*2020*
Eu me olhei no espelho e não me reconhecia mais. Eu amo tanto, eu gosto tanto e sofro tantoooo!
3 anos atrás
LUA NARRANDO:
Nath: Poxa, Lua! Você tá doida? - Perguntou pela milésima vez.
Lua: Que foi, Nathalia? Eu já fiquei com o outro cara de lá e você nunca falou nada!
Nath: Mas o Índio não é brincadeira!
Lua: Nem eu. - Sorri me olhando no espelho e me virei pra ela.
Ela tava sentada na cama, eu me aproximei e dei um selinho nela.
Lua: Para com essa cara e me dá um beijo? - Perguntei baixinho no ouvido dela.
Nath: Você joga sujo pra c*****o. - Reclamou e eu ri até ela me beijar.
Pensa num beijo gostoso? É o nosso.
Lua: Vai dormir aqui? - Perguntei beijando o pescoço dela.
Nath: Não. Amanhã preciso sair cedo pra trabalhar e depois vou ir encontar o Caio.
Nós demos mais alguns pegas e depois ela foi embora.
Eu morrendo de t***o e fiquei chupando o dedo.
Fiquei deitadinha e o Índio me mandou mensagem.
Índio: tô pelos acessos. Posso brotar aí?
Lua: Hoje nem dá. Já tô deitada e com zero vontade de sair.
Índio: Eu broto na tua base então.
Lua: Amanhaaaa
Preciso dormir mesmo.
Índio: p***a minha lua, to na maior escuridão aqui. Vem me guiar
Lua: Te guiar pra onde? To exaustaaa e o único lugar que eu posso te guiar é o berço, pra onde eu to indo agorinhaaa
Índio: p***a, um berço contigo é gostosinho ein, maior saudades. vou brotar pra tu me embalar então.
Lua: Vem logo, vai ter que cuidar de mim igual cuida de um bebe.
vai ter que me dar leitinho e depois me por pra dormir
Índio: Precisa nem pedir duas vezes.
A gente até tenta fazer um doce né? mas nem precisa também, o produto aqui já é valorizado abeca
Eu fiquei com o Índio desde antes dele ser o Índio, fiquei com ele tinha 15 anos, dai ele sumiu, sumiu mesmo, foi quando todo mundo ficou sabendo que ele estava sendo procurado por outra facção por ter matado o chefão deles. Dai 5 anos depois ele apareceu como quem não quer nada e estamos ai outra vez né?
Não deu nem dez minutos, ele buzinou no portão de casa e eu fui abrir a porta pra ela.
Índio: Tu fica mais linda a cada dia ein, p***a! - Falou me medindo quando eu fechei a porta do quarto.
Lua: Fizeram direitinho mesmo. - Brinquei me jogando na cama.
Índio: Tem nem como negar né, foi feita com muito carinho e no auge do t***o mermo. - Falou, enquanto colocava meus braços acima da minha cabeça e foi beijando meu pescoço.
(...)
Acordei com os dedos do Índio apertando minha coxa e minhas costas doendo pra c*****o.
Estava maior sol batendo na minha cara e eu só queria dormir mais um pouquinho.
Lua: Deixa eu levantar aqui. - Cutuquei ele porque tentei tirar a mão dele de mim mas ele apertou mais.
Índio: Vai dormir Lua, p***a! - Virou pro outro lado e foi minha chance pra eu levantar de vez.
Levantei e já fui agir minha vida. Sou muito nova pra viver dormindo.
Hoje o destino já era outro e era bem lá que eu iria parar.
Comprei pão, danone e tomei meu café da manhã.
Tomei meu banho, lavei meu cabelo, sequei e fui me vestir.
Quando estava colocando meu brinco o Índio acordou e ficou deitado me encarando.
Índio: Vai sair?
Lua: Um rolézinho com os meus amigos. Por que?
Índio: Só pra saber mermo!
Enquanto eu terminava de me arrumar ele se vestiu, colocou o tênis, penteou o cabelo e se aproximou.
Índio: Tô partindo já. - Avisou e puxou meu braço, me deu um beijo.
Lua: Cuidado!
Ele só concordou e saiu do quarto, escutei a porta batendo e só.
Quando terminei coloquei meu celular na minha bolsinha, vi se tinha dinheiro na carteira e peguei meu rumo.
(...)
Lua: Me da ai Lucas, para de querer me controlar. - Reclamei quando ele pegou meu copo.
Lucas: Fica na tua ai Lua, faz favor! Tá ligada nos caras encarando a gente não? Vão meter assalto em nós! - Falou bolado e eu olhei pros lados procurando, tentando entender. - Fica quieta Lua!
Lua: Não Lucas, a gente tá do lado da favela, não é possível que vão roubar a gente nem aqui. Que inferno! - Resmunguei.
Lucas: Como é o nome do cara que tu ficou ontem? - Me encarou e eu demorei pra processar a informação. Tava muito doida. - Lua?
Lua: Índio, todo mundo chama ele assim.
Ele encarou o Ryan e o Ryan concordou.
Os caras vindo na nossa direção real, tinha nem pra onde correr nessa merda.
Quando os caras pararam na nossa frente o Lucas fingiu que nem estava vendo e me balançou.
Lucas: p***a Lua, fica nmrl mano! Se o Índio for avisado que a gente saiu com a mulher dele e tu ficou nesse estado ele vai mandar matar a gente! - Falou sério, com a voz de medo e eu comecei a rir sem entender nada.
Só sei que os caras saíram de perto da gente.
Fui me tocar do que eles tinham feito quando estava na rua de casa já.
Lua: Vocês não podem fazer isso! Se ele souber que... do que eu tô falando? - Perguntei rindo e o Lucas começou a rir.
(...)
Acordei com uma ressaca dos infernos mesmo, coisa de doido viu?
Minha cabeça doendo e o Lucas rindo igual um tonto.
Lucas: Bora filha, vai se arrumar que hoje ainda é domingo!
Lua: Tô morta, sem condições.
Ryan: Bora Lua, pão tá na mesa. Hoje tem o pagode, tu prometeu que ia sair com a gente o fim de semana todo!
Enrolei um tempo na cama e quando levantei já era uma da tarde. Tomei meu café e fui botar alguma roupa.
Como a gente ia ficar aqui pela favela mesmo coloquei só um shorts, cropped e um chinelo mesmo.
Ryan: c*****o, ontem a gente não foi por pouco hein? p***a! Nunca pensei que os macho da Lua algum dia iriam ajudar em alguma coisa.
Lua: Na hora eu nem entendi nada, coisa de doido aquela bebida!
Lucas: Foi a bebida não, tu que ficou pegando nosso copo pra beber mesmo a gente avisando que não tava puro.
Lua: Ih gente, precisa ficar falando não. Deixa eu me fazer de sonsa! - Falei abaixando o óculos.
Fomos até o pagode e tava cheio já.
Logo me animei e fiquei dançando e bebendo. Só assim pra curar uma ressaca né?
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Ai ai o Índio descobrindo que andam usando seu nome por aí
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