Isabelly VI

987 Words
· Duas semanas depois Não vi ou ouvi falar mais de Ítalo e isso é bom né? Claro que é bom, melhor assim. – Em, vai inaugurar uma boate hoje e eu consegui dois ingressos, bora? – Shirley me chama. – Depende – Ela faz uma cara de brava – Vai ter homem bonito, gostoso e pelado nessa boate? – Para de ser safada Isabelly, homem vai ter, bonito e gostoso não sei, pelado eu acredito que não. – Então não vou. – Ah sua cretina, você vai sim, foi uma luta para conseguir roubar esses dois ingressos. – Você roubou? – Claro, a bruxa tinha vários, ela nem vai perceber. – Começamos a rir. – Beleza, que horas? – Pergunto. – 23h te busco. Shirley me buscou no horário combinado, chegamos na boate e é bem bonita, muito chique por sinal. – Não vamos ter dinheiro nem para beber uma água – Falo. – Então vamos agradecer pela beleza que nos foi concedida. – O que isso tem haver sonsa? – Hoje você vai ter que usar ela, se quiser beber um drink – Fala rindo. – Ridícula mesmo né. – O que foi? Vou pagar com xerecard mesmo, não tenho dinheiro para bancar esse lugar, se você achar um bom partido aqui se joga, porque irei fazer o mesmo. – Foi uma péssima ideia isso aqui – Comento baixinho. Dançamos um pouco e pedimos uma água para beber, só aí foi meu salário do mês, tô brincando, mas é caro, tudo aqui é caro. Shirley já achou um cara para se encostar e já está doidona, como ela mesmo disse, no final ela vai pagar com xerecard, o pior é se o cara quiser cuvisa, por isso nem me arrisco nessa merda. – Eu estava mesmo procurando uma bela companhia essa noite, mas não imaginava que seria você – Essa voz, eu reconheceria essa voz a milhares de quilômetros de distância. – Quem disse que estou disponível? – Me viro e ele está tão perto que quase o beijo. – Não estou te vendo acompanhada e se eu bem me lembro você me deve uma f**a bem quente e gostosa. – Eu não te devo nada, agora sai da minha frente, tem um carinha ali me olhando e você está me queimando. Ele olha na direção do carinha que falei e sai da minha frente, senta-se no barzinho e pede uma bebida. Ele fica me observando, merda, terei que ir até aquele cara lá e agarrar ele. Ando na direção do cara que está dançando e começo a dançar na frente dele, o cara agarra minha cintura e dançamos juntos, quando estou quase beijando-o sinto alguém me puxar. – Qual é cara? A gente estava se divertindo – O rapaz que não sei o nome fala. – Cala a sua boca, se divertindo o c*****o – Ítalo fala irritado. – Qual é a sua em? – Grito com ele. – Cala boca você também, vem comigo! – Cala boca você seu i****a, não vou a lugar algum. – Ah você vai Isabelly, com toda certeza você vai – Ele me pega no colo e me coloca em seus ombros. – ME LARGA SEU CRETINO, SAFADO, ME LARGA – Começo a gritar e me debater enquanto ele me leva para fora da boate. Ele me coloca dentro do seu carro e começa a dirigir. – Qual a sua Ítalo? Que saco! – Esbravejo – Eu não sei tá legal? Eu não sei, você me tira do sério – Ele fala e aperta o volante com mais força. Decido ficar quieta. Percebo que ele passa reto da casa dele e vai em direção à minha. – Vai me levar para onde? – Decido perguntar. – Sua casa. – Ah tá. – No fundo, bem lá no fundinho, tem um pouco de decepção na minha voz. Chegamos em frente ao prédio onde moro. – Valeu pela carona, mesmo que tenha sido obrigada – Agradeço. – Porque você mexe tanto comigo Isabelly? – Ele me olha e posso ver que está confuso. – Não sei Ítalo, você também me confunde. Ele se aproxima e passa as mãos pelo meu rosto. – A gente não pode se entregar a isso, você merece coisa melhor, um cara da sua idade. – Ele me acaricia. – Isso quem tem que decidir sou eu e não você. Ficamos nos olhando por um tempo até que eu decido beijá-lo. Vou deixar para me arrepender depois, agora vou fazer o que tenho vontade. Ficamos nos beijando e passando a mão pelo corpo um do outro, até que ele nos afasta. – O que você quer de mim? – Ele pergunta. – Quero você! – Você já me tem, estou aqui. – Não assim Ítalo. Quero você só para mim. Quero essas coisas que gente normal faz, sabe? Encontros, cinemas, coisas de casalsinho, essas coisas bonitinhas, não quero ser só sexo, eu mereço mais que isso. – Não sei se posso te dar isso Isa, nunca fiz isso. – E está disposto a tentar? – Pergunto com uma pequena esperança. – Não sei – Vejo em seus olhos que está sendo sincero. – Tudo bem. Se um dia você tiver certeza e quem sabe eu estiver disponível, a gente não tenta? Até lá, não me procure e nem tente nada comigo. Posso ser nova, mas não sou burra. Eu mereço um cara de qualquer idade, desde que ele queira me valorizar, a idade é o de menos, o importante mesmo é o sentimento. Não mereço ser casinho de ninguém. Boa noite! Saio do carro e entro o mais depressa possível no prédio. Não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar. Subo até meu andar fazendo esse mantra mentalmente. Por fim quando chego no meu quarto e me jogo na minha cama eu choro. Choro porque eu ainda o amo muito e isso é uma merda!
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