cap.185

1557 Words
cap.185 Após o horário de almoço, Kaleb percebeu Lara com comportamento estranho, além de ficar o observando demais, cada gesto, cada ação como se quisesse traduzir algo. Após o expediente ela decidiu apenas ir para casa, pensando em um plano para chamar a sua atenção e ter a certeza se ela era gay ou não. Kaleb e seus amigos nem mesmo foram para a sala de treino, estavam ansiosos para ir até a casa das valquírias, assim que saíram do elevador para seguir para a saída principal. — Ah não… — Lamenta Filipe ao ver Kaleu encostado ao balcão pegando alguns cadernos com a recepcionista. — Agora acabou a festa. — Lamenta seu amigo Maicon. — Claro que não, é meu pai, o que estão falando? — Resmunga Kaleb. — Kaleb. — Kaleu chamou seu filho, deixando tudo sobre o balcão. — Já está indo para casa? — Pergunta então o menino mostra o anúncio no celular. Kaleu ergueu as sobrancelhas, surpreso — Hum… — suspira kaleu pegando o celular da mão do filho analisando a situação. — Vai a casa das Valquiria? — pergunta enquanto os amigos dele já dão o plano como falho. — Sim, pensei em animar um pouco, só… um pouco. — balbucia inseguro encarando os amigos por cima do ombro. — Tudo bem, aviso a sua mãe, bom… aviso em partes, só vou dizer que você saiu com os amigos. — É isso aí tio! — comemora Filipe, logo se recompondo ao se lembrar quem é Kaleu. — São esses meninos que vão trabalhar com você no depósito de material bélico? — pergunta, analisando os meninos de cima abaixo, Filipe não era nada menos que um rapaz de 23 anos que usa jeans rasgados que quebrava todo ar elegante de sua camisa social azul. Maicon então tem 18 anos como Kaleb, mas se veste como um jogador de basquete desgarrado de seu time. — Eles são meio atrapalhados às vezes, mas são bem profissionais quando precisam ser. — kaleu os defende. — Que seja, é a vida de seus amigos que estarão em risco, mas por hora, hoje você pode se divertir nas Valquíria. — Consente, indiferente, os três rapazes comemoram e seguem um apoiado no ombro do outro, felizes e animados. — quando eu digo que seu filho é gay você tenta me matar. — Murmura cassius ao sair do elevador e ver os três meninos seguindo até a saída principal. Kaleu estica um sorriso discreto e ignora Cassius. — não tenho culpa que você tem probleminhas com sexualidade, ainda assim devo lhe dizer que meu filho é homem, mas se escolhesse outro caminho, isso também não seria motivo de piada para você, porque ele ainda seria meu filho. — comentou indiferente. — Então deveria aceitar logo o fato de que ele é gay. — meu filho não é gay, cassius. — comenta com a voz mansa, cassius segura o riso e debocha. — Não sou eu que estou saindo grudado com mais dois caras, que formação mais macabra, não posso imaginar o que vem daí. — Meu filho não é gay, cassius… — rosnou kaleu baixinho entre os dentes cerrados. — Amigo… aceita que dói menos, você criou um filho com sexualidade fragilizada. — Ah… — suspira kaleu cético ao encarar o teto. — Só dessa vez, eu vou dá um jeito nessa sua provocação. — Vai me provar que ele não é gay? — Melhor, vamos fazer uma aposta. — Tudo bem, o que você quer? Kaleu sorri de forma leviana com o olhar fixo ao de Cassius. — Bom… se meu filho não for gay, você vai me dever trinta por cento da terceira potência. — O que!? Está louco? trinta por cento para descobrir ou não se seu filho é da pá virada? — Está com medo de perder? — Claro que não, mas eu com o meu conhecimento nunca negociaria a terceira potência, nem um porcento dela, não mesmo. — Você sabe que se eu pegar os 30 por cento dela eu automaticamente subi para a quarta posição, e posso ultrapassar você, não sabe? — claro que sei, mesmo eu sabendo que seu filho é gay, eu não quero colocar meus negócios em aposta, mas posso negociar dez por cento a você, isso vai te ajudar a subir para a quarta potência e me manter seguro porque você não vai conseguir me tirar se meu posto — Frio e calculista como sempre, você venceu, se meu filho for gay, você pode ficar com metade da minha empresa, que deixaria de ser a quinta potência e desceria para a oitava, mas se eu ganhar, eu ganho dez por cento da sua e derrubo a quarta potência. — fechado. Os dois seguem viagem atrás dos meninos, kaleu sabia exatamente para onde eles estavam indo, porém não contou a cassius, ele estava tão confiante que venceria que kaleu teve até pena, mas queria se divertir com a derrota de cassius. — Acredito que a partir daqui você já sabe onde estamos indo. — Comenta Kaleu confiante, Cassius estava observando com um dos cotovelos apoiado na janela. — Sim, sim, e se quiser manter seu casamento acredito que você tenha que voltar. — Comenta indiferente. — Do que está falando? — Até onde sei, a sua mulher e a minha são quase melhores amigas, Laysa colocou rastreador em meu carro após Lilith contar sobre aquela secretaria, então… — Comenta Cassius em seguida encarando Kaleu ao comprimir os lábios segurando o riso. — Você acha que Andrômeda faria isso? — Ela é a sua mulher, não a minha. — Comenta com ironia. — Não… Miliana não faria isso. — Você diz, mas as mulheres são doidas e quem diria, ele está indo ao cabaré ver putas dançar, vamos para casa. — Diz Cassius e divertindo enquanto Kaleu já estava do lado de fora analisando cada parte do carro. — O que foi? — Pergunta Cassius segurando o riso enquanto Kaleu está agachado ainda cético com o rastreador no carro. — Miliana… isso é traição! — Rosna Kaleu discretamente. — Traição nada, é a Laysa, ela tá bem maluca depois da secretária peituda, literalmente ela polui todas as outras esposas, exceto Layane, essa ai contamina todas as outras, a mais velha é sempre a pior. — Mas ainda não acredito que ela fez isso. — É mulher, você sabe, vamos para o bar, bebe um pouco do que eu preciso pensar. — Sugeriu Cassius, Kaleu se levantou indiferente e voltou a entrar no carro. — Mas o que acha disso? Meu filho ainda é gay? — Lara é muito nova… — Range os dentes com o olhar fixo na fachada da casa das Valquírias. — Mas como eu disse, apenas confie em Kaleb, ele jamais tocaria nela. — Lara já chegou a puberdade, não é mais uma menininha, ainda teve uma criação r**m, não sei o que faço com aquela dor de cabeça. — Simples, Kaleb é a resposta. — Como seu filho seria a solução, é simplesmente problema ter ele e ela no mesmo ambiente. — Pode confiar no que estou dizendo, quem criou ele foi eu, esse garoto é meu filho. — Diz com orgulho em seguida ligando o carro, seguem até um bar próximo a academia. Passam alguns minutos conversando e bebendo, sobre a viagem que fariam até o Canadá e todos que acompanhariam, o plano é que todos os adultos vá, assim como o Don e o líder do conselho. Lilith por sua vez estava na casa de Ramis, m*l conseguia sair do notebook, enquanto pesquisava vagas e mais vagas de emprego. — Eu tenho cinco entrevistas. — Diz ela com orgulho. — Já disse que se quiser apenas trabalhe comigo. — Sugere Ramis sentado ao seu lado lendo cada carta de recrutamento. — Estou preocupado, porque algumas dessas empresas são rivais, pode ser que eles saibam quem é você e por isso te contratou. — Como? Eu estou usando um nome falso, além disso se meu pai não quer me dar emprego, eu vou buscar. — Droga! Cassius é tão infantil às vezes… — Não, ele até pensou em revogar a minha demissão, mas ele não quer me dar o salário que eu mereço, eu praticamente coloquei aquela empresa para andar. — Comentou, deixando Ramis perplexo. — Sua modéstia é incrível. — Comenta ele ironicamente, mas ela apenas sorri gentilmente agradecendo com o olhar o fazendo suspirar desconcertado. — Esqueça isso… — Murmura trazendo ela para seus braços a abraçando. — Não posso esquecer… — Resmunga chateada. — E se eu te contar algo? — Pergunta pegando o aparelho celular. — O que seria? — Pergunta se virando de frente para ele e montando em seu colo apoiando os braços em seus ombros. — Eu pedi a Braston um favor, e ele arrumou uma entrevista para você. — Onde? — Amanha e sem mais… mesmo que ela insistisse ela não contou onde a levaria, mesmo que ele soubesse o quanto ficaria ansiosa, mas, pelo menos, tirou o foco dela das outras cartas de emprego, apesar de não usar o sobrenome Seagreme era óbvio que usando o nome Lilith qualquer mafioso que já sabe que os Seagreme não usam seu nome verdadeiro para a maioria das coisas, poderia deduzir que aquela Lilith poderia ser a filha de Cassius.
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