MARCO

966 Words
Quando acordou estava em um hospital e com acesso na veia. Podia escutar gritos lá fora, um homem xingava e perguntava como sua mulher estava. Olhou para o lado e pôde ver sua mãe e sua irmã mais velha sentadas na beira cama, no momento em que a recordação da noite a golpeou ela começou a gritar. A d0r física não tinha ido embora, mas a da alma era maior ainda. A mãe e irmã Magda se cercaram dela. _ Querida, se acalme já passou. _ Desculpa mãe, eu juro que não fiz por m@l, o carro não pegou e eu.. _ Quieta, você não teve culpa. Laura se agarrou a mãe, dona Conceição era uma mulher rígida, mas amava as filhas, os esforços em mantê-las longe da atenção masculina era justamente para que coisas como essa não acontecessem e para que as filhas casassem com bons partidos e vivessem uma vida confortável. A porta do quarto foi aberta e o pai dela entrou. Laura se encolheu nos braços da mãe, estava com vergonha de olhar nos olhos do pai, mas existia outro sentimento mais forte, ela sempre o temeu como uma filha obediente teme ao pai, mas agora o med0 era forte e potente. O pai sempre foi rígido, mas também extremamente respeitador, não entrava nos quartos das filhas se elas estivessem de pijama, e nunca fechava a porta quando estava sozinho com elas. Ele dizia que agia assim porque era o pai delas, mas era um homem e elas deviam saber como um homem devia se portar perto delas. O pai se sentou na poltrona próxima a cama, não falou nada e ela foi grata por isso, seu Diógenes tinha lágrimas nos olhos e segurou a mão da filha. Se sentia culpado por não ter a protegido, e agora era obrigado a entregar a filha ao noivo que ela nem sabia que existia. Ainda havia tentado persuadir Marco de levar sua filha para morar com ele, mas o homem estava possesso, e quase o agrediu. O culpava pelo ataque sofrido por Laura. Quando foram acordados na madrugada por um policial que a achou na rua seu Diógenes acreditou que Marco acabaria com o acordo que tinham desde que sua filha tinha 14 anos, mas o homem ainda a queria. Marco o salvara de ir à falência, mas em troca a mão de sua filha tinha sido pedida. Diógenes ainda tentou argumentar, conhecia a fama pesada do homem, alguns o chamavam de o touro, outros de LOBO porque nada o derrubava e quem tentava acaba no chão pisoteado. Mas o homem foi irredutível. Ali o acordo foi selado e o destino de Laura traçado. Ela deveria ser entregue a ele ao completar 18 anos, subiriam ao altar. Mas a menina era a mais petulante das filhas e o enfrentou para cursar faculdade, o noivo gritou palavrões pesados ao telefone e ameaçou o m@tar, mas cedeu. Entretanto mandou alguém a vigiar na faculdade, ele tinha pena do homem que falhou em sua missão, por falha dele sua filha havia sido violenta.da e agora Marco receberia uma mulher que muitos iriam considerar des.onrada. Segredos seriam revelados e provavelmente a filha o od.iaria. Laura ainda não sabia, mas faziam parte de um grupo compostos de homens que viviam a moda antiga, onde suas mulheres deveriam chegar puras ao leito nupcial. Era primitivo, machista e antiquado, mas as coisas estavam funcionado bem daquela maneira, Marco ainda era um homem po.ssessivo, quando um rapaz começou a andar próximo de Laura ele quebrou os dedos do menino e o mandou se afastar. Sempre mandava recomendações de que não deixassem sua filha sozinha e desprotegida, pedia para que a mãe não a deixasse adquirir gostos ousados na hora de se vestir, porque segundo ele teriam problemas quando se casassem. Seu Diógenes soltou a mão de Laura quando a filha dormiu, ela estava sob efeitos de medicamentos. E ele precisava sair lá fora e conversar com seu futuro genro, caso contrário Marco entraria lá e Laura começaria a gritar mais uma vez. Já haviam acordado que a irmã dormiria com ela no hospital e que quando a notasse mais tranquila contaria sobre seu noivado e que não havia possibilidade dela se negar a esse casamento. Marco não abriria mão de sua mulher, já havia sido paciente por seis longos anos. Ele era capaz de se lembrar da primeira vez que a viu. A menina só tinha 14 anos e ele queimou de desej0, isso aconteceu em uma recepção de venda de bois. Saiu de lá desnorteado, ele era um homem de 27 anos desejando uma menina, quase uma criança. Marco entrou no seu quarto de hotel e se embebedou, aquilo feria todos os seus princípios, não era um pedófilo, nunca tocaria em uma menina, mas o desej0 permaneceu lá florescendo. Assim fez a única coisa que era possível, cuidou para que ela fosse sua quando atingisse a maior idade. Mas a petulante quis a faculdade, ele podia simplesmente ter á buscado e a feito dele. A pequena era sua mulher, mas era jovem demais e Marco queria que ela aproveitasse um pouco a vida antes de ser obrigada a viver com ele. Tinham uma diferença considerável de idade e sabia que a menina demoraria a se ajustar ao seu modo de vida. Quando um dos seus homens avisou que Laura havia sido atacada ele quebrou o quarto inteiro antes de conseguir pegar o jatinho e ir ver como ela estava. Cabeças iriam rolar. Tinham tomado algo que era dele e a força, iria até o inferno atrás do responsável. No momento que chegou ao hospital e soube que eram dois atacantes perverti.dos ele sabia que o inferno congelaria, mas os homens pagariam com a vida pela ousadia, ninguém tocava no que era seu.
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