Oscar andava com passos apresados até o seu carro, os seus punhos serrados de raiva pela ousadia do seu filho. Ele não esperava que Ricardo fosse bater de frente com ele, mas havia acontecido, e isso o havia deixado possesso.
A medida que o carro avançava pelas ruas em direção a sua casa, a cabeça de Oscar girava em busca de uma forma de reverter o que tinha acontecido, ele dependia da influência da Fênix se quisesse que os seus negócios melhorassem, mas agora tudo havia se perdido em questão de minutos.
Oscar soca o banco do carro tentando conter a fúria que ameaçava dominar o seu corpo, "Ma**ito moleque", pensa ele frustrado passando a mão polos cabelos de forma desesperada.
A muito tempo os negócios de Oscar não iam bem, ele havia errado em alguns negócios e agora estava a beira da falência, mas tinha esperança de se reerguer usando a força da Fênix, mas seu filho não penas o tinha arruinado, como havia assinado a sua sentença de morte. Ele estava falido, e naquele momento ninguém arriscaria uma briga com a Fênix por causa dele.
Oscar entra e se serve de um copo de Whisky se sentando no sofá da sala, ele lembrava-se bem da primeira vez que viu Ricardo, ele ainda era um bebê e a semelhança que tinha com ele era impressionante, de certa forma ele sentiu-se orgulhoso da criança a sua frente, mas ele não desejava criá-lo, rapidamente o orgulho havia sido substituído por desprezo e nojo por seu sangue.
A mãe de Ricardo era apenas uma empregada quando a conheceu, ela era bonita e ele não pode resistir aos seus encantos, mas ele não imaginava que ela engravidaria e muito menos que exigisse que ele cuidasse do menino.
Oscar não se arrependia do que tinha feito a ela, pelo contrário, na sua cabeça ele devia tê-la matado enquanto estava gravida, desta forma ele não estaria tendo tanta dor de cabeça com o seu filho naquele momento. Pensar naquilo inflama a sua ira novamente, ele lança o copo na parede o quebrando em pedaços.
_ Estressado Oscar. - diz uma voz atrás dele, Oscar não precisava se virar para saber de quem se tratava, ele conhecia muito bem aquela voz, assim como a sensação que ela lhe causava sempre que a ouvia. Aquela era justamente o tipo de visita que Oscar não desejava naquele momento.
_ Como entrou aqui Diego? - diz ele ainda sem encarar a figura sombria as suas costas, o seu medo falando mais alto.
_ Eu entro onde quero e quando quero, - diz ele colocando as duas mãos no ombro de Oscar, os seus dedos o apertando com força, Oscar trincava os dentes para não gritar.
_ Sei disso. - diz ele respirando com dificuldade, Diego o solta dando a volta no sofá.
_ Fiquei sabendo que as meninas não estão mais no seu poder. - diz o encarando com olhos sombrios. Aquilo não surpreendia Oscar, havia bem poucas coisas que Diego não ficava sabendo.
_ É por pouco tempo, em breve elas estarão comigo novamente. - diz ele sentindo o suor escorrer por seu rosto. Tudo o que ele não precisava naquele momento era de Diego no seu pé, mas não era assim tão fácil se livrar dele.
_ Acho que você se esqueceu do trato que temos Oscar. - diz o homem tranquilamente enquanto se servia de uma bebida e sentava-se no sofá de forma despreocupada, mas aquela aparência tranquila não enganava Oscar, ele sabia o quão cr**l ele poderia ser.
_ Não me esqueci, em breve você terá o que te prometi. - diz Oscar. Há algum tempo Oscar vinha pegando dinheiro emprestado de Diego, altas quantias, e em troca Diego desejava apenas uma coisa, Melanie, sua filha mais nova. O homem havia ficado obcecado com ela desde a primeira vez que a tinha visto, mas Ricardo havia ficado mais protetor com elas e tinha impedido que ele entregasse Mel a Diego., Oscar não se importava com o que aconteceria com ela, isso não seria mais da sua conta depois que Mel estivesse com ele, o que importava era que a sua dívida estaria paga e ele teria menos uma boca para sustentar em casa.
Oscar amaldiçoava o dia em que havia casado com Antónia, a mulher nunca havia dado o que ele mais queria, um filho homem que assumisse os negócios, então quando ela morreu alguns anos depois que Mel nasceu, para ele foi um alívio, o fato de não ter que aturar os seus choros incessantes era um descanso.
_ Não preciso te dizer o que vai-te acontecer se não cumprir com a sua palavra, - diz ele colocando o copo sobre a mesa. - Talvez eu devesse te lembrar disso.
Diego se levanta e caminha como um predador até Oscar, ele era bem maior que Oscar, a sua mão desce sobre o rosto dele com um forte soco.
_ Você é tão inútil que nem uma simples coisa consegue fazer. - diz pegando Oscar pelo colarinho e desferindo um soco no seu estômago o fazendo se contorcer de dor.
_ Eu já disse que vou cumprir com o que disse! - diz Oscar desesperado. Diego o joga no chão e desfere vários chutes no seu corpo o fazendo gemer de dor, ele não era pare-o para enfrentar Diego.
_ Eu não quero ter que voltar aqui para conversar sobre isso de novo Oscar, dá o seu jeito, eu quero o que é meu! - diz ele dando um último chute em Oscar e saindo silenciosamente da casa.
Oscar xingou e praguejou enquanto sentia todo o seu corpo doer, com bastante dificuldade ele arrasta-se até o sofá e se senta, os seus problemas estavam apenas começando e o primeiro que ele precisava resolver era aquele. Oscar precisava de uma forma para chegar até Mel rápido, caso contrario ele estaria morto antes do que pensava.
Pegando a garrafa de whisky Oscar se permite pensar nos seus próximos passos, estava na hora de trazer de volta um velho aliado seu.