Primeiro impacto

1287 Words
Laura acordou se sentindo estranha. Em um primeiro momento notou o quarto diferente e não sabia onde estava. Mas os sons lá fora e o som de um berrante a fez descobrir. Estava com Marco e ele era livre para fazer o que quisesse com ela. Laura nem mesmo se lembrava realmente do rosto do homem que agora era seu marido, e a quem ela foi entregue como mais uma mercadoria vendida por seus pais. Mas se lembrava dos boatos a seu respeito, o homem derrubava seus adversários sem esforço algum. Devia ter pesquisado no celular mais alguma coisa sobre ele. No entanto, estava tão apática que não se lembrou disso. Se aproximou da janela. Laura nunca tinha tido muito contato com ambientes como aquele e foi golpeada pela beleza do lugar. Mas seu sangue gelou também pela quantidade de homens trabalhando lá fora, muitos em cima de cavalos. Ela não foi capaz de descobrir quem era seu marido entre eles. Se assusto.u com alguém batendo na porta, não foi nem capaz de mandar a quem quer que tivesse lá fora entrar, mas a maçaneta foi girada assim mesmo. _ Com licença senhora, eu sou a Berta. Vim ajudar a senhora a se organizar para tomar café. Berta era alta e forte, parecia aquelas mulheres fortes e firmes, mas extremamente maternais e isso fez com que Laura sentisse falta de sua mãe, e ela começou a chorar. Berta a abraçou, estava acostumada a consolar a quase todos naquela casa. _ Não chore menina, vai ficar tudo bem está segura nessa casa. _ Queria estar em casa. _ Eu sei, mas agora sua casa é aqui. É a mulher do senhor e ele disse para ajudá-la e se vestir e ir tomar café. _ Não quero, vou deitar de novo. _ Nada disso, vai comer alguma coisa e eu preciso de ajuda na cozinha. Sei que é a senhora da casa, mas a minha ajudante foi mandada embora, então a senhora vai ter que me ajudar. _ Não sou muito boa na cozinha, e não me chame de senhora. _ Certo, menina. E não precisa ser boa na cozinha, eu a ensino. Agora vá tomar um banho que vou pegar um vestido bonito para você. _ Acho que não tenho roupas aqui. _ Tem um guarda roupa completo. O patrão organizou tudo. Vem ver menina. Laura ficou impressionada com as peças que estavam ali, eram bonitas, leves, a maior parte eram vestidos e macacões como ela gostava. Não parecia nada barato aquilo tudo. _ Quem escolheu? _ O patrão, pediu pela internet, não entendo muito essas coisas, e ainda chegou tudo higienizado. _ Como ele é Berta, seu patrão? A mulher olhou para Laura. _ Ele é intenso, é difícil defini-lo, mas posso dizer que na maioria das vezes é um homem justo. Agora vá tomar banho, o que vai vestir? _ O macacão jeans de cor azul. Laura se deu conta que havia dois guardas roupas no quarto. O outro com certeza era do Marco. _ Berta, não vai sair do quarto enquanto eu estou banho, não é? Laura estava com med0 de ser pega núa por Marco. Não desejava nenhum tipo de intimidad.e com ele. Berta era uma mulher com muitas experiências de vida, sabia reconhecer o médo e além de tudo tinha simpatizado com sua nova senhora, a menina não era uma daquelas garotas da cidade que olhava os empregados com desdém. _ Vou me sentar e esperar você, é minha ajudante oficial na cozinha. _ Obrigada. Laura tomou banho rapidamente, ainda possuía algumas marcas no corp0 que estavam desaparecendo, as outras dores eram somente um leve incomodo. Mas as lembranças e a dór da alma eram pi0res. Depois de vestida Laura pegou uma sandália confortável que achou na sapateira de madeira florida e desceu com Berta para cozinha. Quando abriu a porta percebeu que a propriedade era grande o suficiente para que ela pudesse ter um quarto só para ela. Na parte superior tinha várias portas que ela concluiu serem quartos. Embaixo existia uma grande sala, o lugar era realmente amplo e arejado, a mobília era sofisticada, mas faltava decoração e cortinas. A cozinha era maior ainda, com uma mesa que caberia um batalhão do exército. _ Moram muitas pessoas aqui? _ Não, aqui dentro da propriedade só eu, o patrão e meu filho que está passando uns dias com o pai. Mas no alojamento tem os peões e eles almoçam aqui com a gente. Laura tremeu levemente, não gostaria de estar rodeada de homens, não confiava neles e o med0 a dominaria. Ajudaria Berta e voltaria para seu quarto, mas nesse momento ela não sabia o que era pi0r, ficar no quarto e ser pega sozinha pelo Marco ou ficar na cozinha e ser obrigada a ficar na companhia de vários homens. Laura não era uma cozinheira nata, mas tinha habilidade com as mãos e foi uma auxiliar eficaz. Existia um grande forno e a carne foi colocada lá para assar. Fizeram arroz, batata e farofa. Havia jarras de suco prontas. _ Berta, faz tudo isso sozinha? _ Não, o patrão dispensou as outras recentemente, logo chegará outras pessoas para ajudar. _ Por que ele mandou as outras embora? Berta olhou para ela, sabia que teria problemas se conversasse demais. _ Pode contar, não vou dizer a ele. _ Elas eram jovens e se enfiavam na cam.a dele algumas vezes, acho que o patrão não queria problemas com a senhora e mandou todas embora. _ Eu preferia que ele continuasse dormin.do com elas e não me tocasse nunca. Não quero passar pelo que eu passei novamente. _ O patrão me contou o que houve. _ Todo mundo sabe Berta? Laura não podia esconder a vergonha. _ Não menina, ele me contou porque quando ficou sabendo o patrão quebrou o quarto todo. E os homens ficaram com med0 de se aproximar para contê-lo. Eu estava na vizinha e foram me chamar, porque sabiam que ele não me atacaria. Depois que o fiz parar de quebras as coisas ele me contou, mas somente para mim. E menina, foi uma violênci@ o que sofreu, não precisa ser r**m a intimidad.e entre um casal, ele é seu marido. Laura baixou a cabeça, não se sentia confortável com esses assuntos, sua mãe só falava o suficiente para se certificar que se mantivessem virg&ns, e as colegas da faculdade sabiam que ela ficava desconfortável e não falavam sobre s&xo na frente dela. _ Ele costuma ser violent0? _ Não, não realmente. A comida está pronta, vou chamar os homens para comer. _ Posso ir para o quarto? Como depois. _ Está segura aqui, menina. _ Eu sei, mas quero ir para o quarto, por favor. _ Não precisa pedir por favor, você é a senhora da casa, o patrão deixou isso claro para todo mundo. _ Quero você como amiga, e não ser sua patroa, não sou assim. _ Percebi isso, vai para o quarto, vou chamar os homens e levo uma bandeja para você com a carne e batatas. _ Obrigada. Ela se virou para ir em direção as escadas, mas deu de cara com alguém que a segurou para que não caísse com o impacto. Ela não precisava perguntar quem era ele. O homem era alto e forte, estava de chapéu de palha, mas não se parecia com um peão, pelo contrário. Talvez por isso o chamavam de o touro, pelo tamanho e expressão. Laura ficou sem fôlego e durante um momento não conseguiu se mover, mas depois deu alguns passos para trás e se encostou na mesa buscando p******o. O homem exalava perigo e dominaç@o. Que tipo homem era aquele que sua família a tinha entregado?
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