A felicidade só é verdadeira quando compartilhada."
Otávio Bittencourt
5 anos depois
Cheguei em casa depois de um dia de trabalho cansativo, e fui direto para o quarto da minha mãe, este lugar era o meu refúgio, minha mãe está em coma a 15 anos, e fazem 15 anos que está é minha rotina, venho ver como ela está, e conto sobre o meu dia, como quando eu fazia quando ela estava acordada.
- Sabe mãe, hoje eu sonhei com a máscara, faz tanto tempo, mas este mistério ainda me assombra era para ser só uma noite, uma aventura, pelo visto eu não sou um homem de aventuras, eu queria tanto que a senhora me respondesse.
Falei alisando o rosto da minha mãe.
- Aí mãe hoje o dia na empresa foi uma loucura
- começo a falar sobre o meu dia para ela enquanto alisava o seu rosto.
Meu pai, minha tia Ofélia e até mesmo o meu irmão Otto, perderam a esperança dela acorda, mas tem algo dentro de mim que me fala que ela vai acorda a qualquer momento, depois de falar com ela foi para sala de jantar assim que cheguei, vi que estavam em uma pequena discussão minha avó falava tentando manter a calma, coisa que vindo da dona Olga não é nada fácil eu simplesmente não entendo, o porque de tanta discussão.
- Está coisa de azar, má sorte não existem, se a empresa anda m*l, é porque tirando o Otávio que se empenha 100% com a empresa, todos são uns imprestáveis, e não porque Plutão está sobre o sol de gêmeos.
- Minha avó falou deixando todos ainda mais nervosos.
- Mamãe a minha astróloga é uma das melhores do país, ela não erra, se ela disse que algo r**m vai acontecer, é porque algo r**m vai acontecer
- Minha tia falou e minha avó revirou os olhos.
- A mesma que fala que todos os anos você vai se casar, cadê o casamento?
- Minha avó falou ríspida. E tocou em uma ferida da minha tia.
Desde que o seu namorado da adolescência a trocou pela melhor amiga ela nunca mais teve nenhuma outra relação séria, principalmente depois que ele morreu.
- Vovó, deixa a minha tia, em paz
- Falei já sabendo para onde iria o rumo dessa conversa, e normalmente a minha avó me escuta.
- Sabe Otávio, você já está muito velho para me chamar de vovó, não acha?
As pessoas vão acha que eu sou velha com um neto da sua idade
- Ela falou se levantando, mas respirou e voltou a sentar.
- De agora em diante todos vão me chamar de Olga não quero ouvir mamãe, o vovó apenas Olga
- Ela falou me convidando a sentar ao seu lado.
- Bom já que estamos falando em casamento eu e o Otávio temos uma notícia para dar...
- a Sabrina falou, mas logo a interrompe.
- Sabrina não inventa, nós não vamos nos casar
- Falei um pouco alterado eu e a Sabrina estamos em um relacionamento aberto a 3 anos, eu não a amo, mas a minha avó e a Sabrina dizem que amor é invenção dos pobres, eu não acredito nisso, principalmente depois da mascarada, o que eu sentir por ela eu nunca senti por ninguém, porém a mascarada só será um sonho já se passaram tantos anos e acabei me acomodando nesta relação com a Sabrina, fora que o meu pai quer muito a nossa união.
É importante passar está imagem, já que a minha separação com a Grazi acabou passando uma imagem negativa e isso foi o suficiente para o meu pai conseguiu me tirar do meu cargo de CEO atravéz dos acionistas.
- Ai Otávio, você não aguenta nenhuma brincadeira
— a Sabrina falou forçando um sorriso.
- Eu sei perfeitamente que você não quer casar agora, mesmo a gente já sendo praticamente casados.
- Sabe Sabrina você deveria ir na astróloga da minha tia, vai que essa brincadeira vira realidade
- o Otto falou com um sorrisinho brincalhão.
- Eu acredito que ninguém aqui deveria estar falando em noivado, casamento afinal, a Sabrina é praticamente filha da Ofélia então vocês são na verdade ela é a única nesta casa que se importa com as minhas vontades.
- Vou deixa isso bem claro, aqui ninguém é primo de ninguém, Sabrina é minha afilhada, ela não é minha filha eu não tenho filhos e para mim vocês fazem o par perfeito, e o meu irmão super. apoia, seria o casamento do século
- A tia Ofélia falou suspirando toda entusiasmada.
- Só se for do século XIV, quando ainda eram feitos casamentos arranjados
- A minha avó falou calando a todos.
Ela não se mete nos meus relacionamentos, porém eu sei ela não acha a Sabrina seja uma boa escolha, porém também não é uma escolha é uma escolha r**m já que ela tem uma boa educação e mesmo órfã herdou uma boa quantia dos pais.
Depois do jantar fui direto para o meu quarto, hoje não estava afim de escutar a Sabrina falando, já está na hora de nós casarmos, eu nem sei porque ainda estou namorando com ela, mas também não estou disposto a ficar ouvindo toda a família falando que eu deveria ou não deveria fazer.
Fui ao banheiro e tomei banho e antes de ir para minha cama peguei a minha máscara que usei a cinco anos atrás, eu não consigo me desfazer dela, é a única coisa que eu tenho para que tenha certeza que aquele dia não foi um sonho.
- Onde você está mascarada, e porque eu ainda penso tanto em você.
– Falei para a mascara que guardo como lembrança daquela noite.
Eu guardei a máscara na gaveta e deitei para dormir era o melhor que eu podia fazer.
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Acordei cedo no dia seguinte minha avó havia marcado uma reunião às 8 horas sobre a nova coleção, assim que entrei na sala todos já estavam lá só faltava a toda poderosa Olga Bittencourt, ela entrou parecendo um furacão com uma das peças na mão, e parou na frente da sua cadeira na cabeceira da mesa, e o meu pai estava sentado do outro lado.
- Malha Sabrina, malha fria!
– Ela falou rasgando a peça que a Sabrina tinha feito.
– Me responde quando na história da marca Ferrara se usa malha fria neste tipo de vestido, quando?
– A minha avó está furiosa e andava pela sala com a peça rasgada na mão.
- Me perdoa Olga, mas o Oscar me pediu, para reduzir custos, e com cetim não ia ter o mesmo efeito, e poliéster...
– A Sabrina falou olhando para o meu pai, que negava com a cabeça.
– Eu pensei que se trocasse...
- Pensou m*l, além dessa falha o desenho desse vestido é patético, um horror total
– Ela falou jogando o resto do vestido na cara da Sabrina.
- Não precisa jogar na cara dela vovó
- Falei tentando acalmar a minha avó
- Vovó?
- Ela
falou me olhando com uma cara de raiva
- Olga, me desculpa, mas não precisa tratar ninguém assim
- Falei calmo ela respirou fundo e olhou para o meu pai.
- E você Oscar querido, um verdadeiro prodígio, eu demorei 30 anos para fazer este império, e já você só levou dois anos para que nós chegarmos no vermelho
- Minha avó falou com sorriso irônico.
- Bom mamãe tecnicamente não são números vermelhos...
- Não eles são de um tom de rosa escuro, ou é um cardial ?
- Ela falou com ironia.
- Mãe, é só um momento ruim
- Ele falou sem jeito e ela se levantou novamente.
- Calado, você é uma i*****l, sinceramente eu sei como você saiu de mim.
- Minha avó falou alterada.
- Calma, acho melhor todos saírem, e me deixem a sós com a Olga.
- Falei e todos saíram.
- Olga o que está acontecendo eu trabalho com você desde os meus 15 anos e nunca ti vi tratar alguém da família desse jeito eu não estou entendendo.
- Falei me aproximando dela.
- Porque antes ninguém tinha me decepcionado tanto, de verdade filho se não fosse você esta marca teria sumido.
- Minha avó falou pegando na minha mão.
- Não fala assim
- Falei sentando e ela sentou a minha frente.
- Mas é a verdade, e também estou decepcionada comigo mesma, eu estou em uma crise criativa, faz anos que a nossa marca não surpreender, nos grandes desfiles.
- É uma fase isso vai passar
- Falei indo até ela e abraçando ela me soltou.
- Nós precisamos de um diferencial urgente
- Ela falou pensativa.
- Você precisa encontrar uma estilista, a sua namorada não tem o toque que eu procuro...
- A senhora sempre procura alguém parecido com a senhora...
- Senhora? Otávio está me chamando de velha?
- Desculpa Olga, mas é impossível acha outra Olga Bittencourt.
- Ache a melhor, ou o melhor que você pode, a Sabrina vai acabar afundando a marca.
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Continua...