Eterno Amor

Capítulo 6

Melissa

Depois da nossa primeira vez nessa vida, meu grande amor me levou ao seu banheiro, colocou-me de pé no box com extremo cuidado, lavou todo o meu corpo. De cima a baixo.

Aproveitamos e fizemos amor mais uma vez ali mesmo.

Foi sublime...

Quando terminamos voltamos para a cama. Nús e agarradinhos.

Deitada sobre ele olhava fixamente nos olhos um do outro com paixão, tocando em seus cabelos. Rafael alisando os meus.

Já era de noite mas nós dois não queríamos dormir.

— Aquilo que você fez na faculdade... tem como mostrar uma das nossas vidas passadas?

Sorri admirada pela sua curiosidade.

— Bom... posso tentar. Qual época você quer?

— Você escolhe meu amor. Minha Melissa.

Me deu um beijo rápido e aguardou.

— Tem uma vida nossa que eu gosto muito, embora no começo eu naquela época não gostava de você.

Ele fez uma carinha de surpresa.

— Achei que em todas as vidas passadas éramos bem apaixonados. Me enganei? — Perguntou confuso.

— E sempre fomos. No século 18 na Índia em que eu era a princesa Kira prometida desde o nascimento pelo seu pai o rei Badu, para o príncipe Began, você. Mas no começo que soube do casamento quando era muito jovem, me desesperei...

— Me mostra, quero ver essa versão indiana de nós dois.

Roçei o nariz no seu, dando um estalinho.

Toquei as laterais da sua cabeça, deixando as palmas das mãos abertas. Ele fechou os olhos juntamente comigo.

"Imagens da mente de melissa de uma determinada vida passada, mostrando dentro da mente do Rafael... Usa a telepatia para se comunicar com ele."

— Naquela manhã ao acordar tinha completado algumas primaveras. E acordei assustada por sentir que a minha vida iria mudar.

Depois de uma bela confraternização com muita música, convidados e dança. Meu pai, o rei, anúncio o meu matrimônio com o príncipe de outro reino, dizendo que essa união era sagrada e teríamos muita prosperidade para o seu povo.

Como filha única fiquei desapontada e tentei fugir...

Não consegui ir muito longe, o rei Badu foi mais esperto e colocou os seus próprios guardas pessoais do castelo para me seguir, sendo assim virei prisioneira do meu pai.

A princesa Kira(eu) tinha perdido a mãe, a rainha Késia assim que dera a luz. Só conheci o amor materno através das servas do castelo, que se revisavam para cuidar de uma recém nascida.

Assim que nasci, talvez amargurado por perder a sua rainha, achou de se vingar da sua primogênita, oferecendo o seu bem para o outro reino em troca de prosperidade eterna, uma moeda de troca era o que eu era.

Mas não me dei por vencida... Fugi de novo e consegui.

Só que na segunda vez fui preparada e armada para acabar com a vida do príncipe que iria me desposar," o príncipe Began(você)"

Não sabia como era o seu rosto, jamais havia visto ele na vida, mas o odiava profundamente.

O único jeito de ser livre seria cortand.o sua cabeç.a com a minha própria espad.a.

Disfarçada e com a metade do rosto coberto para ninguém do reino desconfiar que eu era a princesa fujona.

Foi uma verdadeira aventura para chegar no reino do príncipe.

Mas cheguei e logo o confrontei.

Eu não tinha certeza, porém algo nele me dizia que era o príncipe.

Lutamos com espadas, sem ele saber a minha verdadeira identidade.

Tinha tanto ódio na minha força e o príncipe(você) simplesmente se divertia.

Ai do nada quando ficamos próximos, ele puxou o tecido que cobria o meu rosto.

O príncipe ficou perplexo e fascinado.

A princesa ficou confusa e apaixonada, mas não cedeu a voz do seu coração.

A luta prosseguiu...

Todavia ele só segurava os golpes com um olhar de admiração e... ternura?

Disse-me: " Quem é a bela jovem que se mostra tão atrevida ao ponto de desafiar o príncipe Began do império Pala?"

A princesa não respondeu apenas avançou para a.ssassina-lo.

Ao ataca-lo não reagiu, a minha espada tocou no seu pescoço... você apenas sorriu, o homem mais lindo que havia visto em todo o reino; um queixo quadrado com um furinho no meio, rosto viril e olhos verdes que sorriam junto com os lábios tentadores. Ficou esperando morrer pela minha lâmina.

Você era tudo o que eu não esperava encontrar... Um nobre capaz de se manter firme diante da sua possível morte. Corajoso,valente... Um verdadeiro príncipe.

Guardei a espada sentido que havia sido derrotada de certa forma... O príncipe Began havia roubado o coração da princesa Kira.

Fugi ouvindo seus gritos pra voltar, roubei um cavalo e cavalguei de volta para o castelo.

Voltei como se nada tivesse acontecido.

A minha fuga foi coberta por uma criada pessoal minha que assumiu o meu lugar, ela era muito parecida comigo.

Depois informei ao rei que não precisava mais mandar me vigiar e me conformei com o casamento.

O tempo passou...

Faltava uma semana para o casamento real, as servas ficavam sempre comigo. Eu estava super nervosa... qual seria sua reação ao descobrir no altar que a menina que tentou mata-lo, seria a princesa prometida?

E se ficasse rancoroso e me odiasse para o resto da sua vida?

Sofri em silêncio por dias a fio, pensando nas possibilidades...

O dia do casamento chegou...

As servas me arrumaram e me prepararam para o encontro do meu noivo. Meu coração não parava de chorar por ter agido impulsivamente e agora pagaria o preço.

E viveria com a incerteza de que caso meu pai o rei viesse falecer, meu esposo tomaria o seu lugar e poderia me sentenciar a morte por atentado ao futuro rei do império Chola.

Meu reino. Caso viesse um primogênito dessa união planejada o reino do meu pai passaria para o meu filho.

Mesmo assim viveria com esse medo de ser acusada de traição.

Foi uma grande festa no reino, uma caravana seguiu para o castelo. Sentada em um elefante seguimos para o reino do império Pala, agora lá seria o meu novo lar e o rei festejava com o seu povo a oferenda que era eu.

Ao chegarmos, o rei Badu me tirou do animal e pediu para seguir adiante sem olhar para trás. Nem um beijo de despedida ele deu.

Uma multidão nos cercava cantando para a chegada da princesa Kira, a prometida para o príncipe Began.

Haviam feito canções para esse dia, uma homenagem a união real.

Caminhei para a minha nova vida. A medida que andava eu morria, a medida que caminhava eu via o seu belo rosto.

Continua...