Capítulo 3

1197 Words
Rafael Passaram duas semanas mais Melissa, não saia da minha cabeça, vendo ela todo dia, iria brevemente enlouquecer de tanto desejo. Nossos olhares se cruzam todo o instante. Sempre sentava na primeira carteira, cruzando e descruzando as lindas e sedutoras pernas. Toda sensual. As roupas eram provocantes; saia curta, com decote, ou calça bem apertada e cropd. Intimamente adorava quando mostrava aquela barriga lisinha, cintura fina. Melissa era um mulherão chamando atenção por onde passava. *** Mais tarde... Passei pelos corredores da faculdade,encontrando Scott e Melissa. Ele estava flertando com ela. Na mesma hora parei no corredor cheio de ódio desse rapaz. Pensamentos homicidas aparecem em minha mente. Respirei fundo, fechando as mãos. A linda olhou para mim dando-me um sorriso, um sorriso terno. Enquanto isso o babaca do meu aluno continuava a tagarelar e olhar para minha Melissa... Minha. Um sorriso bobo preencheu os meus lábios. Continuamos a nos olhar, mas seu olhar muda, olhado-me dos pés a cabeça, demostrando desejo. Infelizmente Renata apareceu bem na minha frente, surgindo feito uma aparição. — Como você está? Ignoro- a. — Rafael!! Deixei de olhar a bela Melissa forçadamente para olhar a minha ex- futura noiva. — Estou ótimo, Renata. — Respondi curto e grosso. — Não sentiu minha falta, né? É, pelo visto apostei alto demais. — Nunca te iludi, sempre falei que não estava pronto para o próximo passo. Se foi embora, foi porque quis. — Tudo que vivemos nesses dois anos não significaram nada pra você, Rafael ? Colocou a mão na cintura impaciente. — Ignorou-me por semanas, trabalhamos na mesma faculdade e evitou-me o tempo todo e agora quer fazer cena!? — Nem recebi uma ligação sua. Falou toda melosa, segurando na minha gravata. Os olhos é de uma felina prestes a da o bote. Na mesma hora retirei suas garras de cima de mim. Melissa olhava-me com fúria naqueles olhos verdes. Renata vendo a minha reação, virou -se para olhar na mesma direção que eu. — Hum... vejo que o professor bonzinho está... — Não ouse, Renata. — Adverti, fazendo-a voltar a me olhar. Percebi que a minha aluna e os outros entram para dentro da sala. Imediatamente sai de perto dela, deixando-a para trás. Seguindo para a aula de pedagogia, hoje darei um teste. — Quando você vai botar nessa sua cabeça, Rafael, ela não vai voltar mais! Ditou alto sem um pingo de ética profissional. Voltei até a Renata, lotado de raiva e tristeza. Esses dois sentimentos consumia-me por dentro. Como ela ousava... falar dela... A expressão assassina a assustou, fazendo-a recuar. — Não fale dela, não use isso contra mim. Logo sua petulância tomou conta. Renata chegou bem perto do meu rosto com desdenho, desafiando-me. — A Ângela morreu e nunca mais voltará, aceita que dói menos. — Silêncio... não fale o nome dela... arrependo-me do dia que te contei sobre minha... minha Ângel! Cuspi as palavras, sufocando a vontade de gritar. — Infeliz! Saiu rapidamente da minha reta, indo para sua sala de aula. Continuei ali parado olhando para o nada, nutrindo a mágoa despertada da alma. Respirei fundo, controlando as emoções. Depois de conseguir me controlar segui até a minha classe, avisando a todos sobre o teste surpresa. Duas horas depois... Todos os alunos saíram, menos Melissa. Ficamos sozinhos na sala, ela fingia que estava ainda fazendo o teste. Sabia perfeitamente disso sei. Queria ver até onde ela queria chegar com isso. Imaginei nós dois transando na minha mesa, cadeira, onde está sentada. Todas as posições possíveis e impossíveis passaram pela minha mente. Queria que ela tomasse iniciativa. Como sou t**o nunca poderá ter nada entre nós. Verifiquei seu histórico escolar. Menina prodígio, entrou na faculdade com apenas dez anos por ser super dotada, avançada para sua idade, pulou várias séries... Fez duas faculdades: moda e arquitetura... Sinceramente, não entendia o porque desse desejo em fazer mais duas especialidades totalmente diferente. Poderia fazer uma pós graduação, mestrado... Admirei-a pela sua gana de estudar. Melissa era muito inteligente. — Como uma aluna tão brilhante e especial, demora para terminar um mero teste de pedagogia? Ergueu olhos para mim, seriamente. — Você me pegou, professor! Também tenho muitos dons e talentos que durante os anos adquiri, quer conhecê-los? — O que quer dizer? — O professor é cético? Achei graça. — Só acredito no que posso ver. — Então é cético. — Acabou o teste? — Sim, acabei nos primeiros dez minutos. Não me surpreendi com essa revelação, mas ainda estava confuso por não saber sua verdadeira intenção nisso. Levantou lentamente de sua cadeira com o teste em mãos, entregando-me meio desconfiada. Seguramos as pontas do papel. Nos encarava-mos intensamente. — Já esqueceu a Ângela?! Irritei-me pela segunda vez. Puxando o teste brusco, mesmo com ela soltando. — Isso não é da sua conta! — É, sim, e te garanto que Ângela nunca te esqueceu. Quem é aquela mulherzinha lá fora, sua amante? Levantei furioso. Não iria permitir que uma aluna falasse assim comigo. De Respeitosamente. — Basta Melissa!Retire-se! Põe as mãos delicadas, espalmando unhas pintadas de vermelho, apoiando na mesa. Seus olhos transbordam lágrimas, o rosto angustiado. — Não! Rafael. Vou ficar! Precisa saber quem sou... Sou ela... Não vê? — Melissa do que está falando? Olha não importa quero você fora daqui agora! Não deixei ela falar, já me encontrava puto com todo mundo hoje falar dela. Peguei Melissa pelo braço, levando-a para porta sem machuca-la. Mesmo assim ela chorava. — Sempre soube que seria assim, mas não sabia que me machucaria tanto! Me larga Rafael. Ela se soltou, deixando-me de costas para a porta, olhava-me com muita tristeza. — Será que você não consegue enxergar. Sou eu... sua Ângela! — O que!? Mas que maluquice é essa? Por favor saia! É uma ordem! — A voz saiu ríspida. Abri a porta apressadamente, porém, empurrou usando apenas o ombro, ficando encostada nela, bem próximos. Tentei ficar indiferente, olhar para o outro lado, colocando as mãos na cintura. — Olha para mim, Rafael.Por favor. Pediu tão docemente que foi incapaz de resistir a voz de sereia. Olhei para ela querendo explicações plausíveis. Melissa aproximou-se mais, chegando perto do meu corpo, tocando a minha face. O toque transmitia paz a alma atormentada, tanto que fechei os olhos, seduzido. Gemi baixinho, ouvindo seu risinho. O corpo correspondendo ao seu, e imediatamente coloquei as mãos na cintura fina, colando-a ainda mais em mim. — Eu te amo, sempre te amei e sempre irei te amar... Só quero dizer que... a minha alma reconhece a tua. Escutei a frase que me perseguiu durante anos a fio saindo de sua boca. Abri os olhos, afasto-me do seu toque quente meio contragosto, pois todo o meu ser se revoltou contra. — Como sabe disso? Quem te contou? — Ninguém meu amor... Eu estava lá... Balancei nervosamente a cabeça, tentando me afastar ainda mais dela, mas Melissa estanca bem diante de mim, prendendo-me. — Não tem como, foi a vinte anos atrás, você nem tinha nascido! — Realmente. Nasci depois. Sou Ângela! morri nos seus braços, levei um tiro no peito bem diante de você e voltei, estou aqui agora. Voltei por você, meu eterno amor.
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