Capítulo 2

1264 Words
— Não exagera vovô. Eu ainda estou no começo, estou na primeira etapa da minha carreira profissional — Falo rápido, não posso deixar meu avô criar muitas expectativas. — Você é a melhor aluna da escola, sempre teve um excelente desempenho; eu tenho certeza que você vai me dá muito orgulho — Ele fala sem nenhuma dúvida — As mulheres dessa família são muito talentosas — Fala com orgulho. Apesar do coração de gelo da minha mãe, ela é uma advogada reconhecida e tem grandes conquistas na carreira, o meu avô tem toda razão quando diz que ela é talentosa. — Tudo bem vovô. Eu estou muito ansiosa com tudo isso; o senhor sabe, eu estou acostumada com a sala de aula e as clínicas particulares, mas nunca estive em um hospital público, ainda mais, um como o San Magno que tem tantos pacientes — Falo um pouco preocupada, acho que finalmente está caindo minha ficha, agora é a parte difícil. — Você é muito inteligente e muito competente em tudo que faz. Tenha mais segurança no seu talento e no seu trabalho também;você estudou muito e sabe o que vai fazer — Ele me fala e eu respiro fundo pra me acalmar. Meu avô tem toda razão, eu estudei muito e sou muito capaz. Essa nova etapa da minha vida será de muitas coisas boas e eu serei uma grande médica! Saio do escritório com um pouco mais de confiança em mim mesma. Nessa noite eu m*l dormir de tanta ansiedade, essa com certeza será uma mudança bem grande na minha vida. Amanhã eu irei trabalhar, treinar e me aperfeiçoar. Salvar vidas é uma grande responsabilidade, lidar com vidas alheias é uma grande bênçãos e tenho que está preparada para absolutamente tudo. Minha professora sempre disse que os médicos são deuses e monstros para os pacientes porque se você salvar uma vida vão te tratar como um deus, mas se você perder uma vida não importa se você fez o impossível, ainda vão te tratar como um monstro. Com minha mente a mil por hora eu passo a noite. Eu acordei mais cedo do que deveria, tomei meu café, só com meu avô, já que minha mãe ainda está dormindo. Ela acorda bem mais tarde, acho que é para evitar nossa presença. Eu com toda ansiedade do mundo termino o mais rápido que consigo e me levantei rapidamente. — Você está correndo tanto porque? É só seu primeiro dia; você pode tomar seu café tranquila, ainda é muito cedo — Meu avô me recrimina, ele não gosta quando eu estou com pressa pra fazer algo. — Tudo bem vovô. Eu sei que a pressa é inimiga da perfeição, mas estou ansiosa pra chegar logo e conhecer meus colegas — Falo para que ele não se preocupe comigo. — Eu espero que sim. Não quero minha princesa trabalhando feito uma louca, você não precisa disso — Ele fala sério e eu não resisto e dou um abraço nele antes de sair. — Tchau vovô, me deseja sorte eu vou precisar — Falo e saio. Chego ao hospital depois de quase duas horas dirigindo, eu moro no condomínio mais caro e também o mais afastado do centro movimentado da cidade; o hospital fica bem no meio da sea avenue, uma avenida que liga o centro aos bairros mais humildes. Eu me atrapalho um pouco para estacionar o meu carro, então quando chego na portaria já estão todos os novos residentes à espera do doutor Jonas Vargas, o médico que irá nos ensinar. — Oi. Eu sou a Vanda e você? — Uma colega que também está aguardando se aproxima. Ela é uma loira mais baixa, magra e tem lindos olhos azuis, é muito bonita e simpática também, já gostei dela logo de cara, acho que vamos ser grandes amigas. — Eu sou a Alicia muito prazer. Você está ansiosa? Porque eu estou quase infartando de tanta ansiedade — Falo com ela e ouço outra pessoa zombando atrás de mim. — Se você está quase infartando só pela ansiedade, não deveria estar aqui porque esse é um lugar pra quem tem nervos fortes! — Olho para trás e vejo um homem forte, moreno e com um rosto invejável, é realmente muito bonito. — Não liga pra ele Alicia. Esse é o Arthur, é um metido, sempre quer ser o melhor em tudo — A Vanda fala olhando pra ele com cara de raiva. — Ah! Vandinha deixa disso. Você sabe que eu sou ótimo, por isso está aqui também. Meu currículo ajudou nós dois — Ele respondeu e com certeza ele é muito metido, nada é perfeito. — Bom dia novos recrutas! — O Doutor Jonas chegou _ Espero que vocês estejam preparados para começar uma batalha e espero que tenham força de vontade e muito amor por essa profissão. Não é nada fácil, pelo contrário é muito, muito difícil e por isso só vai conseguir quem estiver realmente disposto. Então se alguém quer poupar o meu tempo e paciência, já pode desistir de uma vez. — O nosso médico responsável pelo visto é linha dura. Nós todos permanecemos no lugar. Ele manda nos apresentarmos, a primeira a falar é a Vanda ela tem vinte e quatro anos assim como eu e se formou na Seattle University; o segundo foi o Arthur, ele tem vinte e cinco anos e virou o centro das atenções no corredor lotado; depois foi a Débora, essa tem vinte e quatro anos e se formou na Universidade Federal Dominic Phorfyn, é muito cara a Universidade e muito famosa também, ela é um poço de arrogância; depois foi o Brandon ele é uma simpatia, além de muito bonito também, assim depois de todos apresentados seguimos o doutor Jonas. Logo depois de passar pelo corredor que estava lotado, o doutor Jonas nos levou até a sala de traumas, eu nunca tinha visto tanto sangue e gente gritando na minha vida. O doutor Jonas é ortopedista e essa semana iremos ficar com ele, essa também é a especialização do Brandon que se sentiu muito à vontade aqui. Nós passamos o primeiro dia conhecendo os nossos colegas de trabalho, os recepcionistas, o pessoal da limpeza, enfermeiros, técnicos de enfermagem e os médicos; são todos uma equipe ótima e por vê tantos pacientes em estado tão grave e continuar sorrindo eles tem um psicólogico muito forte. Nós observamos tudo e eu notei uma certa implicância do Arthur com a Vanda, ele a irrita bastante. Já no finalzinho do plantão entra um enfermeiro do serviço de resgate gritando que teve um grave acidente com um ônibus e estão trazendo os feridos para o hospital, nós nos olhamos e confesso que estávamos com um certo pânico. — Anda, anda! — O Doutor Jonas grita — Se posicionem pra receber os feridos lá na portaria. Brandon vai pra sala de traumas para receber os quebrados. Alicia emergência. Vanda para enfermaria. Arthur e Débora vêm comigo, vamos receber os feridos aqui para direcionar para a emergência necessária. Sem moleza e sem pânico, essa é a vida do médico se não aguenta isso vai embora. — O doutor Jonas foi muito rápido na distribuição de tarefas e nós seguimos suas ordens. Eu confesso que quando eu cheguei na emergência e vi aquelas pessoas cobertas de sangue meus nervos ficaram rígidos, mas aquela sensação passou rápido e eu fui fazer o meu trabalho. — Oi por aqui, vamos, vamos! Para sala de avaliação — Eu falei puxando uma maca com uma mulher, ela tem uma fratura bem feia na perna esquerda. Continua...
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