Kakuji estava numa boate num bairro movimenta do Japão, um dos muitos negócios dos seus irmãos. As coisas não andavam muito boas para eles, as perdas dos seus carregamentos atrapalharam bastante os seus negócios, e o pior era não poder fazer nada, ao menos agora eles tinham informações importantes sobre a Fênix, em breve eles estariam dando o troco em Ricardo por todo o prejuízo que eles tiveram.
A sua frente uma garota dançava fazendo algumas performances numa barra, aquilo era excitante, e justamente o que ele precisava para esquecer o estresse dos últimos dias.
A menina se aproxima dele se esfregando no seu colo, elas sabiam bem do que ele gostava, e ser alguém de influência dava-lhe acesso às melhores garotas daquela boate, o que era um bónus.
Ela dançava ao ritmo da música enquanto tirava as suas roupas lentamente, Kakuji estava tão concentrado nela que não percebeu a presença de alguém sentado mais atrás, quando os seus olhos caem sobre a figura num canto ele leva um susto.
_ c*****o! Quem é você? - pergunta ele empurrando a garota e procurando a sua arma, mas o homem é rápido em vir até ele e chutar a sua arma para longe.
_ Saia, e nenhum pio sobre isso. - diz ele a garota que assente pega as suas roupas correndo e sai para fora.
_ Quem é você? - pergunta Kakuji novamente, os seus olhos fixos no homem a sua frente. Ele observa o homem se sentar na frente dele colocando a sua arma no colo.
_ Me surpreenda que você não saiba quem eu sou. - diz ele, Kakuji percebe que ele usava um sintetizador para mudar a sua voz, ele usava roupas escuras assim como a máscara que cobria o seu rosto, as únicas partes do seu corpo que estava visível eram seus braços, e quando um feixe de luz bate sobre ele, os olhos de Kakuji se arregalam ao ver a sua tatuagem.
_ Não pode ser! - diz arfando, alguém havia enviado Rino atrás dele.
_ Pelo que vejo agora se lembra. - diz Rino e Kakuji pode sentir o sorriso na sua voz.
_ Por que eu? - pergunta enquanto olhava para os lados procurando uma possível saída.
_ Você deve saber, não teriam me mandado se você não tivesse mexido com quem não devia. - diz ele de forma tranquila, ver o desespero do homem a sua frente enchia-lhe de prazer.
_ Eu p**o o que quiser. - tenta negociar, ele sabia que Rino era um assassino caro, e que poucos conseguiam pagar por seus serviços, não tinha alguém no submundo que não o conhecia.
_ Sabe que isso não adianta comigo Kakuji, quando eu fecho um serviço não importa o preço que me ofereçam os alvos, eu apenas cumpro o que me mandaram. - diz ele de forma tranquila, mas o desespero nos olhos de Kakuiji eram visíveis.
_ Quem te mandou? - pergunta ele.
_ Isso eu posso te responder, afinal, o meu cliente te mandou um recado. - diz ele sorrindo, não que Kakuji pudesse ver, ninguém via o rosto de Rino, ele era como uma sombra, quando a pessoa menos esperava ele aparecia, e antes que ela se desse conta do que estava acontecendo ele partia.
_ Um recado? - pergunta ele confuso.
_ Sim, acredito que conheça o Ricardo. - ele vê os olhos do homem a sua frente arregalarem-se com a menção ao chefe da Fênix.
_ Por que Ricardo ia querer algo comigo? - pergunta.
_ Por que vocês estão com algo que ele deseja, e a próxima cabeça que chegara numa caixa será a sua. - diz ele dando uma risada que faz o corpo de Kakuji se arrepiar inteiro.
_ Não tenho nada a ver com isso, você não pode tocar em mim. - tenta argumentar.
_ Isso não existe, mas Ricardo resolveu ser generoso com você. - aquilo deixa Kakuji desconfiado, ele sabia que o líder da Fênix podia ser tudo, menos generoso com os seus inimigos, ele sabia que não gostaria daquela conversa.
_ Como assim?
_ Ele me pediu para te deixar fazer uma escolha, - diz Rino fazendo uma pausa. - O que você vai querer na caixa? A sua cabeça, ou seu p*u?
Parecia que o ar tinha deixado os pulmões de Kakuji, ele não acreditava no que estava ouvindo, aquilo só poderia ser uma piada, mas uma olhada novamente em Rino e ele sabia que era real, muito real.
Rino ainda não tinha se mexido, ele estava gostando da cara de desespero do homem a sua frente, aquilo quase compensava o tempo que ele estava perdendo ali, então paciente mente ele espera a resposta de Kakuji.
_ Então? O que vai ser? - pergunta Rino após alguns minutos sem resposta.
_ Tem que ter outro jeito. - diz ele passando a mão pelos cabelos desesperado.
_ Não, a proposta é essa, você não tem uma terceira opção. - diz ele frustrando-se com a demora do homem.
_ Se fizer isso os meus irmão vão pedir a sua cabeça. - diz ele com os olhos cheios de ódio.
_ Todos sabem que os meus serviços são para qualquer um que pode pagar, e que não tomo partido de ninguém, então duvido muito que isso aconteça. - diz ele dando de ombros. Rino se levanta colocando a sua pistola no coldre, então puxa uma faca das suas costas, a lamina reluzia dentro da sala.
_ Se não me der uma resposta vou fazer isso para você. - diz dando um passo a frente.
_ Por favor! Eu imploro! - diz ele ficando de joelhos a frente de Rino.
_ Por mais que eu adore ver os meus alvos implorando, o meu tempo está curto, então vamos acabar logo com isso. - diz avançando sobre Kakuji.
Os gritos que se seguiram gelava a alma de qualquer um, mas Rino tinha um largo sorriso no rosto ao esfolar Kakuji. Quando termina ele sai da boate sem olhar para o homem inconsciente no chão. Rino prepara a caixa e manda entregar na casa da Yakuza, um sorriso se abre no seu rosto ao imaginar a cara dos outros irmãos quando visem o seu presente. O jogo tinha começado.