cap. 229 e cap. 230

2298 Words
Cap.229 Os herdeiros seguiram a pé em meio a mata fechada, seguindo a orientação da bússola, já estavam exaustos após a caminhada exaustiva. — Estamos na metade do caminho agora. — Avisa Ayrlon seguindo na frente liderando a turma após Lilith se cansar e diminuir os passos. — Sabe… devíamos ter arriscado e aterrissado na base deles! — Resmunga Lilith sem conseguir sustentar seu corpo em pé. — Devíamos? — Perguntou Brady com ironia enquanto caminhava do seu lado. — Eu não quero mais andar! — Rosna cruzando os braços. — Não podemos ficar aqui muito tempo, nem sabemos o que tem aqui nessa selva. — Comentou Brady. — É simples, tem cobras, têm ervas venenosas, lembrando que como estamos em uma floresta no Texas, EUA, sei muito bem que esse lugar tem as aranhas mais venenosas. — Avisa ele engolindo em seco. — Como sabe de tudo isso? — Perguntou Brady. — Pensei que você se lembrava. — Comentou brendo indiferente. — Lembrar do quê? — Que… — Ayrlon pigarreia indicando para que Brendo pare de falar, mas ele ignora. — Bom… sabemos que o pai de Ayrlon quase matou seu pai, você lembra dessa história. — Olha! — Rosna Ayrlon. — Vamos esquecer esse passado, o problema com nossos pais, eram problemas deles, ainda bem que tudo já foi resolvido. — Resmunga de mau-humor. — Eu não me afeto por esse passado. — Comentou Brady. — Enfim… — Brendo retoma o assunto. — Matheus é fanático por venenos, e é obvio que Ayrlon conhece uma milha deles, afinal o pai dele ensinou. — Sei também que vocês três não tem experiência nenhuma com esse lugar, eu estudei tudo que precisamos saber, caso contrário não vamos conseguir andar por muito tempo. =- eu estou faminta… — Choraminga Lilith olhando ao redor. — Onde estão essas serpentes venenosas? Vai que elas têm um gosto bom… — Continuem a seguir! — Ordena Ayrlon. — Tudo bem, quando chegamos lá em cima eu arrumo comida para você. — Murmura Brady oferecendo suas costas a ela para que a mesma monte. Eles continuam a seguir, pelo menos dessa vez Lilith não reclamará mais, ela tinha ficado tão concentrada em sua primeira viagem para fora dos pais que nem mesmo conseguiu comer e agora a sua barriga roncava incansavelmente e se tinha algo que não é uma boa combinação é Lilith mais fome. — Olha! — Murmura Lilith baixinho apontando para a raiz de uma das árvores. — O que está olhando? — perguntou Brady a deixando descer enquanto Ayrlon já está alguns metros à frente. — Comida… eu já comi isso antes e não é tão r**m. — Explica ansiosa mexendo entre as raízes e pegando alguns cogumelos. — Não pode comer essas coisas assim! — A repreendeu enquanto ela morde um deles. — O gosto não é tão r**m, afinal a gente já até mesmo comeu raízes, como teste de sobrevivência na floresta, Ayrlon disse que não sabemos viver na floresta, mas aprendemos muitas coisas, não vai ser eu que vai ter medo de uma serpente e aranhas, só prova um pouco. — Sugere estendendo a palma da mão para ele com alguns cogumelos. — Não sei se é seguro, você não está sentindo nada? — Nadinha eles são comestíveis. — Brady se convence e prova apenas um não desaprovando totalmente o sabor. — Não é tão r**m… — Ele para de falar quando Lilith começa a coçar a garganta, o encarando confusa. — Merda… não diga que você comeu algum cogumelo envenenado? — perguntou temeroso. — Não sei… mas… você de repente virou o homem elástico? — perguntou confusa enquanto sua visão distorcida e contorce o corpo de Brady como se ele estivesse mole. — Inferno… — Resmunga Brady levando as mãos a cabeça apertando as pálpebras, várias vezes enquanto vê tudo tremer. — Um terremoto! — Esbraveja caindo no chão ao perde o equilíbrio, sua visão mostrava-lhe tudo tremendo e o chão parecia está pulando, então ele girava no chão como se tudo estivesse realmente balançando. — Brady… me dê a mão! — Grita Lilith se deitando no chão e estendendo a mão para Brady. — Ayrlon… não olhe para trás agora, mas… parece que aqueles dois criaram algum tipo de brincadeira estranha. — Comentou brendo constrangido com os dois jogados no chão. — Mas que p***a… — Ayrlon suspira perdendo a fala. — Não, cara… eles estão cansados ou algo do tipo? — Não sei, isso é normal? Eles se drogaram? Até onde eu lembro, minha pasta de drogas e antídotos está comigo. — Comentou enquanto seguia em direção aos dois. — Rápido… segura a minha mão com força… eu não vou deixar você cair… — Murmura Lilith enquanto Brady estica os braços tentando segurar sua mão, mas mesmo que estejam em uma distância de vinte centímetros, eles nem tinham coordenação motora para segurar na mão um do outro mesmo que os braços se tocassem. — O que vocês estão fazendo? — perguntou Brendo, então ambos franze o cenho confuso e encaram brendo. — Ah… uma fadinha veio nos salvar desse mundo roxo caindo aos pedaços, socorro… nos leve voando daqui. — Implora Lilith.- sim! Nos ajude deusa ninfa. Brendo os encara sem reação, em seguida encarando Ayrlon que olha ao redor com minuciosidade, enquanto isso em cima de uma das árvores câmeras captam imagens deles e os seguranças de Beliarde assiste tentando entender a situação. /avisamos o chefe? — perguntou um deles. / Não, a menina comeu uma quantidade grande de cogumelos alucinógenos, eles vão estar bastante ocupados, vamos assistir. — Avisa um dos homens interessado na cena cômica. / O que quatro crianças fazem aqui? / Não sei, mas não são qualquer criança, podem estar em algum treinamento, afinal todos sabem que não devem vacilar nessa floresta, desde que Pedragon morreu seguimos ordem estrita do administrador para deixar esse lugar ainda mais perigoso do que já era. — Eles comeram cogumelos. — Avisa Ayrlon pegando os que Lilith tinha deixado cair no chão. — Eles não sabem identificar? — Na verdade, estão misturados, tem cogumelos normais e alguns venenosos. — O que acontece agora? — Não sei… — Olha! Um minotauro! — De Brady afoito apontando para Ayrlon. — Teu cu! — Rosna Ayrlon. — Inferno! Vocês dois só tinham que fazer uma coisa! — Rosna seguindo até eles. — Tinha que caminhar até chegarmos nessa maldita base que eu nem sei onde é! — Olha… — Murmura Lilith se apoiando em Brady que acaba caindo com Lilith por cima dele. — Ele canta tão bem… dá até vontade de dormir. — Verdade, conte mais, sua criatura bizarra! — Rosna Brady. — Vão tomar… — Ele comprime os lábios, levanto as mãos até as têmporas tentando manter a calma. — O que vamos fazer? — Não sei… — Murmura Ayrlon enquanto eles se levantam e começam a girar olhando ao redor e rindo. — Talvez… não tenho antídoto para cogumelos alucinógenos, mas… sei que se eles comeram em abundância, pode ser que fiquem em coma. — Deve ter sido pouco, ainda assim deixou eles surtados. — E eu vou acabar batendo neles. — Melhor usar um de seus antídotos. — Vou pegar a maleta e ver se algum deles serve, acredito que tenha para plantas venenosas ° ° ° ° ° cap.230 Enquanto Ayrlon divide uma ampola de antídoto e aplica nos dois, eles continuam sendo monitorados. — Devemos matá-los? — perguntou um dos homens. — São um bando de atrapalhados, apesar de estarem armados e sugestivamente parecerem estar em alguma missão. — Vamos consultar Beliarde. — Sugere um dos homens. Eles seguem até o escritório onde Beliarde está reunido com Cassius e Ramis. — Senhor! Temos invasores na floresta. — Anuncia um dos homens após bater na porta, em seguida entrando na sala. — Quem seria? — Quatro adolescentes, dois estão drogados após comer cogumelos venenosos. — Hum, amadores. — Murmura Cassius tranquilo. — O que estão fazendo aqui? — Estão armados, são três meninos e uma menina, não são campistas. — Interessante… — Suspira Cassius encarando Ramis. — Me mostrem as imagens. — Pede Beliarde. — Vamos com vocês. Avisa Cassius e seguem até a sala de vigilância, eles assistem à cena dos dois rapazes ajudando os outros dois, Ayrlon arrastava os dois corpos e colocava um ao lado do outro, em seguida se sentando próximo à raiz esperando que o antídoto faça efeito enquanto Lilith e Brady riem que nem dois dementes. — Não pode ser… aproximem tem as câmeras. — Pede Cassius reconhecendo-os ainda assim sem acreditar. — Ah não… — Esbafori Ramis. — Filhos da p**a! Você disse que ela pensava que você estaria no Canadá se por acaso desconfiasse como ela está no Texas? — perguntou Ramis, aborrecido. — Controle sua língua! Alguém vazou informação, isso não tinha como dar errado, ela tinha que está na sede de Alan Diggory. — Comentou Cassius imparcial. — Mas não é o que parece, será que foi Laysa? E como eles chegaram aqui? — Laysa nunca faria isso, além disso… ninguém mais sabia para onde iríamos a não ser e nosso pai e eles não contariam. — Comentou encarando Ramis, desconfiado. — Ah… não está pensando que fui eu, certo? — Quem mais seria? — perguntou Cassius desconfiado. — Eu não ligo meu celular desde que saímos do Brasil, eu vou mostrar! Ramis liga seu celular e finalmente ter acesso à internet e mostra a Cassius sua lista telefônica a sua última ligação, até receber a notificação do grupo de rapazes. — O que é isso? — Perguntou Cassius ao ver a mensagem de Sandres. — Está explicado, seu irmão precipitado fodeu com meu plano de manter aquele furacão em casa. — Resmunga Cassius encarando a tela. — E, por que diabos, Ayrlon arrastou a minha filha como um corpo sem vida? — É sua filha! — Perguntou Beliarde cético. — Não! É uma doida desobediente! — Corrige Cassius desconcertado. — O que você acha? — Perguntou Brendo, percebendo eles aparentemente voltando à lucidez. — Não sei, será que voltaram ao normal? — Perguntou Ayrlon se agachando ao lado de Lilith encarando seu rosto. — Lilith, você me ver? — Perguntou esperançoso. — Estou vendo… você é muito feio… eca! — murmurou com cara de asco. — É… — Suspira Ayrlon sem reação. — Ela ainda tá drogada. Tá alucinando, imagina? Me chamar de feio. — Convencido! — Pigarreia brendo. — Quem me acha feio? Eu não sou feio, é isso! O antídoto não fez efeito. — Então o que acontece? — Eles vão ficar mais doidos ainda, por acaso Lilith já está, e está me chamando de feio. — Do que está falando? O minotauro tá bastante feio, tu tem um mega traseiro e… está parecendo uma gelatina. — Murmura Brady. — Uau… que b***a grande! — O quê? Vocês dois estão loucos? Que inferno… esse assunto de traseiro de novo. — Resmunga Ayrlon inconformado recuando. — Sinal que eles estão ficando bem, além disso, já está na hora de você superar isso. — Olha… pensa que é fácil após ter um melhor amigo que escrevia textos gay com meu nome? — Perguntou enojado. — Pensa bem… não era você que era fodido e sim ele, por você! — Brendo cai na risada enquanto Ayrlon convulsiona de vergonha internamente. — Nunca mais na sua vida você vai falar disso! — Rosna apontando a metralhadora contra o amigo que entope a fala. — Tudo bem… Brady e Lilith ainda estavam delirando enquanto o efeito do remédio era gradativo, Cassius e Ramis descem com uma equipe para resgatar os meninos. — Meus homens sabem a direção correta para seguir, se seguirem linha reta podem se deparar com o lago de lama e já digo que ali já morreram mais homens do que se pode contar. — Como assim lago de lama? — Perguntou Cassius. — Um local eficaz para executar inimigos e traidores lentamente, seus amiguinhos não estão muito longe do local, foi uma sorte aqueles dois terem se envenenado. — Está dizendo que… — Murmura Cassius perdendo a voz enquanto Beliarde lhe mostra um mapa. — Lago assassino de lama que as vítimas afogam lentamente e morrem mais lento ainda. — Conta segurando o riso. — Dardos venenosos, armadilhas. — Para que tudo isso? — Perguntou Cassius cético. — Apenas siga meus homens para ninguém morrer. — O que você é, um galileu da vida? — Perguntou ao se recordar da casa assassina do homem que ocupa a sexta colocação das potências poderosas. Cassius segue de moto e Ramis logo atrás enquanto um grupo de quatro motos seguem na frente, em cinco minutos eles encontram o grupo de meninos. Eles os encontram seguindo caminho acima, Brendo ajudando Brady a andar e Lilith nas costas de Ayrlon. — Droga… será que é problema? — Murmura Ayrlon sem reconhecer nenhum dos homens de capacete. — Se for estamos fora de combate, vamos nos entregar, não tem jeito. — Sugere Brendo. — Eles vão nos matar… — Avisa Brady apontando o dedo tremo, em seguida mostrando o dedo do meio. — Sim, vamos lutar com eles! — Quando a gente subir, vamos voltar aos antigos tempos em que vocês eram disciplinados. — Rosna Cassius tirando o capacete, deixando os meninos sem reação. — É pior do que pensei! Corre! — Ordena Brady tentando se virar e correr, assim como Lilith tenta pular das costas de Ayrlon e cai no chão também. — Fugimos sem eles? — Perguntou Brendo, não teve nem resposta quando Ayrlon se virou para sair correndo. — Eu avisei, um passo e vocês levam bala no traseiro. — Avisa Ramis. — Que merda! Isso de novo! — Rosna Ayrlon os encarando cético.
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