos, olho as poucas crianças correndo pelo jardim do lorde, parecem livres e felizes, eles têm tudo o que desejo. Olho para um pequeno banco de madeira, escondido entre as árvores e fico totalmente enfraquecida pelo que vejo, parece o lorde, está escuro, mas reconheço pelo chapéu e o tamanho dos ombros largos. Não enxergo os detalhes, mas tenho a impressão que está me observando, “Ainda bem que estou coberta” penso entrando envergonhada, pronta para a hora de agir.
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