PÉROLA NARRANDO
O Lucas no chão sangrando comecei a gritar por socorro, nosso condomínio parece um pouco uma reserva, as casas são bem afastadas umas das outras.
Os vizinhos são milionários e não estam nem aí para os outros, podem se matar nesse condomínio, desde que não ponha a família dos outros moradores em risco.
O Lucas caído no chão sangrando, me arrastei para Cima dele, pedindo para que ele não feixasse os olhos.
— Lucas, não fecha os olhos, fica aqui, fica comigo.
Meu pai me arrancou de cima do Lucas que estava desacordado, comecei gritar por socorro enquanto meu pai tentava me arrastar para dentro de casa.
— Vem Pérola, deixa os seguranças cuidarem disso.
— Me larga pai, me solta.
Comecei gritar pedindo socorro, chamando meu pai de assassino, enquanto o Lucas estava desacordado, sagrando.
Um carro entrou e para minha sorte era a minha mãe, que desceu do carro rapidamente perguntando que tinha acontecido, Os seguranças e o meu se fizeram desentendidos.
— O que está acontecendo aqui, Pietro larga a minha filha, agora.
— Mãe, ajuda o Lucas, por favor.
Minha mãe estava com seguranças e ordenou que eles chamassem a ambulância, e partiu para cima do meu pai mandando ele me largar.
— Pérola está se espalhando em camas por aí com um traficante procurado pela justiça, só estou salvando a minha família de ter o nome jogado na lama por essa inconsequente.
— Já mandei largar ela.
Meu pai segurava meu braço de um lado, minha mãe puxava do outro lado, mas os meus olhos lacrimejando não saiam do Lucas ali caído.
Mesmo ele sendo um louco, eu não queria que isso estivesse acontecido, muito menos pelas mãos do meu pai, Isso é uma monstruosidade.
Em um certo momento eles iniciaram uma discussão mais acalorada, consegui me soltar e fui para o lado do Lucas sentei no chão e coloquei sua cabeça em meu colo.
— Demo, acorda, você não pode morrer agora.
A Ambulância chegou rápido, ainda bem, meu pai tentou me segurar mais minha mãe não deixou.
— Como ele está Moço?
Perguntei muito preocupada eu não consegui encontrar o pulso do Lucas enquanto ele estava com a cabeça no meu colo, estou me sentindo muito culpada por tudo que aconteceu meu pai não podia ter feito isso.
Se ele morrer vou me sentir muito m*l, Você é culpada pelo amor de um homem, ai meu Deus não deixa ele morrer não deixa eu carregar esse peso na consciência.
— O que a Srta. É do rapaz?
— Noiva, eu sou nova dele.
Lógico que eu tinha que inventar alguma coisa para poder acompanhá-lo, Mesmo ele sendo foragido da justiça jamais o abandonaria nessa situação e ainda por minha causa.
Meu pai ficou gritando que era mentira que o Lucas é um bandidø e eu não sou nada dele, mandou os médicos me tirarem de dentro da ambulância, Ainda bem que a minha mãe interferiu e ficou do meu lado como sempre.
Pulei dentro da ambulância, os paramédicos perguntaram por várias vezes o que aconteceu, e eu sempre respondendo que não vi.
Bem que eu poderia entregar o meu pai mas eu não tenho esse nível de maldade no Coração igual ele, eu jamais eu tentaria prejudicar mas depois de hoje tenho certeza que ele não pensa duas vezes em me prejudicar, Se for para salvar o Maldïto nome de família.
Chegamos no Hospital levaram o Lucas lá pra dentro, minha mãe veio correndo e me abraçou, meu maior medo era que acontecesse o pior com ele.
Chorei nos braços da minha mãe quando ela acariciava o meu cabelo falou que ia ficar tudo bem, minha mãe perguntou diversas vezes se eu era apaixonada por ele, e eu sempre respondendo que não porque na verdade nem sei o que sinto por esse doidão.
— Mãe, ele não pode morrer.
— Morrer eu não sei, mas preso ele será.
Meu cool fechou, já imaginou se esse homem se recupera e vai para prisão, foge de novo, ele vai vir atrás de mim, vai querer vingança, agora não sei o que eu posso desejar que ele viva o que ele morra e eu continue curtindo a vida.
Minha mãe estava olhando para porta assim que virei estava entrando vários polícias, na mesma hora meu coração acelerou senti ele pulsar na minha garganta, mas nenhum veio falar comigo, Ainda bem.
Minha mãe, que resolveu a internação do Lucas, ela sempre consegue sigilo nessas coisas, com ameaça de processo e outros argumentos que ela usa como advogada.
Ficamos horas sentadas esperando alguma notícia, quando de repente chegou uma mulher morena chorando muito, uma jovem até bonita mas vestida de um jeito muito vulgarizado.
Falando em gírias igual Lucas fala, uns palavreados bem escrotos para quem estava em um hospital, dava para ver que ela não tinha educação nenhuma.
Quando ela falou o nome do Lucas, ficamos prestando atenção, mas algo que uma senhora falou me deixou surpresa e püta da vida.
Eu estava diante da Esposa do Lucas, sem querer descobri que o Cara que me tirou dos braços de outro, me ameaçando para ficar com ele , que é casado.
Me levantei subitamente, enxuguei minhas lágrimas na força do ódio e com vontade de matar aquele miserável, e fui até a mulher.
— Com licença, você é a esposa do Lucas?
Uma mulher linda, mais muito prepotente e estava com o rosto principalmente a parte da boca, toda machucada.
— Sou sim, e você quem é?
— Ninguém .
Dei as costas e saí, minha mãe veio atrás de mim perguntando se eu estava bem.
— Estou sim Mãe, ele vai ficar bem, a esposa está aí.
Fomos embora para casa, minha mãe o tempo todo respondendo mensagem e mais uma vez ela não deixou cair na imprensa e me blindou de dar depoimento.
— Filha, você sabia quem ele era?
Contei como tudo aconteceu, minha mãe me fez prometer que ficarei longe de Lucas Demo.