cap.186

1540 Words
Cap.186 Pela manhã ela já estava pronta, arrumada em terno, como sempre parecia o mais profissional possível, isso ela sabia fazer muito bem, com seu cabelo amarrado, dessa vez deixou um r**o de cavalo, com as pontas perfeitamente ondulada, ela não tinha ideia para onde estava indo por isso buscou entre as informações no celular de Ramis e no seu notebook sem que ele percebesse, contudo não encontrou nada. — Ramis! — Esbraveja pulando sobre a cama o acordando. — Não está cedo? — Resmunga ao encarar o relógio e ainda ser apenas cinco horas da manhã. — Não! Conte a verdade, você não sabe para onde eu estou indo, não é? — Ah… — Bochecha se levantando. — Seu tio disse que te levaria a seu novo emprego, ele é doido, mas ultimamente vem sendo o mais sensato desde que seu pai desparafusou. — Ohm… então meu tio Fabrízio que vai me levar… — Pula na cama animada. Ramis segue para cozinha a deixando surtar sozinha ao saber que era seu tio que tinha arrumado o emprego para ela. Após o café da manhã ela desceu o elevador enquanto Ramis a seguia, ainda nem tinha dado seis horas, sentou-se no asfalto a beira da estrada ansiosa pela chegada do tio como uma criança de cinco anos, enquanto Ramis estava de pé encostado na portaria tentando se manter acordado após ter dormido tarde por ter ficado trabalhando após ela tomar horas de seu notebook enquanto procurava emprego em Rowland. — Lilith, seu tio só vai chegar daqui a três horas. — Avisa Ramis entediado. — Ele vai chegar logo! Ela dá voltas, senta, se levanta, sobe, desce, bebe suco, volta ao andar de baixo e nove horas em ponto Braston chegou. — Viu! Eu disse que ele não ia demorar. — Comenta enquanto Ramis encara ela sem reação. — Leva embora! — Resmunga dando as costas aos dois. — Então? Para onde vamos? — Perguntou ela ansiosa. — Relaxa, você vai ver, acredite, você vai gostar. — Avisa entrando em seu carro. Eles seguem viagem, Lilith olha ansiosa para cada prédio empresarial pensando onde poderia ser seu novo emprego, ficou surpresa quando parou em frente onde ela mais queria trabalhar. Seguem para a sala empresária no vigésimo andar, onde o dono já espera os dois, ao entrar Braston a leva até a mesa e se senta ao seu lado enquanto o presidente observa os dois sem nem mesmo saber o que dizer, aquilo parecia não estar fazendo o menor sentido. — Juro que quando recebi a sua ligação, fiquei surpreso, mas nunca pensei que traria ela realmente aqui. — É… você sabe, como eu disse Lilith tem um sonho e essa empresa é perfeita para ela. — Comentou Braston como se pudesse mandar ali. — Cassius permitiu isso? — Claro, você acha que eu estaria aqui se não tivesse permitido? — Pergunta Braston enquanto Lilith o encara apreensiva. — Então a Shine Record se tornou boa para a filha de Cassius? — Pergunta com ironia. — O senhor é o Alan Diggory, certo? — Pergunta Lilith se levantando, assim Diggory também faz. — Sim, é um prazer conhecê-la, Lilith. — Diz a cumprimentando. — Não sei se esse tipo de emprego é adequado para a filha do Don, acredito que será um pouco problemático. — Vender o corpo não deve ser algo tão problemático. — Comenta e Alan ergue as sobrancelhas surpreso. — Essa é a forma dela dizer que quer ser modelo. — Explica Braston. — Ah… — Suspira entreabrindo os lábios surpresos. — Enfim… eu preciso de um emprego para provar a meu pai que eu sou capaz de trabalhar e ganhar meu próprio dinheiro e não sabia que havia vaga na Shine Record , acredito que podemos fazer uma grande e saudável parceria a partir de hoje. — Recuso, podem sair. — Diz indiferente se sentando em sua poltrona novamente, seu olhar indiferente estava sobre a tela do notebook como se eles nem estivessem mais ali. Braston encarou Lilith e Diggory logo após, pensando no pior, ele sabia que Lilith não tinha controle de suas emoções com tanta propriedade. — Por que recusado? — Pergunta Lilith. — Não quero contratar a filha do Don, independente se ele autorizar ou não, eu sou a segunda potência da cidade, o Don não manda em mim, desde que eu até mesmo desista de ser o Don. — Você não é o Don porque meu pai ganhou por um voto de diferença, então não alteie seu ego tanto. — Diz com seriedade encarando Diggory. — Que prepotência. — Murmurou voltando a prestar atenção em seus relatórios. — Digo o mesmo para o senhor. — Bom… o motivo é que é melhor você não pegar essa vaga de modelo, você pode ficar exposta, sua imagem fica exposta, e isso pode ser perigoso, Cassius já tinha me proibido de te contratar, a Shine Record trabalha com imagem, modelos atrizes, entre outros no ramo de entretenimento, então não posso te contratar sabendo que pode ficar em perigo. — Não é você que decide isso, não pode acabar com meus sonhos. — Já te disse o motivo, além disso… — Ele interrompe a fala quando alguém entra. — Charlie… — Suspira ele indo ao seu encontro lhe cumprimentando. — Querido, — Beija a sua face calorosamente. — Vim apenas trazer o relatório dos novos modelos, além da lista de novas modelos. — Comenta observando Lilith. — Eu sou uma das modelos. — A menina se levanta cumprimentando Charlie, esposa de Diggory. — Uau… você nunca contratou ruivas, ela é muito linda. — Diz Charlie analisando dos pés a cabeça. — Obrigada, a senhora também é muito linda. — Ah que menina gentil, mas porque não está no camarim então? — Pergunta confusa. — Os rapazes estão negociando o valor da comissão da minha contratação. — Diz seguindo com Charlie para a saída. — Para que você não tem escolha a não ser contratá-la, além disso, Lilith não corre perigo, ninguém sabe quem ela é, Cassius sempre mantém suas informações, fotos tudo em sigilo e na academia é proibido fotos, ele deixa seguranças sempre monitorando e aqui, óbvio que só você sabe quem é, sua mulher nem a reconheceu, então boa sorte, você perdeu. — Avisa Braston em seguida se retirando. Nem esperou por Lilith, apenas a deixou lá e foi embora, ela se deu bem com Charlie que realmente pensara que ela era uma das modelos e como esperado ela foi muito bem, soube lidar muito bem com algumas coisas, mesmo que tivesse dificuldade em lidar com as pessoas e o tanto de instrução além de várias músicas a barulhos, Charlie não demorou muito a perceber o comportamento da menina que logo se isolou em um canto e ainda iria da meio dia. — Você está bem? — Pergunta ela ao ver Lilith encolhida no canto de uma das penteadeiras. — Pode ligar para meu pai? — Pergunta sem a encarar, mantendo o olhar confuso. — Não sei quem é seu pai, você ainda nem preencheu as informações básicas, mas o que está sentindo? — Aqui é tão barulhento, estou prestes a surtar, estou cansada. — Confessa apertando os olhos. — Ohm… tudo bem, venha comigo. — Pede estendendo a mão a ela. Charlie a ajuda e leva ela para fora do estúdio enquanto algumas meninas observam caçoando da situação e do desconforto de Lilith. — Não se importe com as meninas, o mundo da moda e as passarelas são os lugares mais frios que você pode encontrar, essa é a sua primeira vez, não é? — Continua a pergunta com a voz mansa. — Sim… eu nunca tinha vindo a essa empresa antes, mas queria muito conhecer. — Entendo, você foi muito bem para uma primeira vez, tem bastante talento. — Diz abrindo uma porta, Lilith olha desconfiada para o local, em seguida para o rosto de Charlie que sorri gentilmente para ela. — Está tudo bem, aqui é silencioso, é minha sala de trabalho, onde eu amo desenhar, escrever e criar. — Ah… você é escritora? — Pergunta ao ver um dos banner dos livros de Charlie. — Sim… essa é a minha função aqui. — Ah… você é a lier cha, eu li alguns de seus romances, nem acredito que estou te conhecendo. — Diz animada se esquecendo do estresse. — Não é nada importante, bom… eu vi você na sala presidencial, acredito que não seja qualquer pessoa, Alan não tem costume de receber ninguém na sala dele, você veio aqui para ser apenas modelo mesmo? — Pergunta puxando uma das cadeiras giratórias para ela se sentar. — Sim, meu tio queria pedir a ele uma vaga para sim, eu sempre tive essa vontade de vende… de ser modelo. — Entendi, então realmente é alguém importante, mas não precisa dizer, que tal almoçarmos juntas aqui, já que não gosta tanto de agitação? — Eu aceito, senhora Charlie. — Diz ela se sentindo confortável com Charlie. As duas almoçam juntas e conversam, Charlie desde que se casou com Alan, continuou trabalhando como autor e cartunista na empresa Shine Record, Lilith gostou bastante da moça gentil e elegante que a acomodou em sua sala.
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