Continuando...
Nos beijamos ardentemente e fomos para os seus aposentos reais. Me tomou como sua mulher, foi amável, carinhoso, delicado e muito apaixonado... beijando cada centímetro, milímetro do meu corpo.
Sua adoração e veneração durou por toda a nossa vida.
Todas as noites e dias fazíamos amor, era o nosso momento mais íntimo, da nossa ligação. Porém nos salões do castelo sempre éramos flagrados aos beijos quentes. Conhecidos como o matrimônio almejado de todas as princesa do reino.
Ao descobrirem a gravidez todos do império Pala e Chola, festejaram por dias a fio.
Eu e você ficamos emocionados e muito felizes. Nossa união estava completa.
Tivemos três lindos meninos e vivemos o nosso amor até a velhice chegar e nos levar de volta para começar tudo de novo...
************************************
Rafael
Fui puxado das imagens lentamente dessa vez, abandonando a vida na Índia quando era um príncipe de um império.
Abri os olhos e a Melissa estava com a cabeça no meu peito, segurei o seu rosto a chamando e vi que m*l respirava, havia desmaiado.
— Melissa.... Melissa! Droga!
A retirei com cuidado dos meus braços, peguei suas roupas e a vesti. Coloquei as minhas e sai de casa com ela nos meus braços. Chamei um táxi que passava na hora.
— Melissa, meu amor acorda.
Pedia, clamava nervoso durante a corrida do táxi. Mas nada dela acordar. Se algo acontecesse com ela não iria me perdoar, aliás foi eu que pedi para fazer a demostração da vida passada. Porr.a!
O taxista chegou bem rápido, paguei a corrida e sai do carro entrando direto na emergência.
Enfermeiros me atenderam, não tinha pegado os documentos dela, só os meus. Me responsabilizei por ela.
Levaram a Melissa na maca para dentro e não me deixaram entrar.
Fiquei esperando atormentado, aguardando notícias.
Reparei um homem jovem e super alto todo de preto sério e carrancudo, entrando. Parecia até aqueles caras... Ha! Deixa pra lá.... Quero a minha Melissa bem.
************************************
Melissa
— Já tentamos furar a sua veia, não adianta a agulha se curvou, é inacreditável...
— Então verifica os pulsos...
Escutei várias vozes sobre mim, balancei a cabeça atordoada... acordando do abismo que cai ao voltar das visões de outra vida. Levantei de repente, assustando uma equipe medica que aparentemente tentava me ajudar.
— O que estou fazendo aqui? — Perguntei a eles.
— Foi trazida por um homem moreno alto, a senhorita estava desacordada!
— Estou bem agora... me deixem! — Reverberei rispidamente, olhando fixamente pra eles. Prontamente obedeceram, é claro.
Não gostava de usar esse poder mental, controlar mentes, apagar o que viram aqui. Era baixo demais, mas era preciso.
Droga! Não posso vim para o hospital. Quando papai e mamãe fizeram isso para examinar se havia algo de errado na minha cabeça, no meu corpo, quase fiquei em um tipo de prisão para pessoas esquisitas e incompreendidas.
Não precisava de nada disso.
Escutei passos no corredor e sai rapidamente da cama.
Um homem loiro, parecendo um armário empurrou rudemente a porta. Entrou e estancando no meio do estreito quarto.
Retirou os óculos redondos e pretos dos olhos, revelando a cor deles.
Mirava-me severamente, por que? Se nunca o vi antes.
— Ângela... não se lembra de mim? — Sua voz era dura.
— Não! Deveria? E como me chamou mesmo?
— Ângela, porque esse é o seu verdadeiro nome.
O olhei estreitando meus olhos ao pensar... Não... não podia ser.
— Barqueiro? Como isso é possível?
Quando o conheci no barco, atravessando o mar do esquecimento ele era um velho!
Abriu os braços... Usava roupas pretas, botas e sobretudo, parecia um personagem de filme.
— Esse corpo jovial é emprestado. Eu o possuí para executar o meu serviço terreno.
Cruzou os braços sobre o peito.
— Você está irritando pessoas lá de cima, desci aqui na Terra somente para levá-la de volta.
— Está louco! Eu não fiz nada! E além do mais quem são esses seres celestiais?! — Perguntei irritada.
— São os que ordena e mandam, não precisa conhecê-los, Ângela! Os seus dons e talentos são perigosos para a humanidade. Venha e retorne comigo, se vier por bem, terá outra chance de reencarnar em outra geração. Você burlou as regras mocinha, voltou cedo demais. Sabia que traria problemas quando mergulhou no mar, acabou achando uma forma de regressar.
Abaixou os braços com as mãos fechadas.
— Renda-se ou sofrerá as consequências!
Me posicionei em modo de luta, afastando as pernas e erguendo as mãos em punhos.
— Prefiro sofrer as consequências, jamais retornarei contigo!
Ergueu uma sobrancelha.
Em modo de luta me atacou, rapidamente antecipei os seus golpes, desviando deles com maestria. Revidei a ofensa com murros na sua cara, pescoço e braços. A minha carne era bem mais dura e resiste, a sua era de um mortal comum.
Mesmo sendo o dobro do meu tamanho não tinha vantagem, pois eu tinha anos de prática milenar em todas as lutas... Lutamos artes marciais.
Andamos em círculo dei um golpe de direita, usando a perna para lhe dar uma rasteira. Caiu no chão batendo a cabeça deixando-o tonto. Me abaixei e deferi um último golpe socando sua testa.
Notei que o ar havia ficado diferente, o barqueiro abandonava o rapaz. Dava pra senti-lo deixando o corpo, exalava um cheiro de água do mar.
Os meus golpes não foram para matar, mas sim para deixá-lo desmaiado. Era um covarde, o menino que sentiria as dores depois.
Não me importava o mortal que pegasse pelo caminho, só queria paz para viver o meu grande amor. Passarei por cima de qualquer um para obter isso!
Sai do quarto chamando os enfermeiros para atender a vítima.
Encontrei Rafael no salão, ele me abraçou e me beijou, preocupado, falando que nunca mais iria pedir isso de novo.
— Amor eu estou bem... Olha para mim... estou ótima.
Sorri, alisando os pulsos.
— Então vamos para a nossa casa.
— Sim. Vamos.
No caminho de casa expliquei que o desmaio deveria ser pelo fato de que nunca havia mergulhado tão fundo numa vida passada, conectando as minhas visões na mente da outra pessoa. Antes para ter acessos a elas eu sonhava ou escolhia mentalmente em qual pensar. Entretanto, tudo ficaria bem, pois nem o carinha vestido de Matrix era pairo para Melissa.